domingo, julho 31, 2005

Férias - de quê... de quem (de mim) ?


Incrível como não queria férias para nada. O "não-ter-absolutamente-nada-para-fazer" não se aplica, mas é o que me apetece. E daí não ver a utilidade que outras pessoas veêm. Ou então isto não tem nada a ver e eu só queria vir para aqui escrever qualquer coisa. Vou tentar fazer com que aquilo que me disseste aconteça, Dri.

sábado, julho 30, 2005

Risca o que não interessa :)

Been thinking about you, your records are here, your eyes are on my wall, your teeth are over there. But I'm still no-one, and you're now a star, what do you care?Been thinking about you, and there's no rest, shit I still love you, still see you in bed. But I'm playing with myself, and what do you care when the other men are far, far better. All the things you've got, all the things you need, who bought you cigarettes,Who bribed the company to come and see you honey? I've been thinking about you, so how can you sleep? These people aren't your friends, they're paid to kiss your feet. They don't know what I know and why should you care when I'm not there. Been thinking about you, and there's no rest, should I still love you, still see you in bed. But I'm playing with myself, what do you care, when I'm not there. All the things you've got, she'll never need, all the things you've got.I've bled and I bleed to please you. Been thinking about you.

À espera do mesmo...

Um desenho de sonho: não pensar, para não sentir?



- Andas muito triste?

- Porquê?

- (...)

- Ando a preparar-me para ficar triste...

- Porquê?

- Sinto-me diferente. Não tenho vontade de ficar com mais ninguém...

- Achas que se pode gostar de uma pessoa só porque se sabe que não se pode tê-la?

- Achas que se a pudesses ter deixava de ser tao importante para ti?

- Às vezes acho que sim... mas deixo a pergunta no ar, porque não vale o tempo que se perde...

- Sentes-te melhor do que antes? Quando não a conhecias?

- Claro, sem dúvida, mas também me faz sentir mal...

- Preferias não sentir nada?

- Sempre. Esse é o meu sonho.

- Eu também.

in Qualquer coisa que eu não tinha o direito de transpôr para aqui. Mas está visto que eu não fui feita para ter juízo. Toca a fazer bom não- uso da merda que eu faço. Por favor...

Outra vez

Será que foi por causa disso que gostei tanto de abrir os olhos?

Um Espinho na minha pata...


Vou ausentar-me. Estou a contar que se aproveitem disso.

Espera, eu já vou. Sem aspas.

... I can’t find no rest around...

...you don’t have to face this world alone ...


I want to let you go... just to let you stay

Go on like I never knew you ...

...I’m awake ... it's just my world...it is half asleep



O lado branco a falar...

Eu não escrevo para ninguém. O ideal seria ninguém ler o meu blog. Não quero ver além disto, nem palmas no final. Não quero um blog igual ao deles, não tem que estar escrito à tua maneira, não tem que ter forçosamente piada para valer a pena, eu nem sequer quero ter um blog "fixe". Não interessa o tipo de esforço que eu faço para o blog. Isto é só um blog, não sou eu para ser estranhada, não ameaça ninguém (para levar anonimamente na focinho), não faz mal a ninguém (além de mim), não há grandes consequências para o mundo por eu escrever "desta maneira". Já que não posso resguardar-me da blogosfera (uhuhuhuhu), porque não começar a passar por aqui... e seguir? Ou até me poderiam ajudar de uma outra forma.

Este vale a pena ler

Só isto

sexta-feira, julho 29, 2005

Viver mata

Era isto que eu tinha para dizer.

quinta-feira, julho 28, 2005

"Anda a dar muitos problemas"

Esta semana passou-me várias vezes pela cabeça apagar o blog. Já estou farta de chatear pessoas que até nem têm que me aturar por causa do Diano-incómodo que causo a pessoas que (ainda) têm de me aturar.

Esperam-se alternativas ao fim do desenho. Por enquanto fica, enquanto não há tempo para melhor.

Pequena nota para ti: nunca pensei que o meu blog te fosse tirar tanto tempo ou incomodar tanto. Ia apostar as minhas partes íntimas em como me conhecias melhor do que isso, até porque não faço esforço por esconder-te nada... também não conversamos muito além das ofensas e das piadas fáceis... Deixa lá.

domingo, julho 24, 2005

Já estiveram mais longe de serem os preferidos...

"Eu sei
Eu quis demais
E o sonho nada trás
Sonhar seduz a paz
Eu sei
Eu vi
Em meu crescer
Que eu vou sempre dar a mim
Imploro a luz e sigo sempre à sombra
Imploro a morte e volto à luz
Alguém pensou em mim à boca da varanda
Eu não senti que houvesse alguma razão para amar
Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer
devagar
Não quero ver o fim chegar sem eu nascer
devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer
Quando eu sonho eu levo a minha força até ao fim
E quando o sonho acaba cego
Eu olho fundo para mim
E não vejo nada além da tão real ausência de outra luz
E só por ela volto à cruz
À minha cruz
Eu vi meu pai nascer na mesma cama de outros homens
E hoje eu sei
Eu aprendi
Já nada importa agora à luz
Do trago de onde vim.
Se à luz lá fora eu quero que haja luz em mim
É tempo de nascer
devagar
Não quero ver o fim chegar
Sem eu nascer
devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer
Vem ver
Quem vi nascer
É filho de outra guerra
No trilho de outra paz
Alguém entrou em mim
Entrego a minha espada
Eu não senti que houvesse alguma razão para amar
Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer
devagar
Não quero ver o fim chegar sem eu nascer
devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer"

O.V.

A cadeira vazia a meu lado




Há-de sempre haver qualquer coisa que os faz voltar para trás. Nunca estão cá, estão sempre do outro lado do mundo.

Onde o tempo que se gastou da pior maneira, sobrou em sonhos e muito para além do que a morte vai trazer. Não interessa. Havemos sempre de sentir a ausência, há-de cá estar sempre o amargo dos dias que só passam. E a luz que incomoda e lembra coisas más.

Hei-de sentir sempre essa ausência. Como se faltasse sempre alguém ao meu lado e tivesse de ser assim, para poder fazer sentido. E nada se poder fazer com este. E pergunto-me quanto tempo mais vai ter de passar e quantos erros mais terei de fazer e/ ou repetir, para aceitar isto.

Não quero ver mais nada, porque é só mais uma falta que terei daqui a x unidades de tempo.

Enjoy the Silence

"Words like violence
break the silence
come crashing in
into my little world
painful to me
pierce right through me
can't you understand
oh my little girl

all I ever wanted
all I ever needed
is here in my arms
words are very unnecessary
they can only do harm

Vows are spoken
to be broken
feelings are intense
words are trivial
pleasure remains
so does the pain
word are meaningless
and forgettable

(...)"



Depeche Mode (Obrigada, R!)

O L, em preto, por favor...

Que grande merda. Merda merda merda merda merda merda merda. Eu não pertenço mesmo aqui. Eu passo o dia no outro lado. Não quero ter um blog, não quero ser assim, não quero estas pessoas na minha vida, não quero pensar, não quero sentir nada!

Não me serve.

Vou já de bolinha baixa para ao pé dos outros. E eles que não notem nada. Eu sou normal.

Direito de Resposta (Desculpa, n volta a acontecer)

"Se queres escrever no teu blog frases minhas, escreve isto: se todas as estradas têm um fim, 7 anos não cabem em 5 segundos.. e o tempo não pára a cada instante que decides fechar os olhos.. No ciclo vicioso que rearranjámos tudo volta sempre ao início e perde a cor sempre que não vês a noite em mim.. Apesar da escuridão sempre te vi junto do mar, num luar que reflectisse nos teus olhos o brilho dos meus.. só por estar ali.. Posso não ter mais 5 segundos, mas vou acabá-lo.. por ti" Bj




Espero que confira.

A menos que...

"- Alguma vez te sentes só, nesse sítio para onde vais? (...) não te podes sentir sempre sozinho se o acto de ir para lá é, em parte, consciente..." (obrigada, JC, por mais um brilhante momento.)

sábado, julho 23, 2005

No meio dos meus pesadelos...

... será que finalmente estou bem?

Substantivo feminino,


... acto ou efeito de renunciar a.

O permitido pela técnica (supostamente não necessária em grandes quantidades... pois sim.)


A acabar com o brilho? - dizia ele, à sua maneira.

O que eu tinha pensado para aqui não interessa absolutamente nada

À frente,atrás?

Quase simples, és mesmo tu?

Na frieza que todos conseguem apontar e fazer realçar, como se do melhor de mim se tratasse, consegui encontrar todo um novo mundo. Aquele pequenino, que podia chegar tão bem. E era simples. E bonito. E fácil. E perfeito. E tudo o que eu queria. Ao mesmo tempo não pode ser assim.

Está na altura de pensar nos estragos.

Então? Diz-me o que levas aí de meu contigo...

Nada disto faz sentido. Nada, porque é só nada.

Eu sempre quis não ser assim.
Isto tudo é tão estúpido que me apela às areias movediças deste blog. Quanto mais me mexo, pior.

Eu simplesmente não consigo fazer nada para o impedir.

"Eu tenho um segredo": Segredo? Vá...


Gostava muito de ser um gato. Um gato sem coleira. Certamente preto. De rua, daqueles que fogem das pessoas que passam.

Sair daqui

Well?

"Enfeites de rua" - brilhante


Eu tenho mesmo de trabalhar e parar de andar para trás. Resta-me uma semana, antes de me enterrar completamente. Ando com alguns, mas demasiados problemas de consciência. Mas vou enganar-me só mais uma semaninha. Pimba.

Gato

*Não tem de haver só
Um lado bom e um mau
Um lado fora de hora quando a noite é prá demora
Prometo o mundo à noite
E o fim virá de dia
Mal mal,
Tudo igual
Quero ser só
Mas vejo um fim tão mau
não vês que em mim tudo é maior
Escuta bem nada passa num dia
Fala fim mas com determinação
"Estar só torna tudo mais fácil"
Não é mais que ouvir teu coração
Se eu quiser eu acabo tudo
Mas mal de mim prendeu-me o coração
Pensar
Só faz sentido tudo ser assim
Pensar
E ver que tudo tem o mesmo fim
Fala-me um pouco mais
Era tão bom ficar
O mal é que eu já não sei quem eu sou
Quero não amar para não cair
Não vou dar
E não vou ter
É que eu não sou um débil mental
Eu posso estar errado ou ter agido mal
Mas pago o preço que eu tiver de pagar
Se for pra tal eu sofro só
Eu vim de outra esfera
Tão só como escura
Eu dei-me ao teu dia
Na espera de uma luz
Embora lave o medo que há do fim
Eu não entendo mas amo quem tu és
E que assim sendo padeço a teus pés
Como era bom
Contar-te o que eu sentia
Mas vejo que a conversa vai ficar pra outro dia*

Frio

sexta-feira, julho 22, 2005

Nojo 7 - aquecimento

A verdade está em escrever, porque não tenho com quem falar, sem me agredir nas defesas, sem me querer comprar para ficar, sem me usar para não me perder. É o que me sobra para poder bater mal e poder ter GPM sem doer a mais alguém. Não tenho nem mais um segundo para aquilo em que não consigo deixar de pensar.

(Vamos todos imaginar aqui a letra da "Sweet dreams")

Gostava de ter os cabelos compridos para os RODOPIAR ao som de uma música FIXE, assim como gostava de saber todas as letras de todas as músicas que existem, como gostava de gostar de todas elas sem muitas me lembrarem merdas, sem muitas simplesmente não gostar, sem muitas não existirem só na minha cabeça e na minha pseudo-(tou-farta-deste-prefixo)guitarra, sem muito do meu gosto neo-NL fazer realçar.

Nojo 6 - o testamento

É a carta de despedida, o sonho de quem quer sentir, antes de matar a vida. Cutelos, tolerência, ucranianos e o miúdo que adora velocidades. Restam os meus indecisos sonhos. Onde se perde tudo o que foi tão bom que me enganou, onde o que foi certo já não me chega e onde não me satisfaz nem a música que toca, enquanto me pisam o pé.

Nojo 5 - escorrer pessoas

Está toda a gente farta de mim e do meu telemóvel e eu só me queria desligar. Como consigo apagar-me do que não me interessa e deste gajo que se ri para mim. E não pensar? E fechar-me em casa e partir tudo o quanto faz de mim o nojo que faço questão de exibir? Contar, em pouco, o tempo que me falta e os filhos que eu não tive, não tenho e não vou ter contra-naturamente... É tão fácil ver escorrer pessoas... escorrê-las... E flui o som, cai o honest mistake.

Nojo 4 - Jeito burro de ser

Adoro o meu jeito burro de quem só quer passar por aqui... e não levar nada, não guardar e desejar deixar tudo para trás. E perder-me assim, tentar encontrar-me no fim do zero que eu fui. E do passado, o quociente que me faz quase-viver, resta um traço e um algarismo imperfeito. E eu só não quero esquecer, para não brilhantemente lembrar.

Nojo 3 - filtradíssimo

E cagar no que ela diz? Tão fácil como cagar nos pseudo-dança-à-paneleiros, nos roço-porque-sei-que-vais-gostar, nos tou-me-a-cagar. E pensar que a vida nunca seria mais fácil do que isto?

E lá fico eu, e lá ficas tu. No cantinho das notas que quiseste para ti e para mim. E eu não fiz por sermos melhor.

Nojo 2 - filtrado

Ingrata pelo supostamente prezável e muito pouco merecedora do sonho universal.

Uma grande merda aos olhos de quem sabe ler e um petisco para os invertebrados do que sim, faz falta e dá jeito.

E é tão bom ver-me a morrer a cada vez que baixas os teus pseudo-braços...

E é tão bom ver-me perder-me-te-nos...

É na tua indiferença e na minha mão esquerda que eu consigo ver o quanto brilho. E? E brilham eles, como é suposto. Fechamos os olhos ou olhamos outra vez?

Vamos com eles, espremidos de amigos (de preferência), colher os esforços da vergonha. E rezar pelo que não dá jeito. Ateu ateu ateu e é meu, e agora? Agora torna o que é pessoal em público e o que tornaste teu em mim, num mundo tão pequeno quanto o que sobra para ver de mancha na parede.

Nojo 1

Não tenho uma arma. Não tenho uma corda (mas "certamente que às tantas" arranjava-se). Não tenho uma cadeira das eléctricas (pensar nisso deixa-me naquilo que seria uma piada fácil). Não tenho comprimidos (Oh sim dol-u-ron...oh sim. Mas não chegas.). Não tenho uma seringa (quando é que o vício me deixa de bastar, até eu querer mais, sem querer melhor?). Não tenho um carro (e chegarias?). Não tenho pouco medo (fobia das fobias, para me deixar voar, cair lá de cima, subir a partir do chão e do sangue?). Não tenho uma puta de uma vida que me fizesse sentir tão miserável, ao ponto de me perder tanto, de roubar-me as referências, de purgar tudo em mim, de louvar a merda que cá resta, de só ficar o bom... E simplesmente isso não chegar, não valer a pena, como tu não valeste, como tu não chegaste, como tu não soubeste fazer sentir-me melhor, como não foste homem nem mulher para fazer fazer fazer fazer algum sentido. E eu, sou só eu, ainda resta o que sou e o que nunca mais acaba, nunca deixa de fazer parte de mim... a merda que me fazes sentir, para poder sentir mais e mais alto e mais... qualquer merda que seja... (e v. à m., p. f.) E a música não faz melhor, não cura, só faz doer, só marca a falta que tu me fazes (faz-me ainda mais falta, por favor). Agarra a merda que sou e que resta sempre, enquanto eu não consigo parar. E a culpa fica comigo e é só.

segunda-feira, julho 18, 2005

As pessoas perfeitas

Pena.

A ponte


É aqui que estamos. E o sempre está lá.

Andava à procura de uma ponte...


... e descobri um blog brilhante.

Par ecer melhor

Tu brilhas, Adriana. Por tudo o que me dizes, por tudo o que fazes e que nem sonhas o quão bem me faz e o passinho que consigo dar, para ser* melhor. Neste momento, só queria dormir. Com a garantia de não mais acordar. E só queria uma pessoa ao meu lado.

* tendo a confundir este verbo com outro.

domingo, julho 17, 2005

Não vai, pois não?



Será que andamos mesmo todos à procura de alguém?
Será que fazemos isso, mesmo quando não nos convém mesmo nada ter alguém? (e as hipóteses aqui são tantas: incluem-me a mim, a ti...)
Assumindo que realmente precisamos de alguém ao nosso lado... assumindo que procuramos consciente e inconscientemente... será que podemos assumir que sabemos o "tipo" de pessoa que queremos e de que gostamos?

Há quem goste de ruivas, magras e com olheiras profundas, há quem goste de raparigas fixes e sem mau feitio. Há quem goste de gajos com relógios dos bons (eu nem sei as marcas para as pôr aqui e fazer um brilharete), há quem goste de rapazes que tenham as mãos bonitas e usem "aquele" perfume. NIN!

Eu então não gosto de nada. Eu não queria gostar de nada. Eu não queria ter de começar tudo de novo... não queria dar conta disso... não queria que amanhã fosse tarde demais. Não quero ver alguém a falar da maneira que eu gosto, a fazer as caras que eu gosto, a ser exactamente como eu gosto. Eu não queria gostar daquilo que gosto, porque tenho medo do gostar. Isto não vai acontecer.

Que grande merda. Agora, estou a ver um filme. Estou a ver-me. Ando à procura de uma folha onde tinha escrito uma carta para enviar a alguém importante. Não a encontro. Claro que não. Mas será que eu ainda esperava encontrá-la?! Encontrei foi montes de outras merdas, folhas rabiscadas e riscadas... cortei-me em tantas delas, nhé... só rascunhos de tudo o que eu não queria. Mais à frente, e mais tarde, encontro a folha, a maldita folha. Passou tempo demais, já não me serves de nada. Hesito, leio não leio leio não leio... porra, vou ler. Já li. A carta era mesmo importante. Já não vou enviar, fica aqui, comigo, não a deito fora. Mas lê-la? Não. Durmo durante vários dias. Tantos, não sei quando acordo. Fim dos sonos sem sonhos, levanto-me, caminho e vejo uma folha. Branca. Sem nada. Pego nela. Pego numa caneta. Eu não queria começar tudo de novo. Eu não queria dar conta disso. Ainda dói, mas não posso não escrever. Eu não vou parar de escrever.

Outra merda que me passa pela cabeça muitas vezes!

Talvez te encontre num outro lugar. Talvez te encontre aqui com outra pessoa. E é quase igual.

O que me passa mais pela cabeça actualmente...

Posso mandar tudo para o ar e, simplesmente, deixar-te saber?

A música é SIMPLES





Saí de casa com mais vontade de ver os gatinhos bebés da minha avó, do que de ir para o tal "festival". Levei sermão porque fui de t-shirt e estava menos calor do que era suposto e do que estava para mim*. Bem a cagar para isso. Nhé! "Parece que vocês não querem viver neste mundo, vivem sozinhos lá no vosso mundo" - na minha família, fala-se no plural, vá alguém saber porquê. Os gatinhos, imperdíveis. Lindos, um deles a fazer lembrar-me - mais do que eu gostaria - da merda de dona que eu seria, se os animais fossem das pessoas. Toca a ir puxar quem interessa para ao pé de mim. Uma pode, outra não pode, outra está longe. Põe-se a conversa em dia e nivelam-se expectativas. Não há horas. À primeira vista, um fiasco. Olhar outra vez?
O que eu vi, a brilhar, por lá:
- "Eles diziam que eu não podia ser uma estrela. Eles diziam que eu não chegaria tão alto - MAS EU POSSO!"
- "Não interessa o que eles dizem" - mas que brilhante lugar comum!
- O que a música ao vivo** muda em termos de pensamento. Há muita merda na nossa cabecinha que temos de deitar fora...
- Os Sheiks e aquele estrado maravilhoso...
- A minha companhia/ companheira (acho que ela me faz brilhar um pouco também... qual Sol e qual Lua...)
- O prazer de quem faz o que realmente gosta: quem me dera pegar na minha vida, escorrê-la, espremê-la, depois filtrá-la, guardar o que tem valor (o meu conceito de valor) e mandar o resto à merdinha. Ir atrás de mim.

Onde mais gosto de estar é onde tudo brilha melhor. Ah, e não tive frio uma única vez.


* estou a contar que, quando fizer 18 anos, isto mude.
** e 2 ou 6 finos, vá.

sábado, julho 16, 2005

Auto-Violação

17 de Julho de 2003

"(...) Apenas a minha pequena vida, (...) tendo em conta que, até ver, esta é a minha única oportunidade para ser pessoa neste mundo. (...) Atribuo à minha escrita uma importância em termos de desabafo e de libertação, que já não tem tanto a ver com a necessidade de ter nos meus pensamentos um ensaio de vida (...). Hoje em dia quero falar, quero escrever, porque continuo a não saber guardar as coisas só para mim, porque continuo a ser frágil, emocionalmente falando, e porque ainda há um caminho a percorrer. (...) Será mesmo que se perde tudo pelo caminho…(...)"

18 de Outubro de 2003

"(...) Eu continuo a querer imortalizar todos os minutos da minha vida (...) Não há nada a fazer, a vida não me chega, a vida que eu levo não me chega, eu não me chego para aquilo que espero de mim. Tenho e acho que sempre tive e espero um dia mudar, expectativas a mais para os limites que ponho a mim mesma, é como se quisesse tudo aquilo que digo a mim mesma para não fazer. (...) Ainda ontem, à noite, (...), eu dizia que achava e acho ainda que nós, venha o tempo, venham as desilusões, venha o trauma ou simplesmente uma enorme vontade de se ser diferente, somos essencialmente os mesmos…(...) não há várias Dianas… (...) Meu Deus…imagino-te agora aí no futuro a pensar coisas assim: “coitadinha de mim, armada em adulta…”, “eras muito adulta, eras…”…Caguei pra ti, caguei para os nomes das fases que temos de dizer por que passámos…caguei para o que estás a pensar… (...) Há coisas que hão-de sempre (...) magoar…e há outras que não se explicam (...) sei lá, acho que estou inconscientemente a tentar esperar por um momento alcoólico certo. No fundo, isto até é bem consciente…eu sou uma fraca. (...) Nada de novo, portanto, nada que me desculpe, mas achei bem dizer. O pior é que eu ainda gozo (...) Oxalá não seja nada mais do que eu espero. (...) até à próxima asneirada."

9 de Fevereiro de 2004

"(...) inesperadamente, cá estou eu com as mesmas frases iniciais de sempre. Às vezes, custa mesmo mudar o que é tão nosso, como por exemplo, esta estúpida inexperiência nos princípios de tudo o que faça na vida, como se tivesse sempre muito que provar (mais do que os outros, é o que sinto) (...) Um preço a pagar por ser eu. Ou por nunca deixar de ser eu própria. (...) Não tenho nada de especial para contar, sendo, por isso, tudo especial do ponto de vista da “Diana que não tem nada de especial para contar”. Estou basicamente numas curtas férias, (...) depois de ter passado quase um mês a tentar travar um pouco o meu estilo de vida pouco inteligente em termos de futuro, (...) para que (...) tenha a consciência tranquila. O que me vale é que vivo naquela académica esperança, baseada no carpe diem, que nos faz sempre ter uma desculpa para quase tudo. (...) Detesto férias, (...), tem algum jeito? Eu acho que não, que não se faz isto a quem não quer. As férias, por serem tão desejadas, nem têm a hipótese de não existirem, nem que fosse só para mim…(...) Eu só quero ver quando acabar o curso…quero ver quem é que me vai aturar, num estado depressivo tal, que a tristeza vai sentir inveja de, afinal, não ser tão perfeita assim. (...) Não percebo porque é que, às vezes, faço ou não faço certas coisas…sei que me falta muita coragem e, principalmente, o passo que só virá no dia em que confesse a mim mesma, para dentro e para fora, que assim nunca vou ser feliz…vou ter de sair de mim e, consciente ou inconscientemente, me assumir como dona dos meus dias…em vez de viver eternamente à custa do escudo protector da noite…porque me continua a custar viver a luz e enfrentar as caras frias e sem desculpas bebidas que, de manhã ou de tarde, me assustam tanto…No entanto, não me posso queixar…às vezes pareço parva comigo mesma…às vezes não sei se realmente quero ser diferente, se quero mudar…porque aquilo em que quero mudar, está sempre intimamente interligado à vida amorosa inexistentemente existente e, se eu me puser a pensar sensatamente, em termos de verdade pessoal, eu não tenho o porquê de mudar…sei que dizer “eu sou assim” não é solução, mas a questão é que não sei se será aqui…, no “problema” que penso ter, que devo mudar…talvez tenha que mudar a forma de encarar a vida…porque me custa viver em não-paz e não-guerra…não estou bem, mas sempre arranjo um meio de me ir aguentando…no fim, a verdade é que me safo sempre para o lugar mais seguro que exista. O meu problema será sempre perder os riscos como quem apenas quer fugir deles, sem pensar se poderia ou não vir algo de bom dali….preciso de deixar de correr para trás…de fugir…para não tropeçar nos próprios pés…para deixar de ser a conas que sou, para parar com o ciclo vicioso de fugir a tudo o que possa fugir…o que é quase tudo o que é importante e seria oportuno para mostrar que há mesmo algo forte aqui nesta cabeça e neste coração. No fundo, no fundo, sei que este problema (ou não) ainda não está para breve a ser resolvido. Talvez um dia, com o processo dos dias felizes em que me deito na cama como quem encontrou a ovelha perdida, que faltava ao rebanho…Obrigada pela atenção aí no futuro, pela inspiração do presente e lição do passado. Até breve. Ou não."

Um motivo para este blog poder vir a desaparecer muito brevemente...

Afasta-me das pessoas, porque ficam a saber o que eu não precisava mesmo de mostrar.

sexta-feira, julho 15, 2005

Respostas de desespero perante o absurdo do Mundo

Estar de trombas e ficar pior quando nos perguntam: "Porque é que tás de trombas?".

Ignorar e ser chamada de antipática. Ignorar o absurdo do mundo é mostrar pouca empatia. (ponto final, ponto de interrogação, não importa...)

Ouvir a música (a verdadeira), querer ficar sozinha, tentar aproveitar o definido no tempo e vir alguém a dizer: "é impressão minha ou tás a passar um grande secão?" (foi só mais um que viu os meus olhos de frente e não voltou a falar mais comigo - só mais um ou menos um, nem sei como ver isto)

Querer estar sozinha, por ainda me lembrar o suficiente do que é "partilhar" além da amizade. Desculpem, do que "foi".

A minha mãe perguntar-me porque é que "ninguém me pega" e eu ter de mentir e dizer que é porque tenho "mau-feitio".

Escrever, em vez de falar.

Possibilidades - o que fazer com elas?

Neste momento, vejo óptimas possibilidades na minha vida. No meio de todas as merdas que se vão passando - e que em muito enchem os meus dias, aos quais, carinhosamente, me refiro como "dias televisivos" -, consigo sempre tirar alguma coisa que não devia estar lá*.

Normalmente, acabo por ser forçada a encontrar algo que não me deprima, numa lógica de "o bom do mau", mas ultimamente, meus meninos!!! Eu sinto o bom. Vejo-o, sei perfeitamente onde ele está. E não é que dou por mim a ir atrás, a tentar fazer por tê-lo mais perto? Volto a sentir COISAS, caramba**!

Ter mais perto, apenas, se elas são vagas. Agarrar e qui ça abusar, se são possibilidades óptimas para mim e certezas óptimas para outros. Ou então ignorar a possibilidade que me faz sentir ignorada.

No fim, quero que estas pedras não sejam recaídas para o que deveria ser a realidade. E espero que já tenha passado o tempo de sarar feridas. Voltar, Diana. Só.




* Imagem mental dominante no momento em que escrevi isto-> pista: engolir algo valioso - como o recuperar sem vomitar, recorrer à tecnologia médica ou cortar a pele e, abrir a própria carne, a sangue frio?

** Isto ganha sentido se contextualizado. Diana, para a própria mãe: "Eu não sinto nada". Desejo mais profundo da minha vida (até agora?): "não pensar, para não sentir".


Todos os "bolds" que retirei teriam sido importantes para mim e pertinentes para alguma coisa, infelizmente, não necessariamente para alguém.

Ainda a Rainha de copas...


Um belo dia, quando o gato e eu estávamos a meio de uma conversa, um sorriso idiota apareceu na cara dele! Apesar do tempo todo em que estivemos a conversar, eu não me consigo lembrar de quais eram os assuntos, mas lembro-me de que, quando perguntei ao gato "Podias dizer-me, por favor, qual o caminho por onde devo seguir...?", o gato disse e insistia em dizer que todas as pessoas no País das Maravilhas eram malucas! E que, portanto, "saber qual o caminho certo realmente não fazia a mais pequena diferença...", e então, precisamente quando eu estava a tentar entender o fundamento das coisas... o gato simplesmente desapareceu...

Além de ser um dos posts que mais me engrandece, também é um post que não é meu. Pelo menos totalmente.

Fora



Acho que tenho de arranjar uma vida.

Anedoticamente burra

Facto: às vezes, não percebo determinadas piadas.
Aconteceu-me na 3ª feira. Outra vez. Depois, alguém mas explica e aí eu vejo porque é que não percebi. Porque simplesmente não achei piada.

quinta-feira, julho 14, 2005

3 coisas que eu não entendo!

- Aquela de as pessoas tocarem uma pseudo-guitarra quando estão a dançar ( se bem que eu, a dançar (e não sou eu que lhe chamo dançar), provoco-me ainda mais confusão;
- A mania do género masculino de achar que podem e sabem defender-"nos", ensinar-"nos" e corrigir-"nos" de/ em tudo ( e, sim, isto é um preconceito! E depois?);
- Porque é que me dizem que sou antipática e que tenho a mania que sou boa e, minutos depois, me dizem para não mudar.

Consciência?

Ando a superar-me. Ganho-me, excedo-me, a cada unidade de tempo!

Nem sempre consigo fazer isso, mas algumas vezes acho que consigo olhar para mim de fora. No geral, isso resume-se a ver a forma perfeita como consigo magoar as pessoas à minha volta. E com a inimizade de gerentes de discotecas podia eu muito bem... Os meus defeitos ultrapassam-me, mas só na forma auto-indigna como conseguem completa e conscientemente rasteirar a minha razão.
Portanto, aposto aqui as minhas partes íntimas em como em 85% das vezes eu sei que estou a ser ciumenta, cínica, irónica, paranóica, manipuladora, invejosa, antipática e trombuda, injusta, dramática, orgulhosa e rancorosa (não estão por nenhuma ordem especial). Mesmo que, no fim, não me arrependa, finja que não dei conta do que acabei de fazer, pareça que não me afectou ou ninguém faça queixa do meu mau-feitio (um lugar tão comum). Mesmo que, no fim, a alguma consciência não me valha de nada e eu continue a mesma parva, todo o novo dia que nasce. A minha esperança continua a ser o facto de ainda ter amigos do meu lado e, de certa maneira... ter a possibilidade de pensar que no meio da minha "diarreia mental" (obrigada, Paulo, pelo brilhante conceito), haja uma base minimamente interessante para conseguir manter o meu lado de animal social. Mas isso não faria parte do Desenho, pois não?

Papaia 3

"Cerveja preta sabe a bagaço" (Diana, 2005)

quarta-feira, julho 13, 2005

Noite de 12/ 07, manhã de 13/ 07

Uma noite estranha, como deve ser. Acabei-a a escrever a giz no quadro da ementa do Académico. A reter:

Pratos do dia:
- Bacalhau à Brás: dose, 6.5 € ; 1/ 2 dose, 3.5€
- Rancho: dose: 4€ ; 1/ 2 dose, 2.5€

Eu e a Adriana aconselhamos, no entanto, a bela da francesinha. Mas só se for ao som e com uma certa imagem mórbida presente. É o condimento.

Papaia 2

"As mulheres mais peludas nos braços são as mais taradas na cama". (Patrício, 2005)

Pérolas da Diana

"Eiii... que cheiro a queimado... ah, sou eu que estou a arder!" (Diana, 2005)

Papaia 1

"O romantismo é o preliminar do engate" (Diana, 2005).

Referências Bibliográficas:

Magalhães, D. (2005). Papaias Auto-destrutivas: Investigação no terreno - Noites Longas. blá blá blá

segunda-feira, julho 11, 2005

Um blog de gaja

Eu ia dormir, ia mesmo arroxar, lá para o meu pseudo-spa-de-rede... mas, antes disso, achei por bem dar a olhadinha narcísica ao meu blog. Paneleirices. Sem ofensa. Concluí que, se eu não tivesse o meu nome ali escrito, à direita, era a mesma merda. Toda a gente topa que é uma gaja que escreve estas coisas. Fotos de gatinhos... é informação a mais.

Fez-me lembrar (e, certamente, irei ter pesadelos com) o 2º relatório que fala das desigualdades entre homens e mulheres em termos de papéis sociais e, acima de tudo, poder familiar. Acho engraçado pensar em mim como alguém que, supostamente, deveria ser neutro em relação a estas coisas. Com aquele tipo de discurso: "não há blogs de gajas, nem blogs de gajos, há apenas pessoas diferentes, com blogs diferentes". Tendo esta atitude, depois de me rir, iria ter de passar a olhar para mim de toda uma nova forma.

Lixou-me não ter conseguido ter uma opinião. Homens e mulheres... quem tem mais poder, porque se fala tanto, nomeadamente em trabalhos científicos, da inferioridade das mulheres? A culpa é de quem? O que é que se anda a passar que eu não ando a perceber? As mulheres andam todas infelizes e só eu é que não reparo? Caramba, eu só vejo mulherio à minha frente... e com os seus narizinhos bem no ar! Não me sinto vítima e, a maior parte das vezes, gosto de ser tratada como "gaja" (menos, Diana) O que me custa é achar-se necessário discutir o assunto.

Perguntei a uma pessoa minha conhecida, um rapaz, se ele achava que as mulheres eram culpadas pelas "diferenças que sofrem em termos de poder social, familiar e profissional". Ele respondeu e passou a sua ideia. Um ou dois minutos depois, ele pergunta-me:
- "Então, e a tua opinião sobre a inferioridade das mulheres, qual é?"
- "Eu não tenho opinião sobre falsas questões" - respondi e apreciei a reacção.

Foi aí que tive pena de já ter "alinhavado" mais ou menos mal o meu relatório. De qualquer forma - pensei eu mais tarde -, acho que ninguém ia gostar de saber a minha opinião, lá na faculdade.
E pudesse eu pagar de outra forma...

Eu estive aqui e não me lembro

Ora aí está... um spa tailandês em forma de rede! Era exactamente o que eu precisava! Tou morta. Aqui, já nada pensa. Escrevi 2 relatórios sofríveis. Se eu fosse ler aquilo e estivesse com atenção... ia achar difícil usar dois algarismos para dar nota... por outro lado, não ser eu a avaliar também não me descansa. Claramente...

domingo, julho 10, 2005

"I'm not denying the women are foolish: God Almighty made'em to match the men." - George Eliot, in bibliografia ridícula para o 2º relatório de CPS II


Tudo bem, assumo. O trabalho subiu-me à cabeça e tornei-me ainda mais chata. Dedico este post inocente a 2 tipos de pessoas (e fica-me tããão bem tipificar pessoas... que fofa que eu sou):

1. A todas as raparigas que fazem questão de ignorar, ser antipáticas ou ingratas relativamente às congéneres (e.g., "pisar uma congénere na Via Latina- a propósito, que saudadinhas -, olhar para ela com ar de quem ainda ficou incomodada com o acontecimento, cagar e ir sorrir com os dentes todos para o 1º gajo - "avaliado" sem qualquer critério - que lhe aparecer à frente" ou "com tal bebedeira, deixar o cartão de consumo à lei do vento, em cima de um balcão e, quando uma congénere lho entrega, simplesmente fazer ar de 'ai meu deus, sou mesmo distraída, que fixe que eu sou' e, obviamente, cagar e nem um obrigada dizer");
2. A todos os rapazes que, ao tentarem ser simpáticos com uma rapariga, se enterram, quais areias movediças.

A todos eles, obrigada, vão todos fazer com que eu faça uma análise crítica do segundo seminário um pouco mais especial. Não sei quanto a vocês, mas eu... mudava os coraçõeszinhos para outro sítio. Fora do corpo, talvez. Não sei.

Estou carente

Estou a 1 ou 2 dias de ter de ver uma comédia romântica, como antídoto. Ou consolação, não sei. Ou como mais um esforço de auto-destruição.

Teoria ridícula sobre o Nojo

Uma vez escrevi sobre o "Nojo" - não neste blog - e choquei pelo menos 2 pessoas. O grau de exigência subiu. Ao mesmo tempo, não quero banalizar esta palavra. Quero poder continuar a dizer por aí "tu metes-me nojo" e "qual é o nojo?", e que as pessoas achem realmente que eu, só de olhar para elas, tenho vontade de vomitar. Acaba por ser uma vantagem competitiva. Enquanto eu digo a alguém uma dessas expressões e a pessoa reage (as pessoas reagem sempre à palavra "nojo"), tenho tempo para pensar no próximo passo.
Toda esta teoria ridícula (por comprovar) só está aqui porque não compreendo a fixação com esta palavra. O nojo não é necessariamente mau. A meu ver, até pode ter um papel crucial nas nossas vidas. Odeio a "cultura do bom, do belo, do feliz e do politicamente correcto". Porra, a vida quase nem tem piada assim.
Agora... justiça* seja feita: também não consigo entender muito bem a minha fixação com esta palavra. Se não é necessariamente má, também nada indica que seja necessariamente boa. No fundo, no fundo, é uma palavra que me interessa, diverte e, acima de tudo, intriga. Pelas reacções inacreditáveis que dispoleta nas pessoas. O "nojo" entra na conversa e as expressões faciais mudam. Se eu fosse palavra, e pudesse escolher, já sei qual gostaria de ser.

* cruz credo (arrepios)

Aquelas saídas de emergência das estradas, para carros sem travões, têm algum nome específico? Se sim, ele devia estar aqui.


É inacreditável. Tenho um mundo para fazer e venho cá sempre espreitar. No meio de várias tentativas de multiplicação de bibliografia, de esticar e torcer o cérebro até à conclusão de que há grandes probabilidades deste não ser grande coisa, acabo sempre por vir procurar conforto aqui. Onde não se passa nada, no seguimento do meu interesse. Mas venho cá. As ideias brilhantes não escorregam. Não tropeçam, sequer. Ando, sem dúvida, à procura do timing perfeito, qual bolsa de ar a não-sei-quantos-metros-de-profundidade. Tenho tantas coisas na minha cabeça, agora... E a urgência de resolução de algumas delas não é prioridade de pensamento. Acho que a tendência deste blog vai para além da auto-destruição. Num vazio de associações livres, caminha para a empatia zero. Até ficar só eu.

sábado, julho 09, 2005

Desabafo

Odeio esta minha necessidade de escrever para aqui coisas, só para dar algum sentido às merdas que me passam pela cabeça. Ai de alguém que me venha dizer que inveja a minha vidinha simples. E mais. Este meu blogzinho mete-me nojo.

Objectivo: destruir fim-de-semana!

Acordei pior do que estava quando me deitei. Tenho um sábado e um domingo destruídos. Justiça, valores, moralidade, mães e donas-de-casa, papéis e poder familiares. Boa sorte, Diana. Boa sorte, Adriana. Boa-sorte para os outros cromos (mais cromas, certamente...) que escolheram esta cadeira num dia chuvoso e amaldiçoado pelo demónio (este demo tem nome), como eu. Que fofos que nós fomos.
Oh. Nem me devia queixar. Ainda no outro dia me ouvi dizer "quem me dera ter o que estudar". E depois, há gente que confia no meu potencial para mandar papaias para o ar. Tá na hora de honrar essas pessoas. E de conceder a mim própria a concretização de um desejo simples. Se calhar vou é agradecer a tarefa. Ou, para a próxima, calar-me um bocadito. Às tantas, nem custa muito.

sexta-feira, julho 08, 2005

Borras

Não durmo desde ontem às 19h e qualquer coisa. Eis o que restou das associações livres e de energia, neste corpo que adjectivei, apaguei e cobri com isto:

- Veio-me à cabeça que as "cunhas" desonram os quase 5 anos em que tentei aprender a ver as "coisas com outros olhos". Discuti à mesa, porque prefiro fugir da minha área a não ter as coisas dianamente feitas. Chamaram-me indirectamente "ingénua", mas, na realidade, só me senti sozinha.

- Não tenho a mínima noção de como vou conseguir fazer 2 relatórios até 2ª feira com a merda de bibliografia que eu tenho. Bem feitos. Amanhã penso nisso. Então pára de pensar, Diana.

- Não há nada como chegar a casa, no fim-de-semana, e ter o frigorífico cheio de comida.

- Isto é um erro.

Associações Livres (valha-me Deus)

Cada vez gosto mais do NL. E não é por ter cada vez menos alternativas (traumatizei). Acontecem coisas estranhas lá... e isso às vezes chega-me só por si.
Apalpam-se rabos e recebem-se flores como resposta. "Gente" passa a ser mais... Vê-se pessoal a assassinar letras de músicas (eu contribuo sempre que posso). Agride-se carinhosamente ex-namorados ("Por favor, vira-te de costas! Por favor!"). Tira-se a trela aos preconceitos. E volta-se a prendê-los. Confundem-se preferências sexuais ("Ela é gira, não é? Eu sei que vocês duas gostam de mulheres. Não negues, eu tenho sensibilidade suficiente, tenho muitos amigos assim. Calma, ela já vai!!!"). Mais passa a ser pouco. Os ex-namorados vão embora. Toca Ornatos. Quem confunde as preferências, tem uma t-shirt de cetim azul-bébé. O mauzão afinal é um doce. As góticas afinal são betas. Não vou com a cara do D.J.. As betas afinal não vieram... We all live in America não passa. O pouco é suficiente até quando? O primo tá lá. Oh, it's such a perfect day... I'm glad I spend it with you... Oh, such a perfect day... You just keep me hanging on. You just keep me hanging on.

Para o que servir, aqui fica:

Eu não tenho um problema com toda a gente que eu conheço, só mesmo com o gerente da Via, ao que parece. E com quem me aparece à frente, quando me dá para isso. Às vezes só quero conversa e o pessoal pensa que quero confusão. Lá calha.
A do ter um problema e de querer que toda a gente "saiba" é capaz de fazer um pouco mais de sentido. Infelizmente - diria um pseudo-lado-bom-meu. Eu acrescentaria, no entanto, um pouco de pluralidade à questão. Sem querer apimentar as coisas, claro.
Nunca fui a um concerto de punk rock. Acho eu.
Se fosse, e se não gostasse, não seria porque sou "emo", a menos que isso seja sinónimo de "parva caprichosa".
Pelo que li, a 2ª e 3ª estrofes podem fazer algum sentido. Adoro possibilidades. É quase tão doce como probabilidades.
Os The Cure não são a minha banda favorita. Mas às vezes parece.
A parte do "I'd ask her out but she'd say no!" tem alguma conotação homossexual? (não seria a 1ª vez, é só por isso...)
E, agora sim, a parte que mais tem a ver comigo e que dá todo o sentido a este blog...

"Cheer up emo kid
Nobody likes me,
everybody hates me"
(isto repete-se várias vezes, mas pronto)

Eu posso provar tudo isto.

1º post bêbeda

Só tenho uma merda a dizer: não acho bonito uma pessoa chegar a casa depois de uma noite, comer qualquer coisa enquanto se discute acesamente com uma amiga, ir o wc, deitar na cama, não conseguir dormir, chatear a gata como se não houvesse amanhã (ela que não ande a laurear a pevide à minha volta com aqueles bigodes apetecíveis), trocar umas ideias com a menina que, nessa noite, dormia a meu lado (eu não tenho grandes histórias de altas noites de sexo para contar) e depois chegar à conclusão de que, como sono é coisa que não há, mais vale levantar os rabinhos da cama (e que rabinhos) e vir para a faculdade fazer figuras tristes (não que seja o caso, porque eu estou a portar-me impecavelmente bem - este rapaz aqui ao meu lado a fazer um trabalho é o único a não concordar com isto) e A MEIO DO CAMINHO parar para tomar um cafézito e o estabelecimento ter a seguinte banda sonora: ARREIA AS CALÇAS, ARREIA-AS TU, SE NÃO TENS CALÇAS ANDAS NU!(a do Gabirú fica para a próxima).
Claro que o pessoal fica maluco e tem de dançar. Para a próxima, não esquecer o moucassin vermelho!!!

E bom que aquele bolo de arroz estava!

quarta-feira, julho 06, 2005

Diana VS Gerente da Via Latina

Raisparta! Mas quem é AFINAL o gerente da Via?! Esta agora é que me lixou. Eu tratei mal o gerente da Via?! Tudo bem dou a mão à palmatória... bebi 1 ou 7 copos a mais na última 5ª feira, mas daí a tratar mal pessoal que nem sequer conheço vai 1 ou 2 cms... Se bem que, nessa mesma noite, e na parte dela que me lembro, disse "tu metes-me nojo" a um rapazolas que ia à minha frente, que nunca tinha visto na vida. Merdas que acontecem. Quem é que responde por si quando está muito bêbedo?! É por estas e por muitas outras que eu renego aquela máxima (nada máxima para mim) do "tu és o que tu fazes". Uma merdinha.
A verdade é que eu já não posso entrar na Via... já tou a ver o "meu pessoal" (aqueles que têm de andar comigo) a dar-me altas tangas para irem, às escondidas, para a Via Latina. Eles lá a curtirem e eu a pensar que eles foram às fotocópias.
Acho que vou começar a frequentar a danceteria "A noite". Tou a ficar sem grandes alternativas para sair à noite. Passaram-me agora pela cabeça várias palavras de natureza duvidosa para me auto-definir. Ficam comigo.
Fica a questão: o que é que será que eu disse ao gerente da Via (vou passar a chamá-lo de "aquele que a gente sabe") para o tratar mal? Sim, de certeza que não lhe bati. Se bem que agora, neste exacto momento, apetece-me.
Digam coisas.

A noite de ontem

Obrigada por terem achado o meu convite para "sair" apelativo. Lá fui eu e 2 das 3 meninas de sempre. Atenção, isso não é mau.

A noite de ontem (aos meus olhos):
- acabei por ir ao sítio onde sempre vou e onde, ontem - sóbria -, não queria ir nem morta;
- não levei o meu habitual tapa-rabos - os meus olhos acabam de brilhar (o meu rabo tem muita importância para mim - estou a começar de aceitá-lo);
- cair de cima do estrado do bar da AAC agarrada à Adriana não foi uma boa experiência, pesando, principalmente, os resultados corporais;
- finalmente, K's Choice no bar da AAC (ta na na ta na na);
- a minha última grande bebedeira "afinal" teve piores consequências do que eu pensava: tava aqui a artolas, na sua vidinha, a pensar que ia para mais uma "ladies night" na Via Latina (eu sou desse género), quando o porteiro, após deixar as minhas amigas entrar, me diz: "a menina tratou mal o gerente na outra noite e ele deu-me indicação para não voltar a deixá-la entrar";
- o RMX não estava mau, foi pena a Adriana ter pago o cartão, entrado, pedido um fino e, 2 segundos depois, ter saído porta fora sem dizer nada a ninguém (eu e a Pat ficámos com mais meio fino cada);
- há pessoas que num sítio nocturno estão paradas só naquela de "observar os demais" e, com a pessoa certa, perdem a cabeça e dançam (isto faz sentido na minha cabeça);
- uma boa bebedeira dá-me fome - adoro comer quando chego a casa, principalmente as coisas mais nojentas que lá houver;
- hoje dormi até às 20h e pouco, adoro dormir.

E pronto.

terça-feira, julho 05, 2005

Tudo prá noite, hoje!

"Bater mal" (uma opinião)

Cai-se facilmente naquele lugar comum: "Ai ai ai, ui ui ui, isso é relativo"(*). Sendo EU a maior relativista que conheço(**), tenho-vos a dizer o seguinte: é relativo achar que o tal "bater mal" é relativo. Pelo menos para alguém relativista como eu. E há vários tipos de relativistas. Basta(***).

O que significa "bater mal", para mim? Isso não é relativo (para mim). Na minha cabeça, acho que alguém bate mal em três situações:
1. Quando identifico parte da minha "loucura" no comportamento do "alguém";
2. Quando não identifico nenhuma "loucura" no comportamento do "alguém";
3. (Esta secção, denominada "ponto três", abrange todos os "bater mal" que não cabem nos pontos "um" e "dois", mas que estão na mesma na minha cabeça).

E "loucura", aqui, é uma palavra ingrata e que de pouco me serve para explicar a ideia em causa. Mas, paciência. Na cabeça de alguém que quer "bater mal" q.b., isto faz sentido. Mas, atente-se, eu não dormi nada hoje. E nunca quis ser mais do que simples e, seja, medíocre. No que isso tem de bom e de mau.

No fundo, não tenho uma resposta para o que escrevi no hi5. Nem para nada.

(*) "Ai ai ai, ui ui ui": é aqui que se encontra o cerne da questão.
(**) Eu não conheço assim muitas pessoas.
(***) Estava prestes a perder-me na ideia.

Insónia

Hoje vi mil e um posts na minha cabeça, enquanto tentava adormecer. Não consegui dormir. Peguei na Patrícia (ou ela em mim) e viemos para a faculdade. Nem vou dizer a que horas (as horas do post enganam)... O que me chateia, um "bocadinho" a fugir para o "muito", é que agora tou cega de ideias. Ceguinha. Até meto nojo aos periquitos.