terça-feira, maio 30, 2006

O quão mal alguém íntimo nos pode conhecer

Chega o Verão e tenho, à partida, um problema. Se gosto de roupa fresquinha, gosto pouco de sapatos com o mesmo efeito. Botas ou sapatilhas. Sempre. Não podendo usar sapatilhas no trabalho (acho que dá aquele ar de tou-me a cagar), tenho forçosamente de usar botas durante o tempo quente. Atenção, isto não me choca, nem angustia. Ao fim ao cabo, é assim que me sinto, não bem, mas melhor. O que me aflige de forma moderada é a dificuldade em enc0ntrar o meu tipo de calçado, nesta altura do ano.
Pedi, então, à minha mãe para me trazer da sapataria de confiança da família botas de Verão para eu escolher. De forma redundante - pensava eu - disse-lhe: "já sabes, preto, castanho ou azul escuro, minimalistas, saltos altos". Hoje cheguei a casa e tinha 2 pares de botas para ver e experimentar: um de salto quase raso azul bébé e o outro cor-de-rosa, com um bocadinho de salto. A minha cara. De resto, repetindo-me, sempre foi assim.

Vinte e Quatro

troca
de
lugar
comigo
podias
ficar
aqui
onde
esquartejei
a
alma
vinca
as
minhas
pegadas
porque
não
parar
agora
no
acorde
que
me
acalma

sábado, maio 27, 2006

:(

Placebo
Super Bock Super Rock

quinta-feira, maio 25, 2006

Personagem F - alguém se reconhece?

F está completamente afastado do mundo, correndo na direcção oposta à dos que são e dos que tentam ser normais.
Respira notas de música, come tempo e bebe o anti-natural. Transpira recordações e absorve-as redesenhadas, novamente. Vê, cheira, saboreia, ouve e toca o que quer ver, cheirar, saborear, ouvir e tocar.
Vive naquele seu mundo, quieto e sem resposta, nem plateia, nem palmas. Com meia-luz, com meio tempo, com meia vida e meia morte.

A preto e branco?

A minha maior ambição é ser diferente...

... encontrem-me.

Reflexos

É tão complicado ter alguém com quem conversar a sério. Amigos, não. Namorados, não. Alguém com quem esticar a cabeça, sim. Falar, com um único compromisso: quando as gargantas secassem, não haveria adeus, nem xau. Cada um seguiria.

Post-purga

Gosto tanto de gajos que fazem um esforço por não-serem-normais, como não gosto de uma bela palmada no rabo, de vez em quando. Vamos lá parar de armar, vamos lá parar de querer ser estranho e diferente. Vamos lá parar de achar que tudo o que nos aconteceu na escola foi pura obrigação, senão eu também não vou parar com os moralismos chatos e sentir-me-ei obrigada a mostrar a cada um de vós/ nós que a merda que "fizeram de nós", é a mesma merda de cabeça com que andamos por aí a lançar papaias para o ar, como se fossemos os reis da independência do pensamento.
A culpa é toda nossa e, mesmo assim, tudo vai correr bem.
Obrigada por um pouco mais de nojo.

Por hoje, é isto

Definições
Descobri que penso melhor sem títulos. Penso melhor sem palavras, embora, sem elas, quase nada conseguisse fazer, aqui, onde me sinto melhor do que em casa.O título poderá ser sempre a última coisa a escrever, assim como os nomes que pomos em tudo. Um post sem título nunca ficaria mal além da nossa cabeça social e organizadora. Completamente enviesada por tudo e por todos.
Efeito-Pessoas
Eu não sei como, e talvez queira pensar o menos possível sobre o assunto, mas as pessoas são tão interessantes como desinteressantes. Alguém muito interessante pode ser desinteressantemente interessante, pelo molde que faz de si, por se auto-dessidiossincratizar até à sua morte como pessoa. Uma pessoa desinteressante pode tornar-se a mais interessante, por ser desinteressante demais. É um horror gostar de pessoas. É um autêntico vício. Se eu pudesse, abandonava-as todas no meio da estrada, assim como quem não quer a coisa, quando fosse de férias.
Que-merda-isto-de-as-conversas-dos-outros-serem-sempre-mais-interessantes-que-as-minhas
No outro dia, estava a apreciar uma conversa, à qual, como na maior parte das vezes, eu não pertencia. Um doutorzinho falava do tempo que dedicava ao trabalho e do pouco espaço do dia que tinha para os miúdos. Dizia ele que preferia a semana ao fim-de-semana, porque os putos davam cabo dele. Pus-me a pensar no que é ser casado com um gestorzinho, um importante financeiro ou um senhor engenheiro. Pensar sobre os cinco a dez minutos que eles passam em casa com as mulheres e filhos (perdoem-me aplicar descaradamente o preconceito da heterossexualidade), cria uma imagem angustiante na minha cabeça: um atraente e bem sucedido homem de negócios que, além de se cansar com a mulher e os filhos, não sabe mudar uma lâmpada em casa.

sábado, maio 20, 2006

1 Desenho

Alguém está de parabéns hoje, e não sou eu.
Desejo - ou desenho, já não sei - um feliz aniversário a todos os meus medos, inseguranças e fantasmas, que fizeram deste último ano de blog um autêntico inferno mental.
Há-de haver alguém feliz com ele - há sempre alguém capaz do que quer que seja.

sexta-feira, maio 19, 2006

Pessoas que hoje passaram pela minha cabeça

O que disse que me viu à hora de almoço, com o olhar completamente perdido, invisível a tudo. A que disse que eu não precisava de me despedir já, uma vez que íamos juntas até ao portão. A que me chamou boa funcionária, além de quente. O que se cala quando me vê. O que decifrou O Tipo de Homem da Diana. O que chamou tu a quem eu chamei você. O que me chamou simpática q.b.. Aquele a quem não consigo enviar a sms que quero desde ontem. A senhora que caminhava completamente dobrada. O colega descontextualizado. O auditor corado e observador. Todas as pessoas em quem esbarrei. Todos os que tocaram a toalha de mesa, com as mãos ou olhos. A menina dos selos. A menina do pus. A menina do namorado e do ginecologista. A menina do aparelho e que não queria ir passar o fim de semana a casa. A amiga da menina que não queria ir a casa. A senhora que ia desfalecendo. A senhora que passou o dia a chorar e ninguém viu. A doutora que dá corda ao grupo inteiro. O Pirilampo que também é meu. A senhora que quase chorou e que quase toda a gente viu. O conhecido que me olha e pensa que eu não vejo. Os homens das obras que não se esqueceram da fala deles. O baixinho que me intriga. O baixinho que não me cativa e pensa que sim. Os dois lá de cima que já são amigos outra vez. Ao que morre um dia de cada vez. Ao que cumprimenta baixinho e que hoje também vi descontextualizado. O que foi comprar a tarte. A prima que fez anos. O que deu o corte à prima que faz anos. Ao quase primo que se esqueceu do cartão. A prima das fotos. A prima que já nem prima é. Ao Noddy que me faz lembrar o Pinóquio. Quem não parou de se enterrar, tentando integrar-se. A filha, amor e mamã. A mulher da agência de viagens. O gajo que me vendeu o Meds e que me fez ver que eu estava a oferecer uma prenda a mim própria. A Rute e o Fifi que me entraram agora pelos olhos involuntariamente. Todos os que vou ver amanhã. O gajo que vi duas vezes na rua em 20 minutos. Os que não me cumprimentaram. O poderoso que não me viu por causa da coluna do corredor. O que afinal não falou em mim, porque era simplesmente tudo mentira. O que desceu as escadas demasiado depressa para me poder ter visto, mas que mesmo que visse, não me cumprimentaria. O que nunca está e que eu procuro quase sempre. Todos os da fila em que estive hoje. O senhor que me deixou passar à frente, porque já ontem eu estava à frente dele. O moreno do cigarro, gozado por todos. O que vai almoçar sozinho e me fez pensar como seria se ele tivesse alguém - eu - para ir almoçar com ele. O menino dos sonhos, sempre.

Sou uma puta mental.

A preto e branco #

And now we're stuck on rewind.

3 D

Desmoldar-te
Desarmar-te
Desenhar

Um pouco.
Contra mim.
O teu lugar a cinzento na multidão.

domingo, maio 14, 2006

Se eu fosse uma personagem do South Park...

Sanguessugas

Estava aqui a pensar sobre aquilo que retiramos dos outros.

Mais do que o que trocamos entre nós, estou a pensar sobre o que precisamos de ir buscar aos outros e trazer para , para acrescentar ao que somos.

Mais do que o que procuramos nos outros, estou a pensar sobre aquilo que encontramos sem ter procurado e torna um momento especial.

Mais do que o que esperamos dos outros, falo do que levamos além de todas as expectativas.

Há tanta gente que nos surpreende, para depois matar tudo o que se construiu, com a boa fé do que se viu e se gostou. Há tanta gente que nos magoa por terceiros. Há muita gente a magoar por não ter. Há muita gente a magoar por saudade. Há muita gente a magoar-se por saudade. Há tanta gente a magoar porque não tem jeito para mais nada, pela arte.

Acho que atraio todo este tipo de gente. É a Atracção pela Semelhança.

sábado, maio 13, 2006

Personagem E - alguém se reconhece?

E é muito mais fechado do que o fechado que parece. Se pudesse, via o mundo todo de longe, aparecendo só para comprar Coca-Cola e Donuts.
Tem poucas reacções de pura vontade, além da sua enorme sede de fazer tudo o que vai sonhando para si.
Quando reage, reage porque é assim que parece que eles querem que eu reaja.
Não sei bem se é realmente uma possibilidade ou uma inevitabilidade cruzarmo-nos com E, porque ele tanto foge, como esbarra de/ em todos os que existem.

A limpeza

Tal como há que tomar banho de vez em quando, resolvi fazer uma limpeza mínima aos atalhos deste blog. Porque os Desenhos não têm de ser coisas estáticas.
Os que saem, saem por desuso. Atrofiaram e desinteressaram.
Os que se mantêm, mantêm-se pelas palavras que gosto de ler de vez em quando, pela imagem que ficou e fez valer um blog, pela necessidade de controlo familiar e pela atracção pelo ridículo, pela ciência do absurdo e pela crítica mordaz, pelas imagens que ainda trazem algo que me interessa, pela conversa inteligente de um dos membros e por alguma pornografia (porque eu penso nos meus leitores - pois sim) e, finalmente, porque eu acredito que nada verdadeiramente bom morre. Daí os links.
Há um que merecia cá estar, por uso, mas não. Há coisas que não são para partilhar.
Continuo com sede de blogs e de mais atalhos a preencher o vazio de outras mentes interessantes e escritoras. O meu sonho é substituir os presentes por algo maior.
Mais que rotina e familiariade, queria um dia poder ler blogs por prazer. É que a minha vida é mesmo um bocado desinteressante.

Os sábados

Valem por:
  • poder dormir até à hora do almoço sem sofrer represálias;
  • me permitir comer tudo o que me apetece que exista cá em casa;
  • ficar quieta e parada no sofá a tarde toda, com a Mondego a ronronar nas minhas pernas;
  • por ser o dia em que tenho mais tempo para tratar de mim fisicamente;
  • terem o melhor banho da semana;
  • por saber que, depois de jantar, vou ter, com quase toda a certeza, uma boa companhia para passar a noite.

Estranham-se por:

  • me exigirem mais do que automatismos;
  • quebrar a rotina;
  • notar que como mais do que o habitual e não ter a certeza se é errado o que faço durante a semana, ou durante o sábado;
  • pelos filmes que passam nos 4 canais;
  • muitas vezes, sentir que não o aproveito como deveria;
  • ser o dia para o qual faço mais planos e, daí, o mais sujeito ao fracasso.

sexta-feira, maio 12, 2006

Como eu estou a lidar bem com o fim da Queima das Fitas de Coimbra 2006

Fogo, hoje é a última noite de Queima. Gostava de ter um bom programa, que me fizesse esquecer o que está a acontecer em Coimbra. A verdade é que eu tenho a cabeça congestionada, doem-me os pés, sinto-me suja e cansada.
Não tenho nada para fazer e é isto tudo o que tenho em comum com a sexta-feira, última noite da Queima das Fitas de Coimbra 2006.
Não venham ter comigo para recordar o quão fixe foi esta última semana e um dia. Eu simplesmente quero poupar-me disso.

quinta-feira, maio 11, 2006

Reflexos

Contra todas as leis da qualquer coisa Social, descubro que sou uma pior pessoa quando estou com os outros. Angustia-me a forma como me vejo desinteressante nos olhos de quem me faz falar, sem ser sozinha.
Talvez faça mesmo sentido alguns de nós fazermos sentido sozinhos e, assim sendo, quantos não andarão simplesmente a tropeçar e a rasteirar sistematicamente (n)os outros, por aí?

Personagem D - alguém se reconhece?

Eu não conheço esta pessoa, o D, mas vejo-a em todas as pessoas com quem engraço à partida. À medida que as vou conhecendo, ele desaparece. Reaparece e desaparece.
Enquanto for assim, vai ser sempre a pessoa que mais quero conhecer.

É a pessoa perfeita em potencial. Acalma-me com as coisas que diz. Vive neste mundo, mas entende perfeitamente o meu, porque acho que vai lá de vez em quando para me buscar. Mostra-me outros pontos de vista e tem sempre a forma doce e elegante de me fazer ver que estou errada. Sorri onde os outros arregalam os olhos. Não me larga nunca, fazendo-me voltar, quando me deslargo.

O D acha-me perfeitamente normal.

Carta de suicídio

Não há nada que eu vos quisesse ter dito, apenas tinha de ir embora, por escrito. Onde tudo sempre soou melhor.

Não quero ter mais nada a ver com a Vida.
Serviu-me de pouco... chegou-me sempre pouco d'Ela, aqui.

Isto foi sempre tudo tão confuso para mim... nunca consegui viver como achei que os outros viviam... Eu só quis ser parecida com alguma coisa, para não ser uma grande surpresa.
Nunca quis ser estranha, nem diferente e acho até que enganei a maioria das pessoas. Nunca quis ser dramática, nem ciumenta, nem insegura, nem pessimista.Tentei não depender de nenhuma pessoa e, quando naturalmente não reparei que fracassava, aprendi a chamar esses ninguéns de amigos. Nunca quis estar fora de casa, nunca quis sentir saudades de ninguém, tentei sempre fugir aos sentimentos. Depois, quis sair de casa, precisei que alguém me fizesse falta e puxei pelos risos e pelas lágrimas. Nos extremos, soube sempre igual.

Alcancei, sob vários aplausos, as etapas-padrão do sistema. Nunca deixei de sentir que ainda estava tudo por fazer.
Quis ter a casa, com a cerca branca e o jardim. Quis que alguém me escolhesse e dizer sim até ao fim. Quis não precisar de ninguém, mostrei tantas vezes que não precisava e senti-me tão mal assim, só por isso.
Fui-me despedindo, devagarinho, de todas as grandes pessoas, tentando esgotar qualquer encanto que pudessem ver em mim. Construí, primeiro sozinha, e depois contigo, todas as memórias e sonhos, para soprar, em seguida, o nosso indestrutível castelo de cartas.
Evitei todas as luas de cabeça erguida, mas sem orgulho nenhum, sem quaisquer argumentos.

Foi no anestésico sistema, que me consegui esquecer completamente. Foi lá que mais dias passaram, e menos tempo senti perder. E foi lá que fiquei mais perto desta carta.

No fim de todas as noites sóbrias, depois de todas as conversas, soube sempre que não tinha razão nenhuma para me lamentar. Só o nada disto - o isto que não existe - fazer todo o sentido para mim.

Qualquer palavra soa melhor agora, daqui, por detrás da cerca branca.

Sessão de terapia I (vamos ver se haverá mais)

Fui ao psicólogo.

Sou tão frágil. Envergonho-me e facilmente fico sem palavras. Tenho dificuldade em quase todas as perguntas. Não sei definir o que gosto, porque não quero gostar de nada. Não sei assumir nada que possa caracterizar-me, porque não quero estar indefesa, à mercê deles. Há muitas coisas que eu não posso fazer, para poder existir em paz.

Prefiro ouvir. Eu quero é ouvir o psicólogo. Enquanto ele falar - e pode falar sobre mim -, tudo vai ficar americanamente bem.


- São 75 €, até para a semana.

segunda-feira, maio 08, 2006

Crises de uma memória fenomenal

Vou no carro, paralisada pelo trânsito e pela inactividade da primeira hora após o despertar e tenho sérias ideias para novos posts. Ideias de uma cabeça fresca demais para secar imediatamente após essa hora terminar.

Estou a falar com alguém e confundo palavras, esqueço os pormenores e troco conversas. Apenas ficam as imagens. Normalmente, olhos (d)e cores secundárias.

Estou ocupada com alguma coisa e troco de mundo, completamente despersonalizada, como se não tivesse bem a certeza da escolha de vida que tenho vindo a fazer.

Ultimamente tem-me acontecido sistematicamente o que eu gostaria de chamar de Crises de uma memória fenomenal.

Como se bloqueia uma pessoa no MSN

- Então, como está a psicóloga?
- Eu não sou psicóloga!

Sábado, 2ª noite de Queima







6ª feira, 1º dia de Queima - Parte 1





Sexta-feira, 1º dia de Queima - Parte 2






domingo, maio 07, 2006

Reflexos

É possível que isso seja impossível.

A Queima são dois dias...

Vai afiá-los. Levei um enorme corte de um ex-amor. Perdem-se telemóveis. Ganham-se novos números. Vê-se o Berg e antipatiza-se logo com ele. Vai-se ouvir o Princesa-beija-me-outra-vez, só para confirmar. Encontram-se colegas de trabalho e certamente mostra-se mais do que o desejável. Enquanto não nos lembramos dos excessos cometidos, eles não são reais. Ignoram-se algumas pessoas, porque estão mesmo a pedi-las. A cerveja desvenda pessoas. Passa-se a ideia de que somos psicologicamente fracas, sem interessar se o somos ou não. A cerveja desvenda dentes sensíveis. Conhece-se alguém e os 5 minutos que falámos foram na realidade uma hora (e porque é que uma hora tem de ser assim tão pequena?). Esqueço a pergunta que devia ter feito uma hora depois. Os namorados chateiam-se e, entre eles, alguém chora. Roubam-me o chupa. Cumprimento pessoas só por cumprimentar. A cerveja desvenda dançarinos que pensavam que não gostavam de dançar. O álcool deseja um feliz dia da mãe estranhamente controlado. A cerveja desvenda alguns boatos, mas fica-se sem saber se se deve acreditar na cerveja. Encontra-se o stalker que está ainda mais stalker. Compra-se merchandising. Fica-se com voz de bagaço. Acabamos a noite com as calças queimadas ao pormenor. Tenho uns olhos na minha cabeça que não páram de olhar para mim. Gasta-se o saldo todo do telemóvel com as péssimas indicações da Adriana para nos localizarmos. No meio da confusão, tenho a sensação de ter bebido um panaché (um dos grandes mitos urbanos dos nossos tempos). A cerveja desvenda uma diana com conversas que não interessam a ninguém, sem haver a certeza de que é o líquido amarelo e espumoso a fazer a diferença. A cerveja não torna melhor a resposta à pergunta "Então, de que curso és?".
Para mim, a Queima foi sexta e sábado e efectivamente são dois dias.
... alguém me venha buscar, por favor, não estou a aguentar... quero mais.
Na próxima sexta-feira vais?

Personagem C - alguém se reconhece?

C apresenta-se sempre referindo a sua categoria profissional.
Gosta de falar com desconhecidas.

Foi tudo o que quis conhecer de C.

segunda-feira, maio 01, 2006

Todos os sítios onde eu não estou agora

Nem todos seriam bons e nada neste, onde eu estou agora, me incomoda demasiado... a não ser o não passar por aqui o tempo que poderíamos estar a matar juntos.

Hás-de estar a fazer alguma coisa, não comigo, e é só isso que não está bem por aqui.
E eu não estarei a fazer nada, esta noite, no sítio onde estou agora.


... vamos só ficar a ganhar mais uns dias, talvez uma ou duas semanas, de saudade.

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
O meu mundo
O meu lugar
Porque até aqui eu só:
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só quero estar
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

Feliz Aniversário

Suponho que nunca vás ver isto, mas...
é para ti, Xini...

... muitas, muitas, muitas felicidades.