domingo, outubro 30, 2005

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência no processo "missa"

Sou menina de ir à missa. Gosto do sermão, normalmente considerada a parte mais chata do processo.
Sempre mantive na minha cabeça que tenho issues com as figuras religiosas. Sempre olhei para elas com mais medo do que respeito. Não sei porquê, não tenho nenhum trauma "lembrável" com igrejas, imagens de santos, nem nada do género. Mas tenho sempre a impressão de que, a qualquer momento, elas se vão mexer. Qualquer momento em que eu vou estar a olhar.
Ontem, olhei com o espírito habitual para a imagem que escolhi ter à minha esquerda durante aproximadamente 50 minutos de processo. Olhei-a cabisbaixa. São duas imagens, do tipo manequim de montra. Jesus, vestido de roxo, com a famosa coroa de espinhos ensanguentada e, mesmo ao lado, a imagem da Nossa Senhora, vestida integralmente de preto, a chorar. Maria segura na mão um pequeno lenço branco.
À parte do sermão, tenho sempre montes de coisas para fazer na missa. Observar os outros pode ser fazer montes de coisas. Os meus alvos privilegiados são crianças, mil vezes mais interessantes que os adultos, que normalmente estão parados demais dentro nas igrejas. Pelo menos fisicamente.
O meu alvo não parou de me surpreender. Uma menina com aproximadamente 4 anos. Perfeito, pensei, há vida além do sermão. Desde trocas de colo entre mãe e tia, que se encontrava 3 pessoas à direita (o que é fantástico, porque assim tinha de incomodar essas pessoas para chegar até aos braços da tia), aos beijos na boca que dava compulsivamente à mãe, passando por frases como "ao pai eu dou mordidinhas na orelha", até à brilhante conclusão tirada no final da missa quando todos disseram o ansiado Amén: "à mãe", disse com um sorriso, espetando mais um xoxo na boca da progenitora.
Enquanto tentava decidir a minha cabeça quanto às afectuosidades que tinha observado, olhei de soslaio para os meus dois amigos manequins do lado e então vi. O lenço caía para o chão.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que se considere o centro do (seu) mundo!

sexta-feira, outubro 28, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que a sua vida dê mais voltas de 180º do que seria desejável!

Legalização das experiências com humanos e a esperança numa conspiração "doméstica" contra o resto do mundo

Enquanto aspirava o meu quarto, ocorreu-me uma ideia. Estúpida à partida, com toda a certeza, mas muito menos estúpida, se atentarmos a alguns argumentos em seu favor. Hoje apetece-me ultrapassar a linha do exagero* e arriscar o post mais idiota alguma vez desenhado.
As experiências com humanos têm tido, desde sempre, implicações éticas importantes. Não é ético fazer-se experiências com seres humanos, dizem eles e dizemos nós, que queremos um mundo bem. Suponho que o pressuposto seja de que não é justo, legítimo ou "moralmente bom" atentar contra o valor Vida, seja de que forma for, nem mesmo em prol da Ciência. Pensemos no quão horrível seria expor bébés/ crianças à solidão desde o nascimento, alimentando-as por sondas e mantendo-as privadas de qualquer contacto humano. Ou quem sabe, isolar um humano de qualquer estímulo exterior, de forma a investigar as consequências da privação sensorial no ser humano. Ou acordar propositadamente alguém durante a fase REM do sono, ou mesmo privá-lo completamente de dormir e... estudar os seus efeitos. Até que ponto, quanto tempo o ser humano aguentaria? Aliciante de se descobrir. Eu acho.
Agora pensemos nas coisas que fazemos além Ciência e que se fazem com maior facilidade do que se discute qualquer assunto com implicações éticas. Concentremo-nos em todo o mal que fazemos aos outros e, principalmente na merda que fazemos às nossas vidas. Suponho que seja melhor andar a matar pessoas à queima-roupa. Ou até fazermos as piores escolhas possíveis para o nosso próprio futuro. Não tem mal, pois não? Fomos nós que quisemos assim. Mesmo que eu sinta que ando perdida pelo mundo e pela vida, e que anda meio mundo a fazer como eu. Há muita gente que não sabe o que fazer com o valor Vida. Eu nem sei se sei... Mas vá. Pelo menos não andamos privados do sono, nem de qualquer estímulo sensorial, nem estivemos expostos à solidão desde o nascimento. Ou estivemos... e estamos?
Agora penso em todos os pensamentos que devem andar, por aí, desperdiçados... em cabos de vassoura, em panos do pó e embalagens pegajosas de Cif com aroma a limão. São os mais perigosos. Quem sabe esteja a nascer uma conspiração "doméstica".


* já sei, já sei... não é preciso mandarem bocas do tipo "Tu és sempre exagerada"

Sorria face à adversidade...

... mesmo que tantas e tantas vezes se procure e não se reconheça!

Diana, a blogger

Um dia, fiz-me blogger.
Houve sempre espaços vazios dentro de mim.
Onde sempre me encontrei vazia.
(cá estou eu, encontrei-me!)
Onde sempre larguei as pessoas de quem gosto desamparadas.
Espaços que mantenho assim.
("não sujes mais o quarto")
Um lugar em que me confundo, em que vos confundo, onde não sei mexer.
De onde saio sempre com o mesmo peso.
Houve sempre um lugar para as palavras.
(um alvo com a minha cara)
Como se fosse a única forma de não ser vista.
(e eles veêm através de mim)
Se as pedras podem traçar um caminho, tapam o vazio.
Invisível para quem não anda à procura dele.
"Só não vás para muito longe de casa, sim...?"

quinta-feira, outubro 27, 2005

Sorria face à adversidade... *

... mesmo que tenha sonhos muito estranhos!
* em formato médio, por razões que são óbvias aos mais atentos.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que continue a olhar para trás!

Tudo sobre o que sente a mulher do marido que vai para a guerra como jornalista e depois é "dado como morto"!

Prefácio por Adriana, escritora light de letras metal
Numa tentativa de desvendar os mistérios do cérebro feminino, Diana Magalhães disserta sobre a importância das figuras masculinas não perecerem na guerra quando deixam as mulheres em "casa". Acrescenta, ainda, a subliminar mensagem de que quem não é tropa, é simplesmente, carne para canhão.

Este post era suposto fazer-se por geração di-espontânea, no sentido de não ser influenciado por nenhuma força exterior. Acontece que caí no erro de ler o prefácio da Adriana antes de começar a fabricar ideias. Consequências disto: as minhas expectativas foram enviesadas e este post-por-gerar nunca será o que poderia ter sido.
A Adriana conseguiu lixar-me bem lixada, porque o post terá que:
  • ser uma tentativa para desvendar os mistérios do cérebro feminino;
  • dissertar sobre a importância das figuras masculinas;
  • enviar mensagens subliminares.

Vamos a isso.

Vamos pressupor QUEM que saber o que uma mulher pensa e sente quando o marido vai para a guerra como jornalista é um mistério. É fundamental que ele vá para a guerra, COMO JORNALISTA. Porque é a única forma de ele não morrer na certa. Portanto, um dia ele chega a casa e diz-lhe:

-"Ai ai ai mulher, que vou p'rá guerra, e agora, e agora e agora?"

O VAI que ela responde:

- "Querido, calma! Não vais propriamente como tropa, como disse a Adriana lá em cima tão bem, no seu prefácio, portanto não quer dizer que vás morrer. De qualquer forma, sabes que quando voltares, eu estarei aqui à tua espera..."

O que ela efectivamente pensou:

- " Que cagarolas. De qualquer forma, 'tás fodido e eu 'tou viúva! Nem penses que eu vou ficar aqui paradinha e quieta, à tua espera..."

Abraçam-se e ele faz as malas. Claro que se ele fosse em missão "militar" teria menos hipóteses. No filme que eu vi sobre o assunto, quem faz a guerra PARA gosta dos jornalistas, ou melhor, gosta que a guerra seja divulgada, e só os matam se eles forem muito feios e/ ou não forem com a cara deles.

Algum tempo mais tarde, ele é dado como desaparecido. De desaparecido, passou a "dado como morto".

A mulher pensou alto (porque os familiares do marido estavam por perto):

- "Valha-me Deus, o meu querido marido. Não, isto não pode estar a acontecer, A porquê eu?"

A mulher efectivamente pensou:

- "Quero ver quem é que eu agora vou ter de comer para me vir cortar a relva à borla. Não, isto não pode estar a acontecer, porquê eu?"

Num GUERRA momento de iluminação, ela pensa: "Não, ele não vai ser o coitadinho, eu vou dar a volta por cima" e decide partir para a guerra, em busca do marido jornalista "dado como morto". Eu sinto que ele não morreu, diz ela para os familiares, que a olham com admiração. Ele há-de vir cortar a merda da relva, porque eu já não tenho 20 anos e com este corpo já não engato ninguém, disse ela efectivamente para si própria.

Chega lá e vê o que não quer. Há uma data de gente que morre às custas dela. E ela sempre com aquela carinha de enjoada ai-que-nojo-que-nesta-guerra-tá-tudo-porco. Quando já ninguém a podia ouvir, ela encontra o marido. Diz ela:

- "Ó meu car... inho! Dei a volta ao mundo por ti!" - de início, não se tinha apercebido que havia gente à volta.

Realmente, ela pensou:

- "Eu aqui neste monte de esterco à procura dele, a arriscar apanhar uma constipação, e ele aqui sentadinho, imóvel, nesta cama de hospital. E ainda por cima não fala e parece que não me reconhece. Aposto que já andou a comer outras por aqui..."

Ele estava traumatizado, em choque por tudo o que havia FODIDO testemunhado, pelos cenários de destruição, pelos farrapos de sangue (obrigada, Dri) que tinha visto, pelas crianças violadas, pelo cheiro a morte que pairava no ar. Ele estava louco. Não reconhecia a mulher. Tinha vivido demais aquela guerra.

Ela pensou "isto realmente só a mim" e foi-lhe a chagar a cabeça até chegarem a casa. E agora quem é que corta a relva? Eu sei que 'tás maluquinho, mas sabes bem que do meu lado da família se sofre das costas... Nem penses que eu é que vou fazer o trabalho todo e tu vais ficar encostadinho no sofá todo o dia... O marido acabou por "acordar" do pesadelo de guerra e a verdade é que se a mulher não fosse tão chata, isso não teria sido possível. Ele não a teria reconhecido de outra forma.

Quem é que acha que isto é um final feliz?


Missão cumprida.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que tudo esteja errado na sua vida!

Sorrir face à adversidade

Empty spaces - what are we living for
Abandoned places - I guess we know the score
On and on
Does anybody know what we are looking for
Another hero another mindless crime
Behind the curtain in the pantomime
Hold the line
Does anybody want to take it anymore
The show must go on
The show must go on
Inside my heart is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on
Whatever happens I'll leave it all to chance
Another heartache another failed romance
On and on
Does anybody know what we are living for
I guess I'm learning
I must be warmer now
I'll soon be turning round the corner now
Outside the dawn is breaking
But inside in the dark I'm aching to be free
The show must go on
The show must go on - yeah
Ooh inside my heart is breaking
My make-up may be flaking
But my smile still stays on
Yeah, oh oh oh
My soul is painted like the wings of butterflies
Fairy tales of yesterday will grow but never die
I can fly - my friends
The show must go on - yeah
The show must go on
I'll face it with a grin
I'm never giving in
On with the show
I'll top the bill
I'll overkill
I have to find the will to carry on
On with the
On with the show
The show must go on, go on, go on, go on, ...

Quatro

Nós éramos tão melhores. Falta-nos o tempo, há-de sempre faltar-nos o tempo. Repetias, a toda a hora: "não te quero ver toda hoje" E eu só não te queria ver a perder todo o teu tempo hoje. Seria sempre fazer perder na segunda pessoa do plural. Como nos deixámos ficar assim? Havia outra forma de agarrar, de desenhar isto?

Dizias-me "Sabes o que fazes às pessoas, não sabes?" Não penso nisso... "Isso poderá ser entendido da pior forma" Já não penso nisso... "Tu és o acidente de sangue, olha só a multidão que te veio ver" Já não quero pensar nisso...

Agora somos isto. E é um dia-a-dia cheio de "olhar e estranhar" o que nos vemos ser. Custa ser. Custa sentir saudade do marginal. O que era simples na altura, agora está longe demais. Acordo e deito-me. E estou a ver-me de fora. A perder tempo. Resta aprender a poupá-lo, porque alguém tirou o simples marginal do sítio.

Quero conhecer-te um pouco mais amanhã, pode ser? Além do além e do mas. Deixa.

Latada...

... é chegar
... abancar
... tentar sempre

terça-feira, outubro 25, 2005

... reunir
... estar sobriamente alterado... suportar a dor
... partilhar
... descansar num ombro amigo
... cuidar de quem se gosta
... posar, mesmo famintas
... estar menos penteada que o resto do mundo ... restar o inquestionável.

Ad pacare

v. tr.,
extinguir o fogo ou a luz de;
fazer desaparecer o que escreveu;
fig.,
desfazer;
desvanecer;
aquietar;
abater;
humilhar;
v. refl.,
extinguir-se;
acabar.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que não consiga evitar destruir tudo à sua volta!

segunda-feira, outubro 24, 2005

Momentos de Catarse e Exorcismo: A minha experiência com os posts dos outros

Antes de mais, alguns pressupostos que aparentemente não têm nada a ver com o seguinte texto (para que depois me possa defender de eventuais comentários):
  • Considero-me feminista no sentido que vem descrito no dicionário (aquele que eu consultei), não no sentido comummente aceite. Para mim, afirmar sê-lo é uma experiência parecida com a que imagino que seja a de ter vergonha de se ser o preferidinho do professor de quem ninguém gosta.
  • Sou "médio" contra tipificações de pessoas. Mas que dão jeito, dão.
  • A quantidade de blogs que conheço envergonhar-me-á, depois do que vou escrever.

Ultimamente, tenho tido várias e pequenas conversas comigo mesma sobre os posts dos outros. Estou bloggamente burra. É como se, no bom sentido, tivesse perdido a paciência para o clima da Blogosfera e tivesse começado, efectivamente, a pensar que tudo o que aqui é escrito tem algum objectivo ou pretensão subjacentes. Muitos poderão dizer mentalmente, desde já: "o problema é teu e, já agora, a tua desocupação mete dó".

O problema é que consegui encontrar um padrão de escrita, para os homens e para as mulheres. Nem que isto, realmente, só se passe na minha cabeça.

As mulheres, a Blogosfera e o strip "Olha-me, sem que eu tenha de to explicar"

  • Despem-se além do desejavelmente despível;
  • Despem até roupa que não têm;
  • Defesa: "linguagens" confusas - o mostrar-me implicitamente;
  • Variantes: depressiva, destrutiva, romântico-confusa, mórbido-suicida, ou outros tipos dentro do largo rótulo que é ser-se "pseudo-complicada";
  • A maioria aprecia as palmas e a ideia de que possam olhar para ela de uma forma diferente, pelas coisas que escreve (nem queiram saber a minha opinião acerca disto).

Os tipos de homens e a Blogosfera

  • O que escreve em conjunto com os amigos, sobre os "flagrantes da vida real" e sempre em tom cómico ou, no mínimo, irónico, sem nunca cair no "demasiado pessoal" - porque raio haveria um gajo de despir-se, principalmente na Internet?!;
  • O que escreve, sozinho e por prazer, sobre experiências/ pensamentos vincadamente pessoais - é bonito e saudável escrever sobre o que se sente;
  • O que escreve porque não tem mais nada que fazer/ não quer fazer o que há para fazer - Porque não?.

______________________________

Os tipos confundem-se, misturam-se e/ ou coexistem. Talvez até além do género do blogger. Mas acho que há, claramente, um fosso entre os que escrevem ironicamente sobre o-que-por-aí se-vai-passando, os que não se conseguem descentrar e os que não se descentram nem quando falam dos posts dos outros.

Há quem leve a Blogosfera a sério... "pode acontecer". À parte isso, qualquer um pode dizer: "Este blog é meu, eu escrevo o que eu quiser, sem exigências!". E, claro, todos os Egos estarão a salvo.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Que tal um genocídio?

Tenho reparado que, ultimamente, o Desenho tem estado muito parado. Se, antigamente, havia queixas acerca da minha frequência obsessiva na Blogosfera, críticas ao facto de manter o meu blog actualizado, entre outras acusações caprichosas... hoje em dia, isso acabou.
A verdade é que não é só o Desenho que está mal. Já não há diversão, as pessoas já nem vontade de falar mal dos blogs dos outros têm. As pessoas pedem conselhos sobre o que escrever. A Blogosfera é, claramente, um frete.

Acho que não vou precisar de muitas mais palavras.
Blogosfera. Genocídio. Sim?

segunda-feira, outubro 17, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que esteja a dar as últimas!

Em vez de "qualquer coisa que não dá para explicar",

... uma imagem.

sábado, outubro 15, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o seu trabalho implique que faça figuras ridículas!

Diana Pé-de-Cabra

Ainda numa onda "sombria e depressiva" (engraçado, que acabei por gostar da expressão), certa noite, pus-me a pensar em mim, à luz de um conto de Alexandre Herculano.

Gosto de pensar que as pessoas são genuinamente boas* - vá, chamem-me de moralista ou ingénua. Porém - e não trago novidades -, considero que todos nós temos um "Pé-de-Cabra". Aprecio a metáfora e ainda mais a imagem irreal sugerida. "A Dama Pé-de-Cabra" é uma história muito bonita, a meu gosto. Os interessados que a procurem, a Internet está aí.

O propósito desta referência prende-se com o facto de eu achar que, ao contrário da bela Dama, eu faço questão de exibir o meu Pé-de-Cabra. A provar isto está este blog.

O meu Pé-de-Cabra suscita várias reacções, cujas consequências irei ignorar, por ora:

  • uns sentem-se enganados e/ ou traídos - "esta não é definitivamente a Diana que eu conheço/ conheci";
  • uns assustam-se - "isto não pode trazer nada de bom";
  • uns fingem-se de mortos - "conheço-a bem, daí ignorá-la" ou só "ignorá-la, porque sim";
  • uns sentem-se atraídos pelo estranho da coisa até ao desinteresse;
  • uns preferem ver um pé e uma perna;
  • outros simplesmente gostam.

Não consigo defini-lo bem, mas sei que o desenho de várias formas.



* Isto para mim pressupõe que, num dilema do dia-a-dia, as pessoas saibam o que é bom ou bem, independentemente de agirem em consonância com isso, ou não. Acho que é fácil demais fazermos o que não queremos, ou o que sabemos que está errado. Este assunto já fez suscitar muita lambada entre mim e a Adriana e, no fundo, foi só para dizer isto que toquei neste assunto :D

quinta-feira, outubro 13, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que não tenha um blog "fixe" e comercial como tantos outros!

Porque o Desenho também é cultural e porque da fama de blog "sombrio e depressivo" já não se livra...

"Facto": Os diabos eram originalmente anjos. Liderados por Satã, rebelaram-se contra Deus; foram vencidos e precipitados nos infernos. Têm poderes como os anjos, mas esses poderes são limitados e incompletos. A sua aparência é, por norma, repulsiva. Apresentam aspectos simultaneamente antropomórficos e zoomórficos e a sua imagem aparece associada ao bode, ao sátiro, ao centauro e à sereia. Embora possam apresentar aspectos ilusoriamente benignos para disfarçar as suas intenções malévolas, dado que os seus poderes não são completos, mostram sempre um indício da sua personalidade, um atributo ou uma deficiência reveladora. Os demónios aparecem relacionados com a exacerbação dos instintos e com os pecados mortais. Os entendidos calculam que existem 7 405 926 diabos. Na hierarquia dos Infernos, o primeiro lugar pertence a Belzebu, seguido por Satã, chefe da rebelião original e destronado pelo actual nº 1.

Não-Facto: Já pensaram que nós podemos ser os anjos rebeldes que se revoltaram contra Deus e foram excomungados para os Infernos (Terra)? As pessoas iludem as outras, escondem o seu lado "mau" e acabam por se revelar, mais cedo ou mais tarde... Temos aparências muitas vezes repulsivas, nomeadamente, ao acordar... Somos peritos em pecar e quantas vezes não agimos mal-intencionados...?

Tenho especial carinho por Belial, o dito demónio da dissolução e do vício.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que os maus pensamentos o dominem!

terça-feira, outubro 11, 2005

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência como catástrofe natural

Parece estúpido, logo à partida. E pronto.
A minha experiência como catástrofe natural começou num dia chuvoso de Dezembro. Eu e umas amigas resolvemos ir a uma bruxa daquelas que costumam abancar em centros comerciais, a dar consultas por 5 € /tema.
Ainda me lembro do tema que eu pedi, da pessoa que entrou comigo na mini-tenda da bruxa (nunca saberemos se tudo começou aí, já pensaste nisso?), do método de "futurologia" utilizado e até do nome da mulherzinha que ficou com os nossos 10 € . Guardei pormenores. Os rapazes que gozaram connosco e depois acabaram por aparecer lá, para o mesmo fim. A rapidez com que nos pediram o dinheiro. A tristeza de quem ouviu o que não queria. O escuro que estava quando tudo acabou.
Acima de tudo - e é aqui que se encontra o propósito deste post - lembro-me do que a bruxa me disse, mal meti a mão na porta dobrável... "Tu eres un terramoto" - isto, claro, na língua dela.

Para os mais curiosos, ela acabou por adivinhar. Ou terei sido eu a acertar na futurologia dela?

Associações Livres

Ficar na cama. Comer, água ou roupa ou gata. Nenhum. Come só mais um pouco de tempo. E chove? Vou ter de vestir-me. Tenho a fome lá em cima à minha espera. Tiago, despacha-te. Bem que podia ter acordado mais tarde. Vai abrir o portão. Deixava-te passar, não? Este gajo não tem piada nenhuma, mesmo. Não te esqueças destas coisas. Já não vou passar por lá, hei-de entreter-me com qualquer coisa. Mas não te esqueças dessas coisas. A cidade toda. Será que ela já lá está ou ainda a apanho antes de entrar? Caminhar. Andar, sem me cansar. Olhar, ver tudo no café. Está queimado. E há fumo, mesmo ao lado desta chávena. Aquele par de namorados já cá estava da outra vez. Saltos agulha numa mulher-miúda-menina com base. No meu liceu, sendo o meu o meu tempo, não se ligava tanto a estas coisas. Acho que já ouvi alguém dizer-me isto a mim. Há gente muito interessante. Apelam tanto por fora que não vou querer conhecê-los mais. São tão maus actores. E aquela? E aquela? Ai, aquela é horrível. Não sei para onde vou, vou por aí. A Patrícia está mesmo ali, tão perto. Ainda falta, tens de esperar. Há muito que ver, muita coisa boa. Pouca possibilidade, muita escolha. Estes riméis são bons? Ela ia dizer-me que não, queres ver... Preciso de ver quem entra e por quem posso ser vista. Vou lá a casa, é só andar mais um bocadito. No embora, chove. Vou almoçar. Vamos ali. 3,5 e fósforos. Ele também serviu outras meninas. Vou por ali. Vou ler. Vou para o lado da realidade que não o é, mas que ajuda a aguentá-la. Tirei apontamentos para o Desenho, mas não sei como usá-los. Diabos, Diabas, Diana, Ártemis, ciosa, assassina. Eles são só pessoas mal compreendidas. Obrigada pelo chapéu, vó. Tenho de voltar sexta. Talvez mais tarde.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que seja alvo de comentários castradores acerca de certas partes do seu corpo!

O que a Blogger pensa sobre a pertinência da última tendência dos comentários aos seus posts

Se escrevesse para agarrar todos os que frequentam o Desenho, tinha falhado redondamente. Isto, claro, se se valorizasse a intencionalidade do que escrevo nesse sentido preciso. O que acontece na prática é que a Diana lá vai desenhando quando convém à imaginação, e sem obedecer a qualquer critério, nomeadamente, sem ousar fidelizar outros bloggers, anónimos ou outros. Penso que o Desenho não poderá ser chamado justamente de "blog pretensioso" por isto - para as más intenções e efeitos perversos desejados através do Desenho, há que olhar de uma outra forma o que aqui é escrito (isto soou muito a conversa de blogger pretensiosa...).
O erro do Desenho (que rejeito como meu, pelo referido anteriormente :P) é prender os seus comentadores, no sentido de tudo o que não é postado. A tendência mais recente dos seus comentários é a colocação da sua ênfase nas imperfeições da blogger (refiro-me, a título de exemplo, ao desenvolvimento de certas partes do seu corpo ou à crítica exagerada à cidade onde tirou o seu curso), e não no que realmente são as temáticas dos posts.
O que é que eu penso sobre isso? Acho que ninguém está interessado no que eu penso, daí eu pensar que posso continuar a pensar sobre tudo o que é dianamente pensável, sem receio de que os meus pensamentos escritos sejam censurados por alguém que efectivamente se digne a pensar sobre o que eu penso.
Temo pelos próximos dias e, obviamente, pelos comentários... na certeza de que continuarei a escrever para o mesmo efeito-não-perguntem-qual-ele-é.

O drama é só para apimentar um bocado o post - no fundo, é a razão da sua existência. Passem à frente, vá... ou então, insultem-se ironicamente, apostem partes íntimas dos vossos corpos (como eu percebo essa!!!) ou lembrem-me acerca do tamanho "daquilo". Façam como se estivessem em vossa casa... :)

Repensando a Auto-Destruição...

Esta manhã, pus-me a pensar sobre isto de se ser auto-destrutivo. Levando o conceito com alguma seriedade, ocorreu-me que poderá ser algo com muito que se lhe diga. É nestas alturas que tenho pena de ser uma pessoa de poucas palavras. Pois sim. Sem nada de mais importante para fazer, ou mesmo por falta total de alternativas de acção, passou-me ainda pela cabeça a ideia de que o Desenho poderia, inclusivamente, fazer mais sentido se acompanhasse as tendências decorrentes da internacionalização. Talvez devesse repensar a sua designação. Quem sabe, ignorar parcialmente as raízes e lançar-me no escuro de outros mundos, adaptando o seu nome para "Um Desenho Perfeito de Self-Destruction". Oh!... quem sabe não.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Miss Playboy 2005 - mais uma futura psicóloga para o nosso Portugal

Há uma nova onda de modelos, actrizes, cantoras e até misses Playboy que sonham com a Psicologia.
Para a nova miss Playboy, a Psicologia deve ser encarada como uma "amizade". Segundo ela, uma psicóloga "tem de ser boa pessoa para ajudar os outros", achando que "muitas pessoas precisam mais de um amigo do que de psiquiatras e comprimidos". Liliana Queiroz, a visada, diz que a Psicologia Criminal é a área que mais a seduz, porque "tem tudo a ver comigo. Adoro saber o porquê das coisas".
Termino assim, pensando ser melhor deixar nas vossas mãos qualquer juízo sobre o referido. Se alguém estiver interessado na minha opinião, ela está cá, puxem por mim.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o mundo não reconheça o seu valor!

A minha inutilidade

Estive a pensar na minha vida, no que actualmente ela representa e no meu papel na sociedade. Tendo em conta que os meus contactos com essa tal de sociedade neste momento são mínimos, restrinjo a minha análise à minha família. O resto-não-resto que me desculpe, se quiser.
Nunca me senti tão inútil e dispensável, em 22 anos.
Reprimi a minha infância, como a maioria das pessoas - e ainda bem. Dessa altura, a minha família nunca se queixou muito. Era magrinha e comia pouco, ao que parece. Depois, chega a altura de ir para a escola. Mesmo que os meus pais já aí não gostassem muito de mim, era obrigação deles porem-me a estudar, até porque não havia fábricas por perto a aceitarem crianças para trabalhar. E agora vocês podem dizer: "Ah, mas a escolaridade só é obrigatória até ao 9º ano, e tu estudaste até à licenciatura!". Eu primeiro diria: "Calma!", e depois "Meus caros, isso aconteceu por mero hábito". De facto, penso que os meus pais apenas não quiseram ser diferentes dos demais e mantiveram-me a estudar até ao secundário. Quando surgiu o ensino superior, não me lembro de eles insistirem muito para que ficasse a estudar em Viseu. Suponho que agarraram bem a oportunidade de me terem a 86 kms de distância. Portanto, estudei até ao secundário por comodismo, e licenciei-me como objecto familiar de investimento.
Posto isto, acabado o meu percurso escolar básico, dou conta dos dias passar sem quaisquer obrigações. Acabo por me sentir mal por ver um copo por lavar na banca da cozinha, como se isso fosse a única hipótese de mostrar aos elementos envolventes que sirvo para alguma coisa. Meus amigos, vou ter de fazer qualquer coisa em resposta à minha progressiva inutilidade. Depois de muito pensar, tenciono demarcar-me do meus 2 irmãos, do meu pai, da Mondego e, principalmente, da minha rival mais temida, a mãe Luísa, no que toca à lavagem do copo-solitário-por-lavar. Hei-de ser a melhor, fazer disso uma arte a roçar a perfeição, de modo a tornar-me insubstituível nesta casa. E aí, não haverá falta de rotina ou perda de lucro a médio/ longo prazo, por investimento, que me derrube e tire desta casa.
A vida é assim. Não me sentiria traída, se a minha família chegasse ao pé de mim e me dissesse, em coro: "Diana, tu sabes que nós os quatro gostamos de ti, até porque és da família, mas começa a ser puxadito ter-te cá em casa... até a Mongas é mais útil.". Eu diria: "Só posso compreender. Obrigada por tudo, deixem-me só arrumar as minhas coisas e prosseguirei a minha vida além Campo."

Sorria face à adversidade...

... mesmo que os outros não percebam que você só quer resolver as coisas a falar!

domingo, outubro 09, 2005

Quantidade de atributos numa mulher VS Justiça

Prefácio de Adriana Oliveira - perdão, Dra. Adriana Oliveira!

Seguindo uma linha de pensamento segundo a qual beleza e inteligência não são atributos que se querem ver compilados numa só mulher, Diana Magalhães expõe o dilema com que ela e as suas amigas mais próximas se confrontam diariamente.
Ou então expõe a necessidade inconcretizável observada nos homens de se sentirem superiores às mulheres.
Prefácio de Patrícia Seara( especialista em pomadas)

"Se uma mulher for bonita e inteligente, o gajo põe-se a andar", serão os homens o sexo fraco ou uma desculpa para não ter/querer ninguém...
Nunca me debrucei seriamente sobre o assunto e, claramente, ainda não vai ser hoje, mas é uma temática que apesar de tudo me incomoda.
Arrisco dizer que, invariavelmente, qualquer mulher se interessa por outras mulheres. Existem, inclusivamente, aquelas teorias que postulam que as mulheres (tidas, para obtenção deste efeito, como heterossexuais) olham mais para as suas congéneres, do que para o sexo oposto.
Tenho, por isso, as minhas dúvidas de que uma mulher se mantenha indiferente quando se depara com uma "colega de género" que além de bonita e fisicamente elegante, ainda é inteligente. No meu caso particular, incomoda-me ainda mais se, para além disso tudo, ela souber cantar.
Nestes casos, e independentemente da posição sentida no continuum imaginário da inveja, ocorre-me direccionar a ordem de trabalhos nos seguintes sentidos:
  • O que é legítimo restar, em tom de sentimento, dentro de uma mulher que observa uma outra, perfeita por dentro e por fora, quando a própria não corresponde às (auto-)expectativas?
  • O que pode restar, em tom de (anti-)sentimento, dentro do homem que "deixa" uma mulher fisicamente atraente por esta ser inteligente?
  • E em que medida é que o homem faz tal coisa de forma consciente?

A minha opinião virá a seu tempo, depois de lançada a confusão. Assim espero.

O Desenho em depressão

Voltaremos a desenhar, assim que a má onda que hoje anda no ar passe.

sábado, outubro 08, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que não simpatize com as suas próprias trombas!

Quanto custa existir activamente na Blogosfera?

Estou, momentaneamente, fechada para balanço... no que diz respeito à minha participação na Blogosfera. Tenciono ignorar a vandalização feita ao Desenho, no mesmo sentido em que pretendo auto-exorcizar-me do que tenho visto por este pequeno universo fora.

Os resultados desta introspecção-à-falta-de-melhor não vão sair cá para fora, por puro capricho... de qualquer forma, fiquem com a principal ideia concebida à priori do balanço pretendido:

  • é incrível como um blog pode "revelar" pessoas que já conhecíamos, oferecendo-nos um lugar privilegiado de observação de egos.

Começo a sentir o peso de ter um blog. Cada vez que não estou ao computador e penso "tenho de me lembrar de qualquer coisa para pôr no blog", provo um pouco da mediocridade da minha vida. Penso que, daqui a alguns anos, proclamar-se-á a emergência de uma nova pré-especialidade do meu curso. Nessa altura, espero já me ter assumido como doente, como animal associal, e, nessa condição, já não me sentir mal com auto-apreciações sobre a qualidade da minha vida. É que os anti-corpos para este mal não aparecem de um dia para o outro.

O Balanço vai durar, possivelmente, o tempo que resta a esta noite.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que viva insatisfeito/ a com os seus buracos naturais!

sexta-feira, outubro 07, 2005

Meninas, eu sei que tinham saudades!!!

Tenho os pés que parecem lâminas!!! Sim, lâminas!!! Lâminas mergulhadas em álcool!!!


Nota 1: Terei de fazer uma ressalva, porque cada vez mais reconheço que os meus conhecimentos masculinos também se aventuram por saltos altos... no mínimo. Gostaria de ter escrito isto de forma mais directa, ou seja, com os nomes dos "lesados", mas pronto.

Nota 2: Isto não faz qualquer sentido. Eu andei noites e noites a dizer isto e não fazia qualquer sentido. Era mesmo isto que eu dizia???

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência no Centro de Emprego

Aviso já que é um post sério e enfadonho. Desta vez, lembrei-me de avisar.
Hoje fui inscrever-me ao Centro de Emprego, como quem quer dar um tom sério à minha procura de trabalho, como carinhosamente lhe chamo.
O contacto que o meu estágio possibilitou com esta entidade nunca me fez ter grande "fé" nas políticas públicas de emprego, mas sempre pensei que poderia ser uma visão particular de quem (tenta) colabora(r) com o Centro de Emprego.
Por mais bem intencionado que alguém tente ser ao abordar esta questão, é complicado não ficar "um pouquinho mal impressionado" com o sistema utilizado. É inacreditável que haja uma única pessoa a fazer a triagem das pessoas... Estimando que passem mais de 200 pessoas por ali por dia, acho impensável que assim seja.
Enquanto aguardava, obviamente que passei o ambiente "a pente fino". Reparei que o Securita, na minha opinião, é um caso feliz de "a pessoa certa no lugar certo". Assertivo, educado e, pareceu-me, eficiente. Reparei que passa ali todo o tipo de gente, o que talvez já fosse de esperar - tem-se outra dimensão do referido quando se lá está. Reparei que o Centro de Emprego da minha cidade não segue a estética da entidade. Admiti, para mim, que os três funcionários com quem contactei, foram simpáticos e prestáveis. Um deles brincou com o meu nome. Outro desvalorizou o meu curso, para o valorizar de seguida, quando lhe disse qual era a minha pré-especialização. Disse que contava comigo para mudar "este país". Trataram-me todos por "Senhora Diana". Imaginei como será estar ali no Inverno, reparei no tapete gasto da entrada. Pensei que espero nunca decorar que a porta do edifício abre para dentro, para quem sai, e para fora, para quem entra. Ri interiormente, ao observar as pessoas que batiam com a cara na porta ao sair, por não saberem que a porta abre para dentro.
O tempo de espera permite pensar, repensar, formular mil e uma teorias sobre o próprio acto de esperar. Acho, inclusivamente, que nunca mais me vou esquecer das caras das pessoas dos números entre o 47 e o 70, a senha da minha vez. Será que as devo cumprimentar se, por acaso, as encontrar na rua?!
Lembro-me de ter pensado que gostaria muito de trabalhar ali.
Eu avisei, não quero boquinhas do tipo: "És uma seca, Diana!"...

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o/ a convençam de que não tem pinta!

Há vida às 9 a.m.!!!

Não é que seja estranho para mim estar-se "vivo" a esta hora. Ainda me lembro de como é, portanto, prefiro dizer que apenas não é habitual. Digamos que isso me faz apreciar mais esses momentos "matinais"... mais do que qualquer pessoa tomada pela responsabilidade e obrigação de "estar ali, àquela hora".
Os objectivos a esta hora são diferentes. Tomo café para estar acordada. Tenho sítios para onde ir além dos compartimentos onde a Mondego está. Olho efectivamente para a cara das pessoas e não só para o que elas "escrevem".
Não há grande coisa a dizer além disto, não vale a pena. Acordar por falta de sono é tão bom quanto sentir o que o acordar cedo implica de "não habitual".

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência no teatro

Se não me engano e apenas não quero pensar muito nisso, foi no 11º ano. Numa altura em que as aparências são tudo, eu cumpri a minha primeira experiência na arte da representação de branco, com um turbante na cabeça e umas sandálias que me traumatizaram para a vida.
Imaginem a Madre Teresa de Calcutá. Imaginem a Diana. Agora, sobreponham as duas imagens. Era eu e ela, numa luta pelo protagonismo em cima de um palco. Em três sessões de pura humilhação, cortei a veia teatral e limitei a minha vocação para o teatro aos dramas do dia-a-dia.

Nunca consegui ver a gravação em vídeo.

Foi a decisão correcta, ou então... hoje estaria nos Morangos. Pois sim.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o vazio se tenha apoderado da sua imaginação!

quarta-feira, outubro 05, 2005

O tipo de gente que frequenta o Desenho

Caríssimos, orientem-se com as estatísticas...

Indivíduos depressivos até ao nojo - 19%
Gente jovem, bela, fresca e feliz - vestígios
Anónimos lambe-botas e oportunistas - 30%
Transeuntes (passam para o outro lado da blogosfera para não cumprimentarem) - 12% (estimativa)
Indivíduos com o complexo "Super-Herói" - 5%
Indivíduos bem intencionados - 8%
Elementos perturbadores de blogs machistas e/ ou preconceituosos - 24%

Notas:
1 - Espero que as contas não estejam erradas...
2 - Não respondo a perguntas do tipo "Em que categoria é que me incluo?".
3 - Há pessoas que se repetem nas várias categorias.
4 - Considero "estimativa" um sinónimo de "papaia".
5 - Estou-me bem a cagar para as susceptibilidades feridas.

terça-feira, outubro 04, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que façam rimas ordinárias com o seu nome... não é, Rui?

segunda-feira, outubro 03, 2005

Elogio ao "Elogio do Imbecil"

"Os gregos deram assim expressão ao tabu da inteligência: não é verdade que a inteligência não tenha limites; tem-nos e não deve ultrapassá-los, sob pena de se autodestruir (...) o excesso de inteligência faz mal; há uma fronteira para além da qual a razão deixa de ser uma vantagem, para se tornar nociva. E, se vir bem, não é só o mito de Dédalo que no-lo ensina..."
Pino Aprile

CONCURSO: Sorria face à adversidade...

a) ... mesmo que viva numa cultura castradora!
b) ... mesmo que não seja a esposa favorita do seu marido!
c) mesmo que o seu marido não tenha ido nessa conversa de ser homem-bomba!

Uma estranha masculinização da T.V. (ou uma mente demasiado fechada?)

Assisto, impotente e apreensiva, à masculinização da televisão. Entendo por "masculinização" o abuso da propagação da imagem masculina, independentemente das suas variantes... Considero que, ao mesmo tempo, esta imagem tem um impacto quase que contraditório... Se em determinados programas se exalta a imagem tradicional do homem (chamam-lhe o lado "retrossexual"), noutros a imagem que se pretende veicular passa pelo contorno das características tidas como essenciais ao "macho" e, arrisco dizer, pela ridicularização das mesmas, designadamente através da absorção do comportamento feminino*.
Não me agrada particularmente esta masculinização duvidosa da t.v., através da feminização do homem. Julgo ter ainda muitos horizontes para abrir. Entretanto, vou-me divertindo com isso, como posso.


* atenção que não é a feminização que ridiculariza o homem, é o homem, qual macaco, querer trocar de galho... :P

Sorria face à adversidade...

BREVEMENTE
... mesmo que esteja longe do seu amorzinho!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que no final da noite a maquilhagem se vire contra si!

domingo, outubro 02, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que a sua senhoria fique chocada com o estado em que deixou a sua casa!

Cães e Gatos

Facto: Quem me conhece (e não é preciso saber "demais"...), sabe que gosto muito de gatos. Quem me conhece (blá blá blá), sabe que gosto muito de cães.
Num destes dias, não surpreendentemente, tinha a imagem de um gato no avatar (uhuhuhuhu) do meu messenger (vou lá de vez em quando...). Houve alguém que me interpelou com a seguinte afirmação:
- "Eu não gosto de gatos." (adoro gente simples)
Eu preferia não ser uma pessoa de "porquês", mas já sou crescidinha e há que saber lidar com as nossas inevitabilidades idiossincráticas. Isto tudo para dizer que a minha reacção foi perguntar "Porquê?", uma vez que sou muito possessiva quanto a isso de mandar papaias para o ar.
Tenho efectivamente pena de não ter guardado a conversa do messenger, agora é que eu entendo o jeitão que isso dá! :D
A resposta apareceu (saber chatear é uma arte que me orgulho de dominar) nos seguintes termos... mais coisa, menos coisa:
  • os gatos são incapazes de algum tipo de manifestação de afecto;
  • são interesseiros - só nos procuram quando precisam de comer ou querem mimo;
  • não pressentem o estado de espírito dos donos - não abanam o rabo quando o dono está triste "para o animar".
Claro que vou falar um pouco mais acerca disto...
Antes de mais, irrita-me a constante comparação entre cães e gatos. É como comparar... sei lá... duas coisas diferentes... o que faz todo o sentido. Mas a irritação é um direito meu (qual é a diferença entre direito e... mau feitio?).
  • ou aquilo é mentira, ou eu me sinto facilmente amada... um ronronar e já fui!
  • há uma diferença entre ser-se interesseiro e inteligente... e qual é o mal de se ser interesseiro? Isso até poderia explicar a domesticação dos gatos... por boa adaptação ao semelhante.
  • o objectivo de se ser gato não é ser cão... de qualquer forma, é tudo mentira... os gatos pressentem os seus donos!!! A Mondego, por exemplo, quando "pressente" que eu estou a ser chata, normalmente demonstra-o bem e eu tenho inclusivamente provas disso.

Acho engraçada a conversa de que "os gatos são interesseiros". Eles são supostamente interesseiros, porque nos procuram quando precisam de alguma coisa. O meu parceiro de conversa dizia, por fim, que preferia os cães porque, por exemplo, o dele o alegrava quando ele estava triste e quando precisava de afecto...

Não quero meter o dedo na ferida, mas parece-me que a palavra interesseiro está apenas mal atribuída :)

Ripostei, mas meteu-me um certo nojo - do mau - estar ali armada em defensora dos felinos. Eles já são "amados" mais do que eu gostaria. Queria-os todos a ronronar só para mim :)

sábado, outubro 01, 2005

Sorria face à adversidade...


... mesmo que tenha tido um acidente com a faca da cozinha!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que lhe digam que tem "qualquer coisita" na cara!

Sorria face à adversidade...


... mesmo que lhe digam que tem um ar artificial!

Sorria face à adversidade...


... mesmo que não tenha sido um dos 101 escolhidos!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que fique com os olhos estranhos quando tira fotografias!

Sorria face à adversidade...


... mesmo que o seu namorado seja um coelho!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que digam que faz tudo por interesse!

Sorria face à adversidade...


... mesmo que falem mal da sua profissão!

Sorria face à adversidade...


... mesmo que esteja à beira da morte!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o chamem de tirano!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que não tenha dinheiro para pagar a um bom esteticista!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o chamem de palhaço. Fóóó!

Sorria face à adversidade...

... mesmo que não goste do que não vê no espelho!