... já não sei se há
Mais uma vez, vou-me enganar. Gosto de ver como reparo, tão notavelmente, que os outros se enganam e depois falo sobre isso como se pudesse apontar o dedo. Não quero, nunca queremos, mas por mais que queiramos apenas "comentar", estamos a apontar-lhes o dedo. A dizer: "fizeram isto, fizeram-no mal".
Agora olho para mim a enganar-me com a maior das máscaras. Toma lá, tás a ver quem sou?, tás a ver a máscara feliz que eu tenho?, tás a ver-me a cara... mas não te deixo ver-me os olhos. Olha como eu não sou, olha o que te quero mostrar, olha como sei mostrar-te exactamente como gostaria de estar. E consigo. Consigo-o tão bem, tão bem... Eu consigo enganar-me bem. Só isso. Nem sequer importa o que os outros veêm, se a cara feliz, se as minhas trombas, se os olhos choram, se não conseguem chorar... Não vale nada, quando é uma luta minha.
E bato-me, ensanguento-me, bato-me com força... Já quase não dói nada, já quase nada sinto, já quase não há nada a sair de cá de dentro...
Toma. Pega nesta máscara. Nem notas, pois não? É igual, para ti... nunca me soubeste ler... nunca te deixei ler... Mas há quem leia.
Agora olho para mim a enganar-me com a maior das máscaras. Toma lá, tás a ver quem sou?, tás a ver a máscara feliz que eu tenho?, tás a ver-me a cara... mas não te deixo ver-me os olhos. Olha como eu não sou, olha o que te quero mostrar, olha como sei mostrar-te exactamente como gostaria de estar. E consigo. Consigo-o tão bem, tão bem... Eu consigo enganar-me bem. Só isso. Nem sequer importa o que os outros veêm, se a cara feliz, se as minhas trombas, se os olhos choram, se não conseguem chorar... Não vale nada, quando é uma luta minha.
E bato-me, ensanguento-me, bato-me com força... Já quase não dói nada, já quase nada sinto, já quase não há nada a sair de cá de dentro...
Toma. Pega nesta máscara. Nem notas, pois não? É igual, para ti... nunca me soubeste ler... nunca te deixei ler... Mas há quem leia.
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