Não vai, pois não?
Será que andamos mesmo todos à procura de alguém?
Será que fazemos isso, mesmo quando não nos convém mesmo nada ter alguém? (e as hipóteses aqui são tantas: incluem-me a mim, a ti...)
Assumindo que realmente precisamos de alguém ao nosso lado... assumindo que procuramos consciente e inconscientemente... será que podemos assumir que sabemos o "tipo" de pessoa que queremos e de que gostamos?
Há quem goste de ruivas, magras e com olheiras profundas, há quem goste de raparigas fixes e sem mau feitio. Há quem goste de gajos com relógios dos bons (eu nem sei as marcas para as pôr aqui e fazer um brilharete), há quem goste de rapazes que tenham as mãos bonitas e usem "aquele" perfume. NIN!
Eu então não gosto de nada. Eu não queria gostar de nada. Eu não queria ter de começar tudo de novo... não queria dar conta disso... não queria que amanhã fosse tarde demais. Não quero ver alguém a falar da maneira que eu gosto, a fazer as caras que eu gosto, a ser exactamente como eu gosto. Eu não queria gostar daquilo que gosto, porque tenho medo do gostar. Isto não vai acontecer.
Que grande merda. Agora, estou a ver um filme. Estou a ver-me. Ando à procura de uma folha onde tinha escrito uma carta para enviar a alguém importante. Não a encontro. Claro que não. Mas será que eu ainda esperava encontrá-la?! Encontrei foi montes de outras merdas, folhas rabiscadas e riscadas... cortei-me em tantas delas, nhé... só rascunhos de tudo o que eu não queria. Mais à frente, e mais tarde, encontro a folha, a maldita folha. Passou tempo demais, já não me serves de nada. Hesito, leio não leio leio não leio... porra, vou ler. Já li. A carta era mesmo importante. Já não vou enviar, fica aqui, comigo, não a deito fora. Mas lê-la? Não. Durmo durante vários dias. Tantos, não sei quando acordo. Fim dos sonos sem sonhos, levanto-me, caminho e vejo uma folha. Branca. Sem nada. Pego nela. Pego numa caneta. Eu não queria começar tudo de novo. Eu não queria dar conta disso. Ainda dói, mas não posso não escrever. Eu não vou parar de escrever.
5 comments:
Estupidamente falando de experiência pessoal, não há maneira de não te foderes.
Quer procures, consciente ou inconscientemente, o que encontras, raras vezes, se é que alguma, é quem tenha uma única coisa que dizias q gostavas.
Agora vou ficar a pensar... só a pensar...
-talvez
-sim...
-não
-engraçado que também não me estou a lembrar de nenhuma
-não tenhas
-guarda a primeira, ou deita-a fora (qualquer das decisões será a errada, sempre que te lembrares disso... ou então não), entrega a segunda, ou nao (aplicasse o que foi dito anteriormente)
ignora tudo o que disse, porque apenas posso supor sobre o que escreveste
...no post
acho que faltava completar, mas como és uma "jovem atenta" talvez não, eu como sou muito distraido, preciso que me expliquem bem as coisas...
e pensando um pouco melhor, troca por : ignora tudo o que digo, porque apenas posso supor sobre o que escreves nos teus posts
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