quarta-feira, agosto 31, 2005

Nas palavras dos outros (quem me dera saber como soa esta música)

You were once
my one companion . . .
you were all
that mattered . . .
You were once
a friend and father -
then my world
was shattered . . .
Wishing you were
somehow here again . . .
wishing you were
somehow near . . .
Sometimes it seemed
if I just dreamed,
somehow you would
be here . . .
Wishing I could
hear your voice again . . .
knowing that I
never would . . .
Dreaming of you
won't help me to do
all that you dreamed
I could . . .
Passing bells
and sculpted angels,
cold and monumental,
seem, for you,
the wrong companions -
you were warm and gentle . . .
Too many years
fighting back tears . . .
Why can't the past
just die? . . .

Wishing you were
somehow here again . . .
knowing we must
say goodbye . . .
Try to forgive . . .
teach me to live . . .
give me the strength
to try . . .
No more memories,
no more silent tears . . .
No more gazing across
the wasted years . . .
Help me say
goodbye.

O spam chegou ao Covil II

Tenho tantos motivos para parar de fazer, dizer e escrever determinadas coisas... que não consigo parar. Eu simplesmente não consigo parar isto que eu faço e as coisas em que me meto e o mal que tudo isso me faz sentir. Parece que vivo disso... Não consigo pensar "eu não devia fazer isto, porque não está certo" - a menos que não seja eu quem se lixa com isso. A menos que nada me garanta que eu vá ficar mal vista com qualquer coisa que faça, diga ou escreva. Aí eu acho que não faz jus ao Desenho e então penso duas vezes. E é incrível como encontrei na ironia toda a minha linguagem.

É incrível, mas às vezes é tal e qual assim. Tenho 22 anos e nenhum sentido de auto-preservação. Eu não acreditaria...



I´ll take... a quiet life...

"Amanhã"

"Cai a noite e fico só
Aqui sentado a escrever
já não sei por onde vou
talvez, venha um dia a saber

Vem dizer, vem contar, saber
E comigo ficarás
Para sempre aqui

Amanhã tudo mudou
Voltei a ver-te como és
Já não sei porque acabou
A noite aquela que nos fez

Vem dizer, vem contar, saber
E comigo ficarás
Para sempre

Se o amanhã vier
Talvez me vá esconder
E quando a noite quiser
Volto a aparecer"

domingo, agosto 28, 2005

Papel e caneta

Propus-me escrever sobre o vazio legislativo do Trabalho Temporário - a grande temática do meu relatório final de curso. Normalmente, quando não é para escrever directamente no computador, ou seja, quando eu não faço a mínima ideia de como começar um texto, recorro ao papel e à caneta.

Li o artigo e a parte do livro que interessava, tentei estruturar mais ou menos as coisas na minha cabeça, mas, entre algumas coisas que, docemente, me ocupam a cabeça e o pensamento suficientemente bloqueador "dá só uma vista de olhos, amanhã fazes isso!", acabei por colocar o relatório para fora das minhas prioridades para antes do sono.

Desligo as luzes, mexo no telemóvel sem saldo, penso no que, docemente, está longe de mim e... não tenho sono. Acendo as luzes, poiso o telemóvel sem saldo e não há como, nem porque fugir.

De resto, sempre foi assim comigo.

sábado, agosto 27, 2005

Contagem decrescente

Sim, estou a contar os dias para chegar à merda de conclusão de que a minha gata já não me conhece. Calma, Diana, podia ser pior. Só tens é de pensar como.
Tudo bem, sou capaz de ser ignorada, temida e/ ou atacada pela gata nos primeiros dias, mas talvez passe... talvez ela se vá lembrando dos bons velhos tempos... e toda a memória do esquecimento se resuma a uns arranhõeszitos... a pele sara...
Será que a Mondego os vê como bons velhos tempos?
Já estive a pensar que provavelmente terei de insistir naquela brincadeira do "tété-tou-aki-agora-já-não-estou-mas-pra-onde-raio-é-q-eu-fui" para ver se ela se lembra de mim pelas brincadeiras idiotas a que eu me costumava prestar (com gosto), quando brincava com ela. E ela alinhava...ficava doida. Até eu ficava e não sou gato (obrigada, Diana, por te lembrares disso... o Desenho tá cada vez mais perfeito). Se ela cresceu e agora já se acha adulta demais para brincar, problema dela (ridículo, eu sei...).
Bem, pára essa cabeça, Diana. Não faças isso.

"Come, we must return..."

Christine:
- (...) "Who was that shape in the shadows? Whose is that face in the mask?"

Phantom:
- "Damn you! You little prying pandora! You little demon! Is this what you wanted to see? Curse you! You little lying delilah! You little viper! Now you cannot ever be free, Damn you! Curse you!"





"(...) Fear can turn to love
You'll learn to see to find the man behind the monster
This repulsive carcass who seems a beast
But secretly Dreams of beauty
Secretly, secretly..."

Relativismo num mundo de perfeição imperfeita

Há alturas em que ouço ou leio coisas que me fazem pensar: "como é que é possível as pessoas não conseguirem pensar além disto, do que é óbvio?" Baseada neste meu comentário um pouco narizinho, está a ideia de que tudo pode ser relativizado, tudo é possível e tudo é, por isso mesmo, "normal".
Num mundo ideal e perfeito, ninguém devia apontar o dedo a ninguém. Acontece que todos sabemos as condições em que somos obrigados a viver nesta realidade e estas estão longe de nos dar o "paraíso" da perfeição.
Vamos pensar nisto com carinho. Na verdade, não sabemos como seria esse tal mundo perfeito, ninguém o viu por aí, pois não?
Provavelmente tem mesmo de ser assim, é a forma de nos relacionarmos... descobrirmos na diferença dos outros motivos para rir, para nos acharmos superiores e para, de certa forma, nos definirmos quando ainda não nos conhecemos e/ ou aceitamos completa e incondicionalmente.
A imperfeição dos nossos preconceitos e dos nossos momentos e pensamentos anti-sociais fazem parte de nós. Aquele meu pensamento entre aspas foi preconceituoso.
Será o relativismo o fim da perfeição da imperfeição do mundo em que vivemos? Ou o objectivo será caminharmos para o fim da crítica, o fim das diferenças, o fim da afirmação das diferenças... até todos sermos simpáticos, condescendentes e compassivos uns com os outros?

Ou isto tudo não passa de um conjunto de falsas questões?

quinta-feira, agosto 25, 2005

Eu sei bem qual deles sou...


...ou quero ser... somos parecidos, mas não iguais... e quero que sejas sempre maior e melhor que eu.

Editem o meu perfil

Vamos abrir o ficheiro. Desde Maio a minha vida deu uma volta jeitosa... as coisas que eu pensava que cá andavam dentro... Hoje em dia, e passou um dia para mim desde Maio, acho que o que cá anda dentro, anda enquanto anda, porque simplesmente tem que andar cá qualquer coisa. O que ficar mais de dois dias é para guardar. E deixar devorar.

O paraíso - pesquisa


Fiz uma pesquisa. Sem qualquer validade, mas também não há-de fugir muito à realidade. No geral quando as pessoas pensam em paraíso pensam em mar, nas cores azul ou verde e em mulheres bastante roliças. Acima de tudo conceptualizam a coisa, em termos de imagem, sempre com muita luz... sempre de dia!
O meu conceito de paraíso, os sítios onde me imagino quando penso nele... nunca estão associados a nada disso.

É para onde?


... tantos degraus vazios...

TPM 5 e a melga incapaz de se decidir

Tou a ver uma melga. Eu acho que se ela soubesse que estou com TPM não andava perto de mim... Eu não a percebo, à bocado tentei tocar-lhe e ela fugiu... mas de vez em quando, apanho-a a olhar para mim com aqueles olhos de quem quer sei lá o quê...

TPM 4

Sinceramente, gostava muito que as pessoas fossem mudas. TODAS. Ou, para não incomodar ninguém, eu seria surda... e ouvia música por osmose...

TPM 3

O meu sonho, para a noite de hoje, era morrer de overdose de TPM.

TPM 2 - mete uma rolha, Diana...

Tou farta de pseudo-sensiveiszinhos... fartinha...

TPM 1

Tou bêbeda de TPM, hoje sai tudo o que não devia sair desta boca. Só não sai porque não perguntam. Tenho vontade de me fechar em casa e não ver ninguém. Bem, só falta mesmo não deixar a minha família entrar.

A vontade de criar um mundo fá-lo existir?

quarta-feira, agosto 24, 2005

Diana spam

Já me apanhei, num momento de introspecção inconsciente, a ser uma pessoa spam.

Apaguei 44 palavras que tinha depois desta frase, porque eram demasiado verdade. Já há muito para julgar e juízes que sobrem no canto da minha vida... (vómito)

1-0

(imaginem aqui uma conversa qualquer daquelas em que alguém tenta desesperadamente enervar alguém, por a não conseguir entender - sublinho, por isso)

- "Será que não há ninguém que te irrite, ninguém que te importe, ninguém que mexa contigo...?!"
- "Há. Mas não tu."

Aprenda sozinho: Gerir o auto-focus para conseguir dormir

Incomoda-me a etiqueta da t-shirt.
Dói-me estar de barriga para baixo.
Irrita-me a temperatura do meu corpo.
Detesto a forma como os nós dos meus dedos afundam no colchão.
A almofada e o meu pescoço não se entendem.

1,
2,
3,
4,
5,
salta...
lá foi ela...

Adeus, génio!

Queria deixar cair a vulnerabilidade ao sono e sentir-me a dormir enquanto acordada. Certamente que cumpriria melhor o relatório.

Vergonha das rugas

Este post é dedicado a todos os que já tiveram surtos de desabafo com caneta e papel associados, daqueles incontroláveis e que não aguentaram a pressão de, algum tempo depois, encarar o que escreveram.
Acho que são essas pessoas que, um dia vão ter...

segunda-feira, agosto 22, 2005

Nada de novo

Arrepiei-me quando pensei que, no tempo em que formos pais* e fizermos exactamente aquilo que sempre jurámos a nós próprios nunca fazer (ser como eles), vamos dizer coisas deste tipo:
"Eu ainda me lembro de quando não havia telemóveis..."

Digam lá "cada um fala por si", vá...


* Tios, padrinhos ou outra coisa qualquer que nos dê "autoridade" sobre uma geração mais nova.

Verdade patética

Tenho uma frase escrita no hangar dos meus sonhos. Onde a tinta se confunde com madeira, só eu sei ler.

1+1 motivos para ainda andar por aqui

1. Acredito naquela máxima que afirma que aquilo que queremos dizer já foi dito ou escrito melhor e antes que nós*;

2. Acredito que ainda há pensamentos originais e que ninguém desenha como eu.



* acabei de torturar a máxima. Não será bem assim que o povo diz. Olha. Paciência aos perfeccionistas :)

O direito a não ser gato

Às vezes passa-me pela cabeça que gostava de não ter só autoridade sobre o meu corpo. Falta-me a capacidade para a exercer (obrigada, D.G.!), falta-me o poder de gerir o meu espaço. Poder mudar ou manter, sem esforço. Por direito.
A maior parte das vezes, logo a seguir, penso: "O lugar visível da minha estranha idiossincrasia é (quase) irremediavelmente limitado - que direitos não tenho por ser assim?"

domingo, agosto 21, 2005

Ar

-"Ora vamos a tirar as mãozinhas... vá..."
- "Ai mas eu sou ela!"
- "És o quê? Não me cheira!"
- "Caramba, eu é que sou a ela!"
- "Pois és és. Andor... tu não existes!"
- "Mas mas mas..."
- "Esse mas coloca-se neste diálogo na mesma proporção em que tu existes"
- "Porra, eu não existo?!"
- "Não, olha à tua volta e vê"
- "Eu não existo"
- "Deixa lá... vá... anda cá, encosta aqui... Porra, achas?! Chega para lá, eu não abraço ar!"

Uma força que brilha

A inevitabilidade das coisas que não devem acontecer.

sábado, agosto 20, 2005

Só me falta mais um desejo

Queria dormir e que o amanhã fosse sempre amanhã...

"The music of the night"

Nighttime sharpens, heightens each sensation
Darkness stirs and wakes imagination
Silently the senses abandon their defenses

Slowly, gently, night unfurls its splendor
Grasp it, sense it, tremulous and tender
Turn your face away form the garish light of day
Turn your thoughts away from cold unfeeling light
And listen to the music of the night

Close your eyes
And surrender to your darkest dreams
Purge your thoughts of the life you knew before
Close your eyes let your sprit start to soar
And you'll live as you've never lived before

Softly, deftly, music shall caress you
Hear it, feel it, secretly possess you
Open up your mind, let your fantasies unwind
In this Darkness that you know you cannot fight,
The Darkness of the Music of the Night!

Let your mind
Start to journey through a strange new world
Leave all thoughts of the life you knew before
Let your soul take you where you long to be
Only then can you belong to me

Floating, falling, sweet intoxication
Touch me, trust me, savor each sensation
Let the dream begin, let your darker side give in
To the power of the music that I write
The Power of the Music of the Night

You alone can make my song take flight
Help me make the music of the night



Escolho o fantasma... como se pudesse escolher outro mundo pra viver...

Duas frases caídas do chão

Eu estou cada vez mais a fugir de ti e vejo-te cada vez mais longe de mim, o que me torna ainda mais insensível relativamente ao fim das coisas. Qualquer dia já só dói por doer.

Não quero

Não suporto a tua maneira de ver as coisas. Tu apenas queres vê-las assim. E és provavelmente mais apto nesta sociedade do que eu. E, olha, podes fazer com isso tudo o que puderes e quiseres.
E eu apenas quero ver-te a querer ver a totalidade das coisas da forma que eu não vejo. Para que nada mais sobre de comum entre eu e tu. Que sobre a utilidade daquilo que ficamos a sentir cá dentro, quando vemos alguém que não pertence a nada do que somos seguir um outro rasgo de caminho.
Porque não admito que voltes a mexer no Desenho.

A Tristeza

... e expirar?

terça-feira, agosto 16, 2005

Canas, Laceiras... e a festa blá blá blá

Como é possível ela cantar tão bem? Tira-me aí uma foto com a Patrícia. As luzes já estão a baixar... Peróneo partido? Ó Vlad, tou cheia de sede, vai buscar água, anda lá! Patrícia? Ainda estás acordada? Será que podemos jogar cartas aqui? Vamos falar para além? Já viste aquela miudita ali no palco a dançar? Que fofos, tantos! Adorava estar grávida. Molhaste-me o saco cama todo, és maluco? O Gonçalo já está a dormir? Vlad, podias era fechar a janela, já agora. A Adriana está no hospital??? Em Viseu? Amanhã temos de ir cedo, o meu irmão esqueceu-se da chave do museu no carro. Não há problema. Vlad, come a tosta mista, tás magrito. Ela caiu a fazer moche com a Patrícia. Sabes bem que o pessoal quando está com os copos diz o que não quer dizer. A massa está boa. Tem tudo a ver com o tempero. Vou desligar o telemóvel. É melhor. Porra, isto até tem 2 palcos... Vá, ponham-se aí, pra tirar uma foto com a miúda. Mete os óculos, toma. Riam-se! Aquela ali foi o primeiro amor do meu irmão. Ainda nem comecei a jantar e já estou com os copos. Posso mandar-te mensagens bêbeda?

sábado, agosto 13, 2005

NIN

Apetece-me desenhar este blog além da primeira pessoa...

O que fica entre o que acaba e o que começa?


"Destiny
Infinity
Eternity




... And it's hard to hold a candle
In the cold November rain"









(Parabéns - mais uma bela pedra que não diz nada...)

Sombra

"CHRISTINE
. . . why this torment?

PHANTOM
. . . the final threshold . . .

RAOUL
Don’t throw your life away for my sake . . .

CHRISTINE
When will you see reason . . .?"

Mas...

terça-feira, agosto 09, 2005

Um desejo (não é como outro qualquer, não)

Queria tremer e, tremendo, mudar para um outro desenho.

domingo, agosto 07, 2005

"Gostaria que isto tivesse funcionado"

Férias - "Merdas"

"Gosto do ar com que as senhoras mais velhas olham para mim.

As pessoas que me fazem sentir normal, normalmente assustam-me.

Uma TV, uma mesa de ping-pong, uma máquina de Puzzle Bubble e uma mesa de bilhar ou snooker ou lá o que é, não torna o mundo divertido. A menos que estejamos a falar do meu irmão mais velho e apenas à TV.

Não fazer nada pode, efectivamente, fazer parar o tempo.

Se as crianças não fossem fofas (com tudo o que tem implícito), ninguém gostava delas. Eu gostaria ainda mais.

Sou tão trombuda que nem a animadora do hotel fala comigo.

Os pais fazem muito mal aos filhos.

Ter um irmão mais novo é perfeito para que toda a gente fique a saber o nosso nome e para chamar as atenções numa piscina. Principalmente se o objectivo não é esse.

Alguns homens de 35/ 40 anos têm qualquer coisa de muito bom.

A "mudança de águas" é um fenómeno que serve de desculpa para tudo o que acontece de mau com o nosso organismo. Dizem.

Não gosto das conversas que os adultos têm uns com os outros, principalmente quando mal se conhecem e quando mete o assunto 'filhos'.

Não ter nada que fazer torna-me mais observadora. Nem toda a gente lhe chama isto.

Palavra nova: 'fona'. Supostamente, é uma cinza... aquelas coisinhas fofas que andam no ar quando alguma coisa arde... :P"

Férias 5 - "Ele chegou primeiro"

"Com o ar dela, procurou um canto para 'fazer nada de especial'. Sem sequer procurar, ficou no sítio mais óbvio e, no vazio, incomodou-se a si própria. E ele chegou, em forma de menino... Partiu-se em dois. Casou o pedaço transformado de vida onde quis e fez brilhar o que era mulher num salto de arte, no qual ele se fez valer. Ao diminuir o ângulo recto, despiu-lhe a expressão, como se pudesse adivinhá-la ao longe. Roubou-lhe os movimentos. Ela fingiu."

Férias 4 - "Pedras"

Não há como encantar-me mais. Basta querer brincar, chorar-me um pouco em lamentos e ficar assim. Por mais que me doa a sobriedade, é assim que mais encanto aparece. Eu vejo e aplaudo o posicionar da dor ao lado do lamento. Vou buscar-me, perder todos os restantes sentidos nas brincadeiras, tropeçar nelas todas. Posso eu espremer-me em pedras? Quero que nenhuma fique em mim."

Férias 3 - "Um (O?) vício"

"Admiro e desprezo as pessoas. Gosto, de forma especial e quase carinhosa, de passar por elas sem me fazer notar. Por isso me assusto tanto quando fica alguma coisa minha em alguém (sempre a inveja a perseguir-me). Acho que me consigo ver um pouco em todas elas, mesmo nas que não suporto - e são muitas.

É simplesmente angustiante tantas vezes não conseguir viver a minha própria vida. Sentir que não era suposto ser assim, que não tinha de ser assim, desentender-me... por não saber como deixei que resultasse 'isto' de tudo o que lutei dentro da minha cabeça. Ainda custa. É bom não ter de me olhar nos olhos.

Como é possível estar tão longe de ser aquilo que quero e, mesmo assim, viver 'tão bem' nesta pele? Cá está o vício. Este sim. E está tudo bem."

Férias 2 - "Algarismo VS Andar para a frente"

"Passamos (não falta acento) por tanta merda na vida, em jeito de tempo e de espaço, que é impossível ninguém nos tocar. Há sempre pessoas que nos marcam, nem que seja só pela presença (e isto, em mim, não será lá muito bom sinal!). Há pessoas que nunca vou conseguir esquecer. E isto é quase uma certeza. Não as considerar poderia ser ingratidão, se as coisas funcionassem assim. Elas passaram por mim, eu passei por elas, e, soando estúpido ou não (realmente não me interessa), acho que é mesmo assim.
Mas todos os dias se nasce. Já não me interessa se o que lá vai foi bom demais, mau como tudo, se marcou para a vida- qualquer que seja o sentido em que a marca se move a partir do zero.

Não esqueço o quanto me ajudaste, o tanto que me fizeste crescer, as noites em que a minha cabeça não pensava (por ti)... não esqueço mesmo... não consigo esquecer o que aprendi, se "tudo isso" é um mundo... que ambos vimos... que vemos... não sei... se o que aprendi pode também ser dito no plural. Mas... faz sentido viver o que há para viver agora e deixar o que aconteceu fazer parte de nós... cá dentro. E o que cá fica não é o algarismo, onde se lê o malabarismo que fizemos, traduzido em anos. Não.
Não te posso largar, não te posso viver. Vou-me largar um bocadinho a mim, que é onde posso mexer."

Férias 1 - "Não estragues"

"E então ela pediu-lhe que ele lhe falasse um pouco mais sobre aquilo. Ele preferiu ouvi-la primeiro. Ouviu e depois contou-lhe tudo o que não era resto para ele. No fim do tempo, o nada deles acabou e decidiram interiormente aceitar que nunca mais se veriam. Reconsideraram em palavras. Não importa. Pode acontecer outra vez, seja qual for o dia."