segunda-feira, novembro 07, 2005

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência como possuidora irónica de um cartão extraviado

Mimadamente inspirada pelos "Anjos e Demónios", despoletou em mim um súbito desejo de conhecer outras cidades, nomeadamente a visada no referido livro, Roma. De Roma a Paris, foi um click no Google.
Entretanto, comecei a não lidar bem com a ideia de não poder ser uma daquelas pessoas de casacos de fato de treino amarrados à cintura, de máquina fotográfica na mão e boca bem aberta a olhar para a romana Fonte de Trevi ou para a Mona Lisa, no Louvre. A curto prazo, as "condições" não estão reunidas para corrigir esta injustiça. Há coisas que só deviam existir, se depois nos fosse dada a oportunidade de as vermos de perto, de lhes tocar, de conhecer melhor...
Basicamente, nos últimos tempos, andei a chatear as pessoas que me são mais próximas com esta conversa de querer viajar, ir ver obras de arte e, até, quem sabe, estudar História da Arte... Enfim, claramente coisas de menina mimada e sem emprego.
Por estes dias, recebo em casa uma notinha do pessoal do banco a dizer que o saldo da minha conta estava negativo. Favor entrar em contacto para resolver a situação. Não gostaria de evocar provérbios populares em vão, mas... cheirou-me logo a esturro. Não me choca ter a conta a zero, saldo negativo é que já é pouco à Diana. Normalmente, tenho a quase-perfeita consciência do saldo que (não) tenho na conta, não costumo levantar dinheiro que sei que não tenho (como certas pessoas que eu conheço) e a hipótese de este me ser descontado posteriormente é nula, porque não passo por portagens, nem uso o cartão para fazer chamadas*. A menos que...
Fiz o favor de entrar em contacto com o meu banco para resolver a situação e descobri que o cartão tinha sido extraviado. Soa muitíssimo bem para o que é.
Se a Diana não tem dinheiro para viajar, o cartão da Diana viaja. Não é que eu goste de profanar sabedoria popular com as minhas ironias, mas... a justiça tarda, mas chega. Há efectivamente alguém a ser Diana por essas portagens fora. A viajar por mim. A vida só podia ser mais irónica, se esse(a) grande querido(a) fosse passear o meu cartão para Paris. Ou, quem sabe, Roma.
Só sei que, até agora, nem um postal.
* nas portagens, como devem saber, quando se paga com multibanco, não se marca qualquer código. Damn.

1 comments:

Blogger Tiago said...

Este é um assunto delicado e até o anonymous ficou preocupado. Obrigado anonymous. Quando ao assunto em questão, quero fazer uma critica a quem usa cartões de outros: Voçês são a escumalha humana. Acordar de manha e pensar: "Hoje vou gamar um cartão e depois vou andar por aí a passar nas portagens como um maluco enquanto me masturbo a ver a revista VIP. Sou demais.". É isto a nossa sociedade. Citando alguém que conheço, Ridiculo.

08 novembro, 2005 12:10  

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