terça-feira, agosto 29, 2006

9 (catárticos) Motivos

Chateei-me, porque num momento de nervos-à-flor-da-pele, ele me disse que eu gostava era de ser apaparicada por gajos.
Chateei-me, porque ele me disse coisas que são... muito verdadeiras.
Chateei-me, porque, no fundo, era a forma mais fácil de me livrar dele.
Chateei-me, porque ele se acha muito e estava a precisar de levar para trás.
Chateei-me para tentar fazer esquecer muita coisa mal feita.
Chateei-me para me afastar do que não consegui resolver dignamente.
Chateei-me, porque ele era um chato do caraças.
Chateei-me, porque ele achava que tinha poder sobre mim.

Chateei-me porque fui ferida na asa.

domingo, agosto 27, 2006

Nas palavras dos outros

Hoje não tenho uma música, a marcar o meu dia, com palavras de outros. Tenho uma descrição-carícia do que pode ser ter uma música favorita. Sim, parece-me que a malvada internet também pode dar-nos algum prazer, além da pornografia. Vamos abrir os olhos mais vezes.

Hoje ouvi a minha música favorita no rádio. Quando digo favorita digo a mais favorita de todas as favoritas de todos os mundos e universos (meus), que já acompanhou uma data de por centos dos textos todos que escrevi. Já não é de hoje e nem é (admito) nada de especial. Não faço a menor ideia da razão de ser a favorita. Não é coisa que tenha acompanhado acontecimento pertinente, não é coisa que me lembre de ter ouvido pela primeira vez e ter dito caramba que música absolutamente extraordinária (não é extraordinária, nada que se pareça), não me lembro sequer quando foi que a ouvi pela primeira vez.
Um dia não estava lá e noutro estava. Caneco. É assim que nos apaixonamos. (...)

Retido

Deprime-me mais um blog maníaco, do que um depressivo. Eu não pretendo gastar todos os meus bons momentos numa página de internet.

O luto das coisas divertidas

Estou quase triste. Descobri que a minha vida é uma seca muito especial.
Algumas coisas consideradas divertidas já não me divertem e ainda não consegui arranjar alternativa. As discotecas são uma seca, a menos que esteja com uma daquelas bebedeiras em que me dá para dançar. Só de pensar na ressaca, perco a vontade de ir para os copos. Só de pensar que no dia-a-seguir custa ainda mais lidar com a realidade, perco o ânimo para sair à noite. Só de pensar que há horas a cumprir, há limites que "não se devem ultrapassar" e há pessoas que não podem "assistir", fico sem pica.
Ou emigro (quem quer vir Moçambicar comigo?), ou torno-me totalmente caseira ou conformo-me em sair com os devidos condicionalismos.
Às vezes, penso que é esperado de mim outra coisa qualquer. Maldita ignorância e malditos 5 anos de idade mental.
Será que o momento de começar com o tricot chegou?

sábado, agosto 26, 2006

Top Resposta-Insulto

Para maximizar o meu tédio e o meu mau-humor de sábado frustrado...
Ah, dedico este post demoníaco a todos os meninos que "acham" que não fica "bem" a uma menina dizer asneiras.
Por favor, e se não for demasiado incómodo, vão todos lamber sabão.
  1. Vai lamber sabão
  2. Vai para o caralho/ caralhinho
  3. Vai-te foder
  4. Vai dar uma curva
  5. Vai ver se eu estou na esquina
  6. Vai ver se chove
  7. Vai mamar
  8. Chupa-mos
  9. Vai levar com um foeiro no cu
  10. Vai cagar
  11. Vai à merda
  12. Vai pentear macacos
  13. Desampara-me a loja
  14. Não me chateies os cornos
  15. Põe-te nas putas
  16. Vai levar no cu
  17. Fode-te
  18. Vai afiá-los
  19. Quando é que te calas?
  20. Tu metes-me nojo
  21. Estou-me bem a cagar para isso
  22. Vai dar banho ao cão
  23. Tudo o que tu dizes para mim é merda
  24. Evita-te
  25. Vai morrer longe
  26. Não me chates
  27. Cala-me essa boca nojenta
  28. Boring...
  29. Gostaria que não falasses mais comigo até ao final da noite
  30. A arder e deitados ao rio era pouco
  31. Vai badamerda
  32. Mete-o no cu
  33. Lava-me essa boca antes de falares comigo
  34. Ide foder-vos, pode ser?
  35. Vai-te lixar
  36. Chupa-me os pistons
  37. Deixa-me em paz
  38. Vai catar piolhos
  39. Vai cagar ao mato e limpar o cu à areia
  40. Ridículo
  41. Fixe para ti.

Mais?

sexta-feira, agosto 25, 2006

Futilidade/ Compulsividade

Comprei uma carteira branca há dias, que ainda não usei. Hoje comprei outra. Branca. A minha mãe diz que eu estou doente. Eu acho que apenas preciso de me meter a pagar um empréstimo mensal qualquer. Vou precisar de algum exorcismo.

Momento Feira de São Mateus 3

Graças à iguaria (finas fatias de borracha com vomitado de mousse de chocolate), conhecemos a pessoa mais anotadora do mundo.

Momento Feira de São Mateus 2

Elas até podem dizer que fui eu quem sugeriu tirar esta foto e eu compactuar com essa mentira, mas será que os sorrisos vão efectivamente enganar alguém?!

Momento Feira de São Mateus 1

Minutos antes destas duas meninas me fazerem renegar a minha amiga Rute e a "D. Silvina"... suas cobras!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Úlcera Emocional

A partir de agora vou ficar muito bem disposta. Vou esquecer todas as depressões além da minha e vou fazer uma bolinha de frustrações. Juro que a vou engolir e prometo trancá-la. Vou fingir que não sei de cor todo este vício de ser.
Pretendo desenvolver uma úlcera emocional e, psicologicamente, morrer disso. De resto, quero continuar a desfilar roupas giras e a trabalhar por conta de outrem até ao fim da minha vida física.
Glossário:
Úlcera Emocional - Doença crónica e auto-imune que resulta na perversão de todas as espécies emocionais que coabitam num dado organismo vivo. Sintomas: inaptidão e / ou incapacidade adquirida para gerir eficazmente as produções emocionais; sucessivas tomadas de decisão racionalmente justificadas, mas emocionalmente nocivas; fraca ou nenhuma estabilidade emocional; pobre/podre discernimento amoroso; fobia ao compromisso; incerteza permanente; susceptibilidade ao álcool e outras drogas; aversão ao romantismo. Sem cura conhecida.
Um agradecimento especial à Adriana, que me ajudou a definir este grande conceito, que consegue definir a minha vida emocional como a tal "chaga de difícil cicatrização". És uma gaja do caraças. És mesmo.

Dúvida

Quando é que dói mais? Quando alguém nos surpreende e espeta uma faca, ou quando somos nós a espetarmo-nos lentamente?

Podem partir-nos o coração. Dizerem que somos feios (ou que temos o cu grande). Podem desprezar-nos. Podem envergonhar-nos, ofenderem a nossa honra. Podem matar-nos.

Há-de sempre doer mais a merda que vamos fazendo a nós próprios. A felicidade de que nos privamos. O que ficou por fazer e dizer. O que perdemos. O rumo que demos à nossa vida. As escolhas. O suicídio emocional.

Pois é. A dúvida está em não saber se haverá alguém a não ter chegado à mesma conclusão que eu.

Dá para nascer outra vez e não me sair Diana, por favor?

terça-feira, agosto 22, 2006

A minha experiência como objecto de desejo feminino

Hoje recebi a seguinte mensagem no Hi5, de uma tal Sónia Antunes:

tu es senhora de uma excitante fisionamia, fresca e um tanto travessa, narizito arribitado, uns olhos castanhos cheios de vivacidade e expressao, boca deliciosa, estatura elegante, sendo que podias ser um pouco mais alta, umas certas carnes, pele um tanto morena mas suave e bonita e um cu um pouco gordo mas bem feito, o mais voluptuoso conjunto de nalgas que aos olhos do libertino pode ser apresentado. Essa beleza perturbadora de que es dona, guarda coisas que me parecem interessantes de conhecer. Aguardo pela tua resposta. Beijinhos
Não só tenho uma gaja a bater-me um couro*, como ainda me diz que tenho um cu gordo. Não haja dúvidas: a minha vida vai bem. Vai, vai.
* nada contra, foi só mesmo para reclamar.

domingo, agosto 20, 2006

Retido

Nunca se deve beber demasiado álcool, sabendo que mais tarde não se terá Coca-Cola para beber em casa.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Dúvida

Será que os homens depois dos 40 ainda apreciam "gajas boas"?
É fácil apanhar um jovem de 18 anos a dizer "Ó boa!", da mesma forma que é comum apanhar um gajo de 25 anos a mandar uma mensagem bate-couros a uma "gaja boa". Até aos 30/ 35 ainda convidam para tomar café, ainda se vêem comentários entre colegas a falar desta ou daquela "boazona". Mas... e depois? Parecem indiferentes... O que será que acontece aos homens aos 40? Ganham vergonha na cara? Começam finalmente a acharem-se menos? Acaba-se a esperança? Estão fartos? Perdem o interesse? Ou será que aprendem que caladinhos e sossegadinhos têm mais a ganhar? Será esse o charme dos mais velhos? Talvez, talvez...

Viver é aos 30

Em 20 anos estruturei o meu corpo, ultimamente e até aos 30 tenho tentado reconhecer-me e descobrir o que quero de mim e dos outros. Aos 30 é para começar a viver.
Posto isto, considero muito arriscado tomar decisões vitais antes das 3 dezenas. A título de exemplo, ideias como o casamento, operações plásticas ou tatuagens, ter filhos e entradas em reality shows estão completamente desaconselhadas. Cada um faz o que quer, mas eu acredito que, depois dos 30, as probabilidades de cometermos possíveis erros diminuem.
Tudo isto porque há qualquer coisa que me leva a relacionar qualquer uma destas 5 "ideias" com "crises de identidade". Há quem case para "ser grande", há quem aumente o peito para se sentir mais auto-confiante (e eu até consigo compreender bem isso), há quem se tatue "porque é fixe", há quem tenha filhos para poder mandar em alguém... e há quem entre em reality shows para ter a atenção que acha que merece. Há quem não faça nada disto por nenhum dos referidos motivos e ainda bem, porque eu detesto ter sempre razão (mentira).

Eu continuo a acreditar que vou chegar aos 30 e vou achar-me o máximo (já consigo enganar algumas pessoas em relação a este ponto). Aí, sim, a Diana vai ser uma gaja do caraças.

terça-feira, agosto 15, 2006

Vida de Gata

Depois de 8 noites fora de casa, é como se não me conhecesse. Mal lhe toco, afasta-se como quem diz: "A tua ausência tem um preço". Lentamente, recomeço a ganhar direitos, com o tempo que passamos juntas.
A única forma de "ter" alguma coisa, é conquistá-la em todos os momentos, a menos que queiramos começar tudo de novo, após cada ausência.
Numa separação nunca é só tempo que se perde.

Férias 2006 - As figurinhas que se fazem

Penteados Primavera/ Verão 2006

Personagem I - alguém se reconhece?

I é um gajo do caraças. Pode mudar de humor quantas vezes lhe apetecer, sem que haja uma ponta de consciência e intencionalidade nisso. Sem rancor. Sem culpa. Age naturalmente. Faz o que quer, diz o que quer, magoa quem tiver que magoar, desde que isso implique seguir o que sente. Os outros existem para que I possa realmente sentir alguma coisa.
Alguém diria que I é alguém extremamente interessante. Eu diria que I é malevolamente irresistível. O carisma perturbador que lhe escorre parte-me toda.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Férias 2006 - A noite do chafariz automático

Patrícia, esta é a prova de que no dia em que fomos ao "chafariz" ainda estávamos impecáveis no início da noitada, no Pessidónio... Claramente aquele barman quis minar-nos a noite.
Barman, se me estás a ouvir: obrigada! Ficou na memória.

Férias 2006

É muito esquisito. Já cá estou de novo... É horrivelmente deprimente voltar à realidade, voltar a esta casa de onde assumo retirar tão pouco, voltar a este blog ridículo que não me traz qualquer felicidade em si mesmo.
Nada de novo. Este post é só mais um exorcismo. Mais um lavar de saudades e marcas que ficam sempre. Faz-me tanta impressão este descontrolo de tempo que é a vida, que os dias que escorregam só me podem afastar ainda mais dos planos, dos compromissos e dos rótulos.
Cada vez mais quero estar acompanhada por quem me deixa viver. Começo a carregar as mais diversas famas, nomeadamente auto-insultos em algumas introspecções. Nada disso devia interessar. Continuo a encontrar pessoas preenchedoras de tempo. Continua a haver quem me conheça melhor em "3 dias" do que as velhas caras...
Eu ando sempre tão confusa. O mundo confunde-me tanto... As pessoas são tão estranhas e é tão difícil encontrar um lugar à sombra nesta palhaçada toda... Para mim, a vida seria uma semana de férias. Vividas intensamente. Com planos a desmoronarem-se com as parvoíces entre amigos. Aprecio demais a inconsequência para poder compactuar com a realidade. Ainda assim, sou uma cócó do caraças. Fuck me.
Deixo-vos com algumas fotos ridículas e seus comentários parolos e perfeitamente desnecessários.
Ainda estou de férias, deixem-me ser o que eu quiser.












Quero ir à Póvoa. Quero voltar a ficar cheia de "alergia do Amor". Quero voltar a ficar de pé a secar o bikini. Quero mais bolas com creme manhoso. Quero mais água de mar cheia de iodo, ou talvez apenas porca. Quero voltar a escaldar os pés. Quero voltar a ver estrelas da TV em todo o lado. Quero ouvir a Patrícia a imitar o senhor da Bolacha Americana da praia. Quero encher-me de areia. Quero arrepiar-me com palavras ao ouvido. Quero aquele cheiro a mar e a borga. Quero andar muito a pé. Quero voltar atrás à tenda porque nos esquecemos de alguma coisa. Quero andar com a Patrícia para todo o lado. Quero ouvir gritar pela Elsa, pela sexta-feira e pela azeitona. Quero acordar com música tuning. Quero que não me deixem dormir mais do que 3h por noite. Quero conhecer muitos futuros-namorados...
Quero mais férias, porra.

domingo, agosto 13, 2006

Parabéns

para a minha metade invisível.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Personagem H - alguém se reconhece?

H valoriza a verdade, desprezando quaisquer contornos que esta possa ter. H sente que não há outra forma de dizer a verdade, além do preto e do branco.
É provavelmente um Narciso vivo no séc. XXI, mas fala sempre em níveis óptimos de auto-estima.
É muito provavelmente um egoísta... mas vive na independência de uma suposta sobredotação há tempo demais para poder compreender isso. Os outros acham-no seco. Atraídos pelo seu carisma, aqueles que se aproximarem nunca deixarão de se sentir afluentes da sua altíssima vivência.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Retido

Quando duas pessoas são demasiado parecidas, qualquer diferença entre elas é decisiva.

Gosto


Gosto quando me vens cheirar a cara quando estou deitada no sofá. Gosto quando mias de mimo. Gosto quando tentas abrir todas as portas e quando vejo nos teus olhos que esperas sempre um jardim por detrás de todos os armários... Gosto quando me indicas as festas que queres que te faça. Gosto quando me fitas por 5 segundos e depois viras a cara. Gosto quando vens atrás da minha perna, quando não queres que eu vá embora. Gosto que me agradeças antes de começares a comer, ronronando e passando entre as minhas pernas. Gosto de brincar contigo no chão quando estás completamente eléctrica. Gosto do teu cheiro. Gosto de ver a tua cauda a ondular. Gosto de olhar para ti, de fora de casa, quando estás à janela. Gosto quando me deixas fazer-te festinhas na tua barriga cor-de-rosa. Gosto quando és tu que escolhes vir para a minha beira. Gosto simplesmente de olhar para ti. Gosto do que me fazes sentir e de tudo o que significas para mim.

Fazes-me feliz.

A minha experiência como azelha

Ontem fui ao dentista. Sem diagnóstico que satisfizesse as minhas mais angustiantes expectativas e porque todos sabemos o quão deprimente é ir a um sôtôr e sair de lá de mãos a abanar, foi-me solicitada a compra de um dentífrico específico para dentes sensíveis. Emocionada com o poder de compra de nova-trabalhadora e aproveitando a credibilidade(?*) associada aos produtos adquiridos em farmácias, decidi investir na saúde dos meus dentes e pedi, em troca de dinheiro:
  1. - o dentífrico para a sensibilidade dentária;
  2. - uma escova de dentes média;
  3. - um elixir para bochechar no final da escovagem e, por fim,
  4. - fio dental.
Para quem não achou nada de extraordinário no que acabei de dizer, pedia-lhes que fossem a uma loja de lingerie e solicitassem fio dentário. Talvez quem vos atenda também dê uns sorrisinhos de troça.
Isto relembrou-me a azelhice de um episódio passado...
Há uns anos atrás, eu e a minha mãe andávamos às compras. Fomos comprar um perfume de essência de pêssego à Body Shop e, em seguida, fomos comprar roupa.
Entrámos numa loja, observámos, mexemos e rapidamente escolhemos. No momento do pagamento, o cartão que a minha mãe queria usar para saldar as contas teimava em não fazer a transacção. A minha mãe, intrigadíssima, desabafou para a senhora da loja:
- Não entendo, ainda agora funcionou tão bem na Sex Shop!
* Desculpa, Pat!

terça-feira, agosto 01, 2006

Vida de gata


A negativo