Como a nossa vida perdeu progressivamente sentido
Socorro. Não sei mais onde podemos ir buscar significado, orgulho e a chamada honra à nossa vida.
O que eu vejo nos filmes não existe - ou eu não o vejo pensante e existente - e a realidade está longe de responder às minhas perguntas. Penso sempre que os significados que retiramos da vida têm de ser concluídos por nós, mas têm de ser vistos desenhados nas coisas ou em outras vidas.
Hoje em dia, há informação em todo o lado - há informação a mais -, os grandes mestres não existem - muitos dos que são adorados são-no pelo seu ridículo -, poucos acreditam no destino, o amor é visto como uma criação mental socialmente construída e a amizade como um mero meio, a religião é uma anedota, uma chapada é violência, as palavras são papaias e já pouco ou nada ferem. As vidas são amplamente controladas por tudo aquilo que cada um escolhe querer ser. Somos adultos, queremos ser responsáveis, independentes, escolher o nosso caminho e seguimos sempre aquilo que o nosso coração ou cabeça dizem. O que vem de fora não abala, o que os outros dizem não nos magoa mais, não nos estimula, não nos interessa, quase já nem nos toca. Os exemplos extinguem-se e os significados tradicionais são tidos como leis moralistas, contrapostos à liberdade de fazer as próprias escolhas, sendo preferível que estas contemplem o que não é tradicional.
Às vezes, sinto que não temos nada. Que andamos por aí completamente sozinhos. Que só nos esbarramos nos outros quando parecemos ver espelhos. Cada um sabe de si, cada um faz o que quer, cada um vive segundo os seus próprios valores, cada um gosta do que gosta. Eu não sei se acho isso completamente saudável, apesar de tudo. É quase só isso.
Talvez vocês entendam que eu falo sempre só por mim. Como não podia deixar de ser. Sai mais um non-sense...
Eu sei que tenho um problema mal resolvido com esta conversa dos significados, eu sei.
Tudo o que não faça sentido, na minha cabeça, deprime-me e suja-me.
1 comments:
tens razao, mas axo q, felizmente, nem toda a gente é assim...
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