domingo, abril 30, 2006

Sorria face à adversidade...

... mesmo que, por vezes, se sinta a rebentar por dentro...

Outra pergunta

Alguém viu um não-mau-feitio por aí?

Personagem B - alguém se reconhece?

B tem à volta de quarenta anos. Não gosta de fazer a barba e anda sempre de cigarro na ponta esquerda da boca. Fala calmamente, fechando levemente os olhos antes de dizer o que quer que seja, como quem pensa melhor no escuro.
Não gosta de falar no passado, isso traz-lhe sempre uma sensação de arrependimento, sentindo que a sua idade equivale apenas a tempo perdido.
Quem o conhece melhor não faz a mínima ideia de quem ele é. Tem pelo menos uma fã neste mundo de cá.

Vida de Gata - A Lei da Sobrevivência


Junto ao fio-já-sem-pompom, Mondego encontrava-se naqueles 2/ 3 segundos em que decide entre lutar ou fugir.

quinta-feira, abril 27, 2006

Mais uma pergunta

Queres mais alguma coisa de mim, além daquilo que não te dei?

Gosto

Gosto do Miau! que segue o "Monguiiinhas!!!". Gosto do cheiro a gelados de morango que a Primavera me parece trazer. Gosto da ideia de que alguém desconhecido já passou por aqui e ficou para mais do que um post. Gosto da ideia de que alguém conhecido passa sempre por cá, como quem não quer a coisa. Daquela altura do mês em que não me sinto tão mal. De rapazes como ele, à partida tipicamente dianofóbicos. De sair, não contando com nada, e acabar por ter uma noite em cheio. De imaginar que tipo de filho seria eu capaz de criar. De ver homens vestidos de cor-de-rosa. Do meu trabalho, quando estou lá.

Não Gosto

De vestir uma camisola e a manga da camisa ficar para trás. De ter muitos acidentes de trabalho (cortes de folhas de papel). Que me convidem "para tomar café". De sair à noite sem a Patrícia. Do tempo que a minha tia fica a olhar para mim, durante o jantar de sábado à noite, quando estou prestes a sair de casa. De ouvir um homem falar mal do aspecto físico de uma mulher, mesmo que eu não a conheça. Dos Chocapic do Continente. Que me cumprimentem com "Oi". Que pessoas com quem não tenha (muita) confiança me mexam no cabelo. Que me chamem Dânia, Tânia, Dina ou Daniela.

Regressão Catártica

Estava aqui a pensar em como o pior que pode acontecer a uma criança é o poder ter tudo o que quer.
Lembro-me, com alguma revolta - por pura incompreensão-, que a minha mãe nunca me comprou nenhuma Barbie, presenteando-me, quando estritamente necessário, com aquelas imitações feias e pezudas, com nomes de emigrante. Balançando sempre entre a desconfiança do amor da minha mãe por mim e a certeza em como a-mãe-sabia-o-que-estava-a-fazer-e-o-que-era-melhor-para-mim, mantenho, até hoje, uma mágoa, que faz jus ao subtítulo deste Desenho.
Penso ainda em como "Os entendidos" consideram a Barbie inapropriada para as crianças, por realçar e popularizar um determinado padrão físico: loiras, mamudas e magras. Agora, sim, entendo, porque tenho tão bem resolvido em mim este corpo...
Obrigada Cindy pezuda e obrigada Tanya feiosa. Tou feita com estas mães.

Fetiche*

Já há algum tempo que desconfiava... hoje, soube-o. Eu tenho um fetiche por homens que realizam biscates, profissionalmente. Falo de electricistas, canalizadores, técnicos de ar condicionado, entre outras variantes.

Há qualquer coisa de muito sexy em saber que ali tenho um homem prático, habilidoso e com soluções simples para os meus problemas.



* tenho noção de que será difícil libertarem-se da imagem da Diana a apreciar, salivante, um canalizador com o reguinho do rabo à mostra. Acreditando, ou não, eu sei o que estou a dizer. Estou farta de homens que não servem para nada; para isso, já chego eu numa relação.

terça-feira, abril 25, 2006

Queimas e Cartazes



Comentários:
  • O tamanho dos cartazes não foi obtido proporcionalmente à minha preferência, mas poderia ter sido;
  • Gostaria que me dissessem qual dos bonecos, desenhados no 2º cartaz, faz jus à minha faculdade - estou deveras curiosa/ intrigada;
  • Tenho dúvidas se irei chegar a tempo da Melanie C;
  • Poderia jurar que o segundo cartaz seria capaz de decorar qualquer porta de um qualquer infantário;
  • Que embirração é esta dos organizadores de Queimas e Latadas com os Orishas?!
  • É impressão minha ou os cartazes das festividades em Viseu são sempre muito parecidos?
  • Quem será o "grupo" português mais presente em Queimas/ Latadas: Xutos, DaWeasel ou Quim Barreiros?
  • Por fim, alguém me explica, depois de 5 anos de vida ignorante em Coimbra, que raio é O Coral Quecofónico do Cifrão? Alguém alguma vez ouviu alguma coisa deles?
  • Para quando o cartaz do preço dos bilhetes?

Comunicado

Ter um blog é uma tremenda desilusão. Além de não servir para nada, porque parece que as pessoas certas nunca estão cá para ler, a blogolândia só sabe comentar o que não interessa. Começo a pensar que isto diz muito sobre mim. Mas que grande palhaçada e que grande palhaça que eu me saí...
Ainda bem que nós não somos do tipo de parar para pensar... senão... nada interessaria, de facto...
Pelo menos tenho a desculpa do título do blog...

A minha vida simples

Rezar para não encontrar ninguém conhecido na rua. Descobrir o picante de uma chouriça só pelo cheiro que anda no ar. Não vestir o 36, nem o 38. Ter como sonho de criança viver numa roullotte. Não saber escrever roullotte. Ir ver todos os filmes de animação que passam no cinema da minha cidade. O estranho que é ver os grandes doutores da minha empresa, à paisana, a fazerem os mesmos programas que eu. Sentir o mau humor a chegar, pouco subtilmente. Cantar os These Days dos Bon Jovi alto q.b., em plena SportZone, cagar para os outros transeuntes, e sentir o que sinto. Pensar, todos os dias, nas férias que aí vêm, não pelo cansaço, mas por ver cada vez mais próximos 15 dias de Verão, vazios de significado. Sorrir, sempre que leio as mesmas sms guardadas. O 25 de Abril não significar nada para mim. Saber que preferia não encarar ninguém, mas sorrir para quem conheço e encontro na rua, e levar um corte dos grandes.
Quac!

"Especiais"

Há espaço no mundo - neste mundo que preenche os espaços entre cada um e todos nós - para desempenharmos todo o tipo de papéis. Acho que só poderíamos ser completamente verdadeiros, se vivêssemos sozinhos. Tudo o que guardamos cá dentro corrompe-nos. O que não queremos que se saiba acerca de nós, corrompe-nos.

Mesmo quando não queremos ser especiais, alguém, inesperadamente, vai fazer-nos sentir assim e está tudo lixado.

Quando esperarmos que alguém goste da nossa assustadora banalidade (aquela que achamos que nos tira o brilho), alguém vai efectivamente gostar e está tudo lixado, porque aí, vamos sentirmo-nos exactamente como queremos e tudo o que este mundo tem de corruptível, vai-se apoderar de nós.

É uma estupidez, este mundo platónico que anda por aí... que estúpida... por amor de deus... por favor...

sábado, abril 22, 2006

Só uma pergunta...

Até que idade pensas divertir-te?

A preto e branco 5

Promovendo a paranóia

Estive a pensar se realmente poderemos confiar nas pessoas. Confiando, poderemos partilhar com elas segredos e, confiando, poderemos esperar delas determinadas coisas. É-me impossível gerir a confiança e as expectativas, sabendo que uma pessoa em quem confio, poderá ter segredos sobre mim com outra pessoa, em quem também confia.

Nós podemos andar a confiar em pessoas que não quebrarão outros sigilos, a que nós seremos susceptíveis, com outras pessoas.

Estou feita com o mundo...

sexta-feira, abril 21, 2006

Reflexos

Compreensivelmente, é assustadora a ideia de que aquilo que faz rir os meus observadores neste momento, será aquilo com que irei sonhar esta noite.

quinta-feira, abril 20, 2006

Façam as vossas apostas!

Como acham que seria (será) um possível filhote da Mondego?
A. Um gatinho siamês

B - Um gatinho branco com uma manchinha na orelha

C - Um gatinho preto

E - Um gatinho preto e branco


F - Um gatinho malhado


G - Um gatinho branco tipo persa

H - Um gatinho branco com manchinhas tipo esfinge

I - Um gatinho cinza

J - Um gatinho amarelo


Eu quero uma ninhada com eles todos. Eu quero uma ninhada com eles todos. Eu quero uma ninhada com eles todos.

Vida de gata

A maldade do dia de hoje*

Estava eu a ter um dia mais-ou-menos, com tudo controlado, como sempre e como se quer, quando risco o carro do meu pai, em plena condução-quase-parada**. Tenho saudades da razoabilidade da minha vidinha medíocre. Quero voltar a poder dizer "médio", em vez de "não", quando me perguntam "Então, tudo bem?".
Hoje estou feita apenas comigo.

* espero não ferir susceptibilidades com a possível ambiguidade deste post.
** estava, portanto, em pleno processo de encostamento do carro ao muro da casa, uma vez que ainda iria ser utilizado nesta noite.

quarta-feira, abril 19, 2006

Info 7

A partir de agora e até me fartar, este blog será feito de frases objectivas e concretas. Obrigada, irmão-com-complexo-de-super-herói, por mais um momento de iluminação. Agora, além de ter ideias inteligíveis, este Desenho passa também a não ter qualquer significado para mim.

Espero que tenham entendido tudo.

Info 6

A Mondego voltou a saltar do 2º piso cá de casa.
Ela está bem e, provavelmente, também prenha.

sábado, abril 15, 2006

O apoio

Prefácio por Adriana, sempre com um pacote de lenços à mão
Porque é uma grande treta a história "amigo não é quem limpa as lágrimas mas quem não as deixa cair" que convem ter sempre um pacote de lenços sobressalente.
A amizade é mais do que aprovação, não é?
Às vezes é gritante a diferença entre aquilo que as pessoas que me rodeiam fazem e aquilo que eu faria, se estivesse no lugar delas. Se, em alguns dos casos, sou indiferente às escolhas dos outros - porque não serei mais do que uma espectadora, mais ou menos atenta, das suas vidas -, noutros, não posso deixar de penar e espantar-me por certas atitudes ou comportamentos das suas vidas.
É engraçada a forma como podemos ser tão próximas de pessoas que tomam caminhos tão diferentes dos nossos. Uma coisa tão "natural" e "normal" para qualquer mente aberta e enviesada pela moderna forma de pensar, em que tudo é aceitável e compreensível, consegue surpreender-me instantaneamente.
Há caminhos, por entre a amizade, tão diferentes, que muitas vezes me fazem pensar na sanidade dessas relações. É nessas alturas que me deparo com a forma egoísta como giro todos os meus relacionamentos. Passo a vida a vê-los pelos meus olhos.
Ainda assim, procuro sempre apoiar incondicionalmente as pessoas de quem gosto. Nos casos mais controversos, apoio-os incondicionalmente, calando-me.

sexta-feira, abril 14, 2006

Personagem A - alguém se reconhece?

A é mulher, trintona, recente mãe de uma filha.
Tem voz meiga, e gosta de ajudar os outros e de contar histórias do seu dia-a-dia.
É viciada em comprar roupa de bébé.
O marido passa a maior parte do tempo fora de casa, ganha mais do que ela e já tem uma filha adolescente de uma relação anterior, que, de vez em quando, acompanha a discotecas e lhe faz perguntas embaraçosas .
Trabalha há muitos anos numa empresa, longe da terra onde nasceu.
Na infância e adolescência dava-se muito mal com a irmã.

segunda-feira, abril 10, 2006

Duas perguntas para os homens (mas que as mulheres também podem responder)

O que é que leva um homem a convidar uma mulher que mal conhece para sair?

A - O não ter nada a perder;
B - O ela ser boa;
C - O amor à primeira vista;
D - A inconsequência;
E - A subvalorização do encontro;
F - O ser a única forma de ver se a mulher pode ou não interessar;
G - Outra (qual?).

O que é que leva uma mulher a recusar o convite de um homem que mal conhece?

A - O facto de mal o conhecer;
B - Medo de ele, ao conhecê-la melhor, a rejeitar;
C - O não se sentir atraída fisicamente por ele;
D - O facto de não querer parecer "fácil";
E - A sobrevalorização do encontro;
F - Um trauma do passado;
G - Outra (qual?).


Nota: referir o sexo na resposta, por favor; hoje em dia, há nicknames muito andróginos.

Info 5

Cortei e estiquei o cabelo. No meu trabalho, as mulheres disseram que me ficava bem o cabelo liso e os homens disseram que preferem os meus caracóis. Ou seja, ninguém gostou do novo look.

A minha relação com as máquinas*

Há qualquer coisa em mim que faz interferência com as máquinas, no geral. Muito provavelmente, será a incompetência. Tenho uma tendência muito particular para encravar computadores, fotocopiadoras, impressoras e digitalizadoras. Sempre que abordo uma máquina, é com o pé o mais atrás possível. Tomo algumas precauções, nomeadamente, evitar explorações sobre o dito território desconhecido, isto é, só mexo quando sei exactamente o que vai acontecer (analisando previamente as relações causa-efeito inerentes aos inevitáveis actos em que não posso escapar ao encontro com máquinas), o que não me deixa espaço para apreciar as funcionalidades das coisas.
Às vezes, acho que estas máquinas têm vida própria. Tal como os animais, elas sentiriam o medo que sinto quando me aproximo de uma. Como não poderia deixar de ser, elas aproveitariam essa vantagem sobre mim para me gozar, implicando comigo (que nem sou de me armar em artista neste campo) e fazendo-me passar por maus momentos em frente a outras pessoas.
Não há dúvida, elas sabem e querem rotular-me como incompatível. Eu simplesmente não as compreendo.
* provavelmente, o referido explicará a minha atracção-repulsa por informáticos. Não sei, tudo é possível.

domingo, abril 09, 2006

A preto e branco

Mondego e Bóris

Medley

A actual pessoa com quem troco mais sms', é alguém que eu nunca encarei directamente. Descobri que as músicas que marcaram a minha passagem dúbia pelo Noites Longas compõem um mundo - ficaram muitas por discriminar. Não sei o que é trial, mesmo depois de me terem explicado. O Futebol Clube do Porto tem uma sorte do caraças, apesar de se falar muito em erro defensivo. Finalmente, vi o filme vencedor do Oscar para Melhor Filme. Não fosse a Mondego, seria só mais uma coisa irónica que faria sozinha. Não entendo como alguém pode querer fazer um bolo de cerveja - há coisas que nunca vou gostar de ver descontextualizadas. Às vezes gostava de atirar o meu modem contra a parede com mais força do que aquela que é precisa para esticar os meus caracóis. Acho que sou uma shop-aholic. Está-me a incomodar o frio que o meu irmão faz, quando está a jogar à bola aqui ao pé de mim, ao correr de um lado para o outro. Gosto muito da sensação de andar sozinha na rua, e simplesmente olhar em frente, sem fixar ninguém.

Nas palavras dos outros

Since we're feeling so anesthetised
In our comfort zone
Reminds me of the second time
That I followed you home

We're running out of alibis
From the second of May
Reminds me of the summer time
On this winter's day

See you at the bitter end
See you at the bitter end

Every step we take that's synchronized
Every broken bone
Reminds me of the second time
That I followed you home

You shower me with lullabies
As you're walking away
Reminds me that it's killing time
On this fateful day

See you at the bitter end
See you at the bitter end
See you at the bitter end
See you at the bitter end

From the time we intercepted
Feels more like suicide...

See you at the bitter end

Acho que demoro, em tudo. Demoro sempre a chegar onde devo estar...

As psicologazinhas

Pensando que não poderia ter feito mais nenhum, cada vez mais me arrependo do curso que tirei. Repensando as vantagens e desvantagens, o meu balanço é negativo. Além de ter contaminado a minha própria vida com a atitude Ser Psicólogo, penso que não temos país, nem mentalidade para o exercício desta profissão.
Em Portugal, os psicólogos, são todos psicologazinhas. Dão boas esposas de patrões, bonitas acompanhantes em palestras, boas comentadoras de revistas (a par da Júlia Pinheiro), boas escritoras de romances e até de blogs, mas nunca profissionais sérios.
Às vezes, confundo-me entre os meus pensamentos sobre o respeito que (não) tenho pela minha formação e a urgência em ser eu própria a defendê-la.
Não sei, talvez não acredite o suficiente no que era suposto andar a fazer, depois de cinco anos de mudança de mentalidade. Talvez, para mim, da Psicologia tenha restado mais Bar da Associação do que Freud, Maslow ou Piaget. A certeza da licenciatura vem do canudo e do vestigial bater mal.
Acho que vou ser uma eterna licenciada em Psicologia, nunca psicóloga, jamais psicologazinha.

O homem mais sexy do planeta

Quem me conhece, sabe que eu nunca fui destas merdas. Apreciava o que tinha a apreciar, mas isto dos gajos giros, bons e sexy sempre passou um bocado ao lado da minha vida. De uma forma geral e, apreciando ou não a beleza no mundo, sempre valorizei outras coisas, no que dizia respeito ao que eu queria para mim, durante o tempo em que tinha os pés bem assentes no chão. A verdade é que nunca convivi com o típico homem de cortar a respiração.
O meu irmão diz que dinheiro atrai dinheiro. Talvez a beleza que temos atraia beleza na mesma proporção. Não sei, há um monte de talvezes na minha cabeça este momento.
Estou a mudar. Cada vez mais valorizo a beleza dos chamados gajos. Ontem deparei-me com a incontornabilidade da emergência em alinhar efectivamente pela mudança de atitude face à beleza no mundo. Deve ser estranho ter alguém realmente muito atraente ao nosso lado*. Deve ser castrador, inibidor, diminuidor em muita coisa.
Ontem fui ver o razoavelzinho Como despachar um encalhado. Sozinha, dei por mim a encolher-me, na cadeira do cinema, envergonhada pela imagem do Matthew McConaughey em tronco nu. Ontem percebi muita coisa acerca disto de se ser o mais sexy. Às vezes, justifica-se rotular as pessoas.
Não era nada disto que eu queria dizer, mas pronto.
* é, provavelmente, a frase mais à pobrezinha que eu já disse, em 23 anos de vida.

quinta-feira, abril 06, 2006

Reflexos

Hoje, quando começou a chover, passou pela minha cabeça o seguinte devaneio* mental:

A minha vida é tão estupidamente correcta que eu poderia,
com o poder burocrático de um e-mail, mandar parar a chuva.




* suponho que a marca ainda não tenha sido registada.

Info 4

Mudei de um gabinete só com 3 homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 40 e picos... para um gabinete exclusivamente feminino.

Se alguém tiver um comentário brilhante a fazer em relação a isto, por favor, disponha.

segunda-feira, abril 03, 2006

A depressão dos outros

No fundo, estou um bocado farta. Além do fundo, também estou um bocado farta. Tudo junto, estou mais do que um bocado farta.
Se eu sou depressiva, deveriam conhecer as pessoas à minha volta. E a culpa da sua depressão não pode ser minha, porque eu não ando propriamente a desperdiçar depressão por aí, como se ela não tivesse valor para mim. Além disso, o Mundo às vezes é mais do que um blog.
Se isto fosse o Big Brother, eu não era lá dentro como realmente sou cá fora. Não estaria a ser eu própria e não teria muito mais para mostrar, porque simplesmente não o mostraria à partida. Não sou frontal, mas a minha cara é. A verdade é que me farto de me disfarçar por este mundo fora, e não é isto que me faz sentir diferente das outras pessoas.
Eles já eram assim. Eles queixam-se mesmo antes de dizer o bom-dia da educação, lamentam-se por fazer aquilo, mas se lhes tiram aquilo, lamentam-se ainda mais. Se alguém faz aquilo que eles não querem fazer, ai que chatice, ai que chatice. Eles têm os olhos no chão o dia todo, se alguém fala para eles, tremem dos pés à cabeça. Não respondem ao que se lhes pergunta. A letra que desenham é ilegível, pelos nervos. São brutos e secos com as pessoas que lhes são mais próximas. Dizem que são directos, quando passam o dia todo a cortar na casaca do pessoal todo. Dizem "eu parto já esse gajo todo" e, face-a-face, que doçura! São impiedosos para quem vem por bem.

Cá para mim, estes são os verdadeiros depressivos. Eu só ando a curtir a minha doce pena, injectando depressão q.b. nestes meus posts.

Calma, há vida além do Desenho.

Info 3,5

- Então, como estão as coisas?
- Bem.

Info 3

Tive um dia mau e, até agora, só eu sabia disso.

O livro

Estou tão aborrecida. Tanto, que poderia escrever um livro. Já pensaram que título dariam ao vosso livro?
Sabendo que este poderia ser só papel, só palavras, só um sonho, só uma esperança, só uma distracção, só uma realização, só um álbum de recordações ou um herbário, uma colectânea das nossas letras favoritas escritas, um diário de alguém não adolescente, ou mesmo só um livro, com duas capas fortes a fecharem muitas folhas, vazias, prontas para se ir escrevendo o que a guitarra for lembrando.
O meu chamar-se-ia O Mundo é só uma hipótese.

O que me apeteceu dizer sobre direitos de autor

No orgulho de, por vezes, não ter pensamentos assim tão estranhos, ousei pensar num mundo em que os direitos de autor se fizessem pagar automaticamente, e por si mesmos. Pensando que pagaria, por cada trecho por mim traulitado, sorri masoquisticamente ao pensar que onde gastaria mais dinheiro seria no seguinte lugar sonoro:
I can see clearly now the rain has gone...
Sacana de vida irónica a minha...

Uma carta (um lugar bonito, talvez)

Não há uma única palavra que eu ache que faça falta nesta carta, e comecei agora a escrever. Eu não tenho nada para te dizer...
No ficar mais perto que estou, só quero estar ainda mais perto.
Escrever non-sense, pensar naquelas coisas que me tiram o pensar e deixar-me subir só um bocadinho... apenas o mínimo que permita estar longe deste chão-simplesmente-mais-frio-do-que-eu e não faça a diana quebrar.
Estou-te a escrever, no ridículo de saber e de tu saberes que são só palavras. Coisas rotuladas, que só existem no tempo que duram os sentidos que lhes damos. Nós sabemos isso, agora.
Nestes pequenos cinco segundos, quero que seja só um lugar bonito entre nós.
Por ora, durará para sempre.

E ele disse:

Queria partir numa viagem, como quem não tem nada a perder. Não levar objectos, nem sonhos. Ir cheia de expectativa nenhuma.
Acredito mesmo que, nas saudades que pudesse sentir, encontraria todo um novo mundo que preencheria todos os meus desconhecidos vazios emocionais.
Rasgaria tudo, sem uma olhadela para trás.
Mas ainda não posso.
"Só precisas de ânimo, nada mais"

"A cultura da empresa"

Mudei de funções, dentro da empresa. Recuso-me a fazer qualquer tipo de comentário, antes de provar o novo sabor.

Adeus Paulo. Adeus Jorge. Adeus Daniel.

Adeus, adeus e adeus.

sábado, abril 01, 2006

Bebedeiras de dois finos

Estou numa altura da minha vida em que dois finos me dão força para tomar as decisões mais emocionantes do meu dia-a-dia. Decido confessar os meus ciúmes, ganho força para enviar aquela sms maluca e sem qualquer sentido - mas que reflecte a maluquinha que sou -, resolvo merdas dianamente incompreensíveis, decido deixar saber as minhas saudades a quem está mais longe...

Felizmente, costumo parar nos meus recentes limites e, quando largo o lugar responsável pela bebedeira emocional, ponho os pés na terra novamente. Tss, tss...


Just wanna go home...