A minha escrita
Não vem de hoje, mas tem ficado para hoje.
É um facto: eu tenho a típica escritazinha irritante de menina caprichosa.
Confesso que o meu maior medo aqui passa pela certeza de muitas manias minhas de escrita fazerem de mim uma despercebida. Não gosto de pensar que sou uma desentendida em solo sagrado. Gostaria de as conhecer a todas e escondê-las estrategicamente num post inocente. Por exemplo, como este.
O claramente. As frases curtas, de palavras cheias. Os pseudo-subentendidos que ninguém pode adivinhar e alguém deveria desvendar. Os pseudo-pseudos. A obsessão pelos advérbios, as pausas e os silêncios compulsivos. A carga dramática, que qualquer um julga exagerada e, logo, escusada. As constantes salvaguardas e generalizações, como rede, lá no fundo da arena. As analogias pseudo-românticas como esta última. A confusão entre o resolúvel e o exorcizável. Os itálicos sem fim. Tudo (o que) não é racional, tudo o que sabe a contraplacado em forma de texto e é lembrado apenas como perda de tempo. Os pontos finais que seriam reticências e as reticências a mais... tal e qual.
É impossível agradar, quando (se) é assim.
Não vem de hoje, mas não vem tarde. Tarde é amanhã*.
* claramente uma frase curta, com palavras cheias de pseudo-subentendidos (e os asteriscos, com chamadas de atenção completamente irrelevantes e que poderão ser tidas como puros desvios de atenção para o non-sense que transborda?! - por favor, já chega e, por isso mesmo, saber-me-á bem demais poder continuar.)
1 comments:
Mais do q a tua escrita, és tu, e acho que não te quero ler de maneira diferente.
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