A Queima são dois dias...
Vai afiá-los. Levei um enorme corte de um ex-amor. Perdem-se telemóveis. Ganham-se novos números. Vê-se o Berg e antipatiza-se logo com ele. Vai-se ouvir o Princesa-beija-me-outra-vez, só para confirmar. Encontram-se colegas de trabalho e certamente mostra-se mais do que o desejável. Enquanto não nos lembramos dos excessos cometidos, eles não são reais. Ignoram-se algumas pessoas, porque estão mesmo a pedi-las. A cerveja desvenda pessoas. Passa-se a ideia de que somos psicologicamente fracas, sem interessar se o somos ou não. A cerveja desvenda dentes sensíveis. Conhece-se alguém e os 5 minutos que falámos foram na realidade uma hora (e porque é que uma hora tem de ser assim tão pequena?). Esqueço a pergunta que devia ter feito uma hora depois. Os namorados chateiam-se e, entre eles, alguém chora. Roubam-me o chupa. Cumprimento pessoas só por cumprimentar. A cerveja desvenda dançarinos que pensavam que não gostavam de dançar. O álcool deseja um feliz dia da mãe estranhamente controlado. A cerveja desvenda alguns boatos, mas fica-se sem saber se se deve acreditar na cerveja. Encontra-se o stalker que está ainda mais stalker. Compra-se merchandising. Fica-se com voz de bagaço. Acabamos a noite com as calças queimadas ao pormenor. Tenho uns olhos na minha cabeça que não páram de olhar para mim. Gasta-se o saldo todo do telemóvel com as péssimas indicações da Adriana para nos localizarmos. No meio da confusão, tenho a sensação de ter bebido um panaché (um dos grandes mitos urbanos dos nossos tempos). A cerveja desvenda uma diana com conversas que não interessam a ninguém, sem haver a certeza de que é o líquido amarelo e espumoso a fazer a diferença. A cerveja não torna melhor a resposta à pergunta "Então, de que curso és?".
Para mim, a Queima foi sexta e sábado e efectivamente são dois dias.
... alguém me venha buscar, por favor, não estou a aguentar... quero mais.
Na próxima sexta-feira vais?
1 comments:
quero ir...
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