A minha experiência enquanto doente mental
Todos temos direito a ser um bocadinho fóbicos quando uma desgraça se abate sobre nós, um pouco paranóides quando nos envolvemos numa luta difícil, ligeiramente obsessivos enquanto estudamos a complexidade das coisas, um pouco histriónicos quando nos queremos impor aos outros. Da tendência esquizóide nascem teorias inovadoras e, através das mudanças de humor, a criatividade. (...) E, embora sejam admissíveis algumas combinações verdadeiramente patológicas, ter todas as doenças é o mesmo que não ter nenhuma. (...) O grande problema do doente mental é fazer o mesmo em todas as circunstâncias. (Abreu, P., 2001)
Fujo sempre, embirro sempre, manipulo e seduzo sempre, escondo sempre, iludo e desiludo sempre.
Os meus dias são cada vez mais parecidos.
3 comments:
Sabes como é, debaixo do "não consigo viver" há sempre um "eu sei que os outros não me compreendem" debaixo de um "socorro". Certo?
E são 2 pelo preço de 1...
Certo.
No fundo, o que me lixa é a minha consciência. Tira-me legitimidade para ter um diagnóstico psiquiátrico bem "fashion".
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