segunda-feira, abril 03, 2006

Uma carta (um lugar bonito, talvez)

Não há uma única palavra que eu ache que faça falta nesta carta, e comecei agora a escrever. Eu não tenho nada para te dizer...
No ficar mais perto que estou, só quero estar ainda mais perto.
Escrever non-sense, pensar naquelas coisas que me tiram o pensar e deixar-me subir só um bocadinho... apenas o mínimo que permita estar longe deste chão-simplesmente-mais-frio-do-que-eu e não faça a diana quebrar.
Estou-te a escrever, no ridículo de saber e de tu saberes que são só palavras. Coisas rotuladas, que só existem no tempo que duram os sentidos que lhes damos. Nós sabemos isso, agora.
Nestes pequenos cinco segundos, quero que seja só um lugar bonito entre nós.
Por ora, durará para sempre.