Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência no Centro de Emprego
Aviso já que é um post sério e enfadonho. Desta vez, lembrei-me de avisar.
Hoje fui inscrever-me ao Centro de Emprego, como quem quer dar um tom sério à minha procura de trabalho, como carinhosamente lhe chamo.
O contacto que o meu estágio possibilitou com esta entidade nunca me fez ter grande "fé" nas políticas públicas de emprego, mas sempre pensei que poderia ser uma visão particular de quem (tenta) colabora(r) com o Centro de Emprego.
Por mais bem intencionado que alguém tente ser ao abordar esta questão, é complicado não ficar "um pouquinho mal impressionado" com o sistema utilizado. É inacreditável que haja uma única pessoa a fazer a triagem das pessoas... Estimando que passem mais de 200 pessoas por ali por dia, acho impensável que assim seja.
Enquanto aguardava, obviamente que passei o ambiente "a pente fino". Reparei que o Securita, na minha opinião, é um caso feliz de "a pessoa certa no lugar certo". Assertivo, educado e, pareceu-me, eficiente. Reparei que passa ali todo o tipo de gente, o que talvez já fosse de esperar - tem-se outra dimensão do referido quando se lá está. Reparei que o Centro de Emprego da minha cidade não segue a estética da entidade. Admiti, para mim, que os três funcionários com quem contactei, foram simpáticos e prestáveis. Um deles brincou com o meu nome. Outro desvalorizou o meu curso, para o valorizar de seguida, quando lhe disse qual era a minha pré-especialização. Disse que contava comigo para mudar "este país". Trataram-me todos por "Senhora Diana". Imaginei como será estar ali no Inverno, reparei no tapete gasto da entrada. Pensei que espero nunca decorar que a porta do edifício abre para dentro, para quem sai, e para fora, para quem entra. Ri interiormente, ao observar as pessoas que batiam com a cara na porta ao sair, por não saberem que a porta abre para dentro.
O tempo de espera permite pensar, repensar, formular mil e uma teorias sobre o próprio acto de esperar. Acho, inclusivamente, que nunca mais me vou esquecer das caras das pessoas dos números entre o 47 e o 70, a senha da minha vez. Será que as devo cumprimentar se, por acaso, as encontrar na rua?!
Lembro-me de ter pensado que gostaria muito de trabalhar ali.
Eu avisei, não quero boquinhas do tipo: "És uma seca, Diana!"...
9 comments:
47 e 70?!
47 e 70?!
porra... pensei que fosse pior! :P
Eu esqueci-me de dizer que o tempo que cada pessoa está no "guichet" é de mais ou menos 10 min e que o funcionário levanta-se várias vezes, ausentando-se, ocasionalmente, por mais de 5 min. Parece pouco. Parece.
é pouco pa kem já se sentou na sala de espera do hospital...
Ao lerem os meus posts, lembrem-se sempre que foi a Diana "a exagerada" que os escreveu!
ao leres os meus comentarios lembra-t sempre q foi a adriana "a queixinhas" que os escreveu...:P
Falhaste foi em não ter fumado uns pombinhos antes de ires pá entrevista de emprego.Por que é k julgas k as outras pessoas batiam c a cara na porta à saída?
A imagem que fiz de "fumar uns pombinhos" foi morbidamente romântica...
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Isso podia ter sido escrito de toda uma diferente maneira: "A Diana tem uma forma muito particular de não fazer humor"
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