A minha relação com as máquinas*
Há qualquer coisa em mim que faz interferência com as máquinas, no geral. Muito provavelmente, será a incompetência. Tenho uma tendência muito particular para encravar computadores, fotocopiadoras, impressoras e digitalizadoras. Sempre que abordo uma máquina, é com o pé o mais atrás possível. Tomo algumas precauções, nomeadamente, evitar explorações sobre o dito território desconhecido, isto é, só mexo quando sei exactamente o que vai acontecer (analisando previamente as relações causa-efeito inerentes aos inevitáveis actos em que não posso escapar ao encontro com máquinas), o que não me deixa espaço para apreciar as funcionalidades das coisas.
Às vezes, acho que estas máquinas têm vida própria. Tal como os animais, elas sentiriam o medo que sinto quando me aproximo de uma. Como não poderia deixar de ser, elas aproveitariam essa vantagem sobre mim para me gozar, implicando comigo (que nem sou de me armar em artista neste campo) e fazendo-me passar por maus momentos em frente a outras pessoas.
Não há dúvida, elas sabem e querem rotular-me como incompatível. Eu simplesmente não as compreendo.
* provavelmente, o referido explicará a minha atracção-repulsa por informáticos. Não sei, tudo é possível.
3 comments:
Como eu te compreendo!
explorações sobre território desconhecido é cmg, não basta encravar a máquina, é preciso dar cabo dela completamente!
E, acima de tudo, depois do mal feito, sair de mansinho...
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