sexta-feira, dezembro 09, 2005

Deso(preo)cupação

Estou a tentar não pensar muito sobre isto. Não quero saber se é mau. Se for bom, eu nem sei se quero sentir. Saberei? Sempre dei muito valor a poucas coisas.
Procura-se ocupar o tempo. Estar parado, por princípio, soa mal. É doença. A inutilidade é desconfortável. Podíamos andar desocupados dois a dois. Soaria igualmente mal ou apenas um pouquinho melhor? Um pouquinho melhor seria o suficiente?
Não há vida além disto. Eu já mal sei lançar um pensamento. Já pouco devo sonhar.
Tenta com mais força. A desocupação ainda não é total.
Até não doer.
(Vá...)