A minha tatuagem
Normalmente, gosto de tatuagens. Vistas de fora, gosto. Gosto até mais da ideia de uma tatuagem em si (no sentido da sua perversão - para mim, tudo é perverso), do que do desenho escolhido, dos seus significados, dos locais escolhidos para a fazer...
A minha cabeça destaca, por curiosidade, tatuagens de caracteres... por exemplo, chineses. São as tatuagens mais pretensiosas, a meu ver... porque me agrada a ideia (perversa, pois claro) de exibir uma tatuagem, qual provocação social, sem revelar o que ela significa. Rio-me face à perversidade de ter um caracter chinês destes, provocar admiração em quem vê e acha "fixe" e depois a tatuagem significar qualquer coisa trivial, tipo "rolha". Aprecio ainda o valor que lhes é dado, a simplicidade que há em adorar a eternidade de um desenho.
É como prometer a nós próprios que, para sempre, o seu significado vai significar o mesmo para nós. Ou apenas gravar um qualquer desenho na pele.
Eu gostava de ter uma tatuagem, mas não acho que algum dia arrisque viver à custa da longevidade de um significado. Apesar de admitir que a ideia de ter um desenho no meu corpo que os que me rodeiam não sabem o que significa me agrada, e muito, provavelmente, se um dia fizer alguma, vou apenas gravar um desenho na pele. Entretanto, como podem ver, tatuei o blog.
Acho que não há nenhuma pessoa no mundo inteiro que possa garantir se tenho ou não uma tatuagem... e é bonito pensar sobre isto. Ou então, apenas estúpido e pretensioso.
Defendo-me de eventuais críticas, fazendo uma salvaguarda para todos os tatuados não-exibicionistas. Pois sim.
2 comments:
xeira-m q os tatuados não-exibicionistas t vão criticar...
venham eles
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