Associações Livres
Ficar na cama. Comer, água ou roupa ou gata. Nenhum. Come só mais um pouco de tempo. E chove? Vou ter de vestir-me. Tenho a fome lá em cima à minha espera. Tiago, despacha-te. Bem que podia ter acordado mais tarde. Vai abrir o portão. Deixava-te passar, não? Este gajo não tem piada nenhuma, mesmo. Não te esqueças destas coisas. Já não vou passar por lá, hei-de entreter-me com qualquer coisa. Mas não te esqueças dessas coisas. A cidade toda. Será que ela já lá está ou ainda a apanho antes de entrar? Caminhar. Andar, sem me cansar. Olhar, ver tudo no café. Está queimado. E há fumo, mesmo ao lado desta chávena. Aquele par de namorados já cá estava da outra vez. Saltos agulha numa mulher-miúda-menina com base. No meu liceu, sendo o meu o meu tempo, não se ligava tanto a estas coisas. Acho que já ouvi alguém dizer-me isto a mim. Há gente muito interessante. Apelam tanto por fora que não vou querer conhecê-los mais. São tão maus actores. E aquela? E aquela? Ai, aquela é horrível. Não sei para onde vou, vou por aí. A Patrícia está mesmo ali, tão perto. Ainda falta, tens de esperar. Há muito que ver, muita coisa boa. Pouca possibilidade, muita escolha. Estes riméis são bons? Ela ia dizer-me que não, queres ver... Preciso de ver quem entra e por quem posso ser vista. Vou lá a casa, é só andar mais um bocadito. No embora, chove. Vou almoçar. Vamos ali. 3,5 e fósforos. Ele também serviu outras meninas. Vou por ali. Vou ler. Vou para o lado da realidade que não o é, mas que ajuda a aguentá-la. Tirei apontamentos para o Desenho, mas não sei como usá-los. Diabos, Diabas, Diana, Ártemis, ciosa, assassina. Eles são só pessoas mal compreendidas. Obrigada pelo chapéu, vó. Tenho de voltar sexta. Talvez mais tarde.
1 comments:
Hoje vou tentar no meu blog escrever uma coisa parecida com esta. Não é fácil mas, certamente, não é impossível.
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