Pés
Prefácio de Adriana Oliveira, aka: a estagiária
Muitas pessoas consideram os pés como a zona mais desprezível que temos no corpo, eu, pessoalmente, considero outras piores. Outras pessoas têm fetiches sexuais com a zona, eu, pessoalmente, tenho com outras. Bonitos ou feios, bem ou mal cheirosos, eles estão lá. Será que vale a pena conhecê-los mais a fundo?
Muitas pessoas consideram os pés como a zona mais desprezível que temos no corpo, eu, pessoalmente, considero outras piores. Outras pessoas têm fetiches sexuais com a zona, eu, pessoalmente, tenho com outras. Bonitos ou feios, bem ou mal cheirosos, eles estão lá. Será que vale a pena conhecê-los mais a fundo?
Facto: Nunca tive nada contra pés.
Ninguém conhece verdadeiramente os próprios pés. Quer dizer, nós conhecemo-los... sabemos os seus contornos, reconhecê-los-íamos entre os restantes e, julgo eu, desenhá-los-íamos com suficiente facilidade.
A minha teoria é que os nossos pés são-nos de tal forma familiares, que isso enviesa a nossa forma de pensar sobre os próprios pés. Sim, eu acho que nas favelas do nosso pensamento, um desses hexágonos se dedica a full time à imagem que temos dos nossos pés.
Neste sentido, julgo que estamos demasiado apaixonados visualmente pelos nossos pés, para podermos, por exemplo, avaliar se temos ou não uns pés bem feitos, com dedos proporcionais e, de uma forma geral, normais.
Com isto quero concluir o seguinte: eu bem posso não ter nada contra pés, por achar (por familiarização) que não há nada de errado com os meus. A verdade é que, durante todos estes 23 anos em que olhei para os meus pés, com razoável carinho e simpatia, provavelmente andei iludida. Se em 23 anos apenas uma pessoa mos elogiou, muitas mais relacionaram os meus pés com expressões como "sapudos" e "dedos gordos".
Já arrependida de vos ter dado toda esta visão sobre os meus pés, incentivo-vos a dar uma olhada imparcial, directa e sincera a essas duas coisas esquisitas que aí estão a suportar o corpo que vestem.
Nota: hoje comprei 3 pares de sandálias.
5 comments:
a mim nunca me elogiaram os meus pés, por isso, se calhar, é melhor não descrevê-los...
Foi na altura em que eu representei a Madre Teresa de Calcutá na peça de teatro do Liceu, portanto, se calhar não foi grande elogio... mas uma pessoa tem de agarrar a alguma coisa!
Há fotos dessa representação da Madre Teresa? Isso é k era uma bomba aqui no blog!
Há pior que fotos e que o vídeo... há memórias!
Os pés são as coisas mais nojentas que existem no mundo. Louva-a-Deus ao pé dos pés parece-me bem. Dos pés nunca se pode dizer "Há para todos os gostos..."
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