domingo, julho 24, 2005

Já estiveram mais longe de serem os preferidos...

"Eu sei
Eu quis demais
E o sonho nada trás
Sonhar seduz a paz
Eu sei
Eu vi
Em meu crescer
Que eu vou sempre dar a mim
Imploro a luz e sigo sempre à sombra
Imploro a morte e volto à luz
Alguém pensou em mim à boca da varanda
Eu não senti que houvesse alguma razão para amar
Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer
devagar
Não quero ver o fim chegar sem eu nascer
devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer
Quando eu sonho eu levo a minha força até ao fim
E quando o sonho acaba cego
Eu olho fundo para mim
E não vejo nada além da tão real ausência de outra luz
E só por ela volto à cruz
À minha cruz
Eu vi meu pai nascer na mesma cama de outros homens
E hoje eu sei
Eu aprendi
Já nada importa agora à luz
Do trago de onde vim.
Se à luz lá fora eu quero que haja luz em mim
É tempo de nascer
devagar
Não quero ver o fim chegar
Sem eu nascer
devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer
Vem ver
Quem vi nascer
É filho de outra guerra
No trilho de outra paz
Alguém entrou em mim
Entrego a minha espada
Eu não senti que houvesse alguma razão para amar
Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer
devagar
Não quero ver o fim chegar sem eu nascer
devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer"

O.V.

4 comments:

Blogger A Mulher said...

Mas não. Ainda não é altura.

24 julho, 2005 15:08  
Anonymous Anónimo said...

É cada texto de bradar aos céus. Tenho é de ter em conta a hora em que foram escritos ou o tempo que passas à frente de um computador.

25 julho, 2005 16:18  
Anonymous Anónimo said...

Só posso dizer uma coisa, é fascinante a maneira como escreves, como escolhes as frases para definir o teu sentimento, enfim... acho que um dia irás ser uma grande escritora ;).

26 julho, 2005 16:54  
Anonymous Anónimo said...

Com esses comentários ela continua mesmo a escrever. Só dizes uma coisa mas dizes logo uma mal dita. Obrigadinho.

27 julho, 2005 11:41  

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