sábado, outubro 14, 2006

A minha experiência enquanto doente mental

Todos temos direito a ser um bocadinho fóbicos quando uma desgraça se abate sobre nós, um pouco paranóides quando nos envolvemos numa luta difícil, ligeiramente obsessivos enquanto estudamos a complexidade das coisas, um pouco histriónicos quando nos queremos impor aos outros. Da tendência esquizóide nascem teorias inovadoras e, através das mudanças de humor, a criatividade. (...) E, embora sejam admissíveis algumas combinações verdadeiramente patológicas, ter todas as doenças é o mesmo que não ter nenhuma. (...) O grande problema do doente mental é fazer o mesmo em todas as circunstâncias. (Abreu, P., 2001)
Fujo sempre, embirro sempre, manipulo e seduzo sempre, escondo sempre, iludo e desiludo sempre.
Os meus dias são cada vez mais parecidos.

3 comments:

Anonymous Anónimo said...

Sabes como é, debaixo do "não consigo viver" há sempre um "eu sei que os outros não me compreendem" debaixo de um "socorro". Certo?

15 outubro, 2006 01:19  
Anonymous Anónimo said...

E são 2 pelo preço de 1...

15 outubro, 2006 06:29  
Blogger A Mulher said...

Certo.

No fundo, o que me lixa é a minha consciência. Tira-me legitimidade para ter um diagnóstico psiquiátrico bem "fashion".

15 outubro, 2006 13:47  

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