quarta-feira, novembro 30, 2005

Post de Conteúdo Zero - A árvore nº 1 do meu Natal


Quando acordo, lá para as 14h, ligo sempre as luzes da árvore nº 1. Desconfio que se não tivesse T.V. e Internet, poderia passar a minha tarde e a minha noite a olhar para a primeira árvore deste Natal e para os seus efeitos luminosos.
Teoria: Os senhores da criatividade deste mundo inventam efeitos perversos em termos de iluminação arbóreo-natalícia para que ninguém se esqueça de olhar para as árvores de Natal, durante esta época. Parece estúpido, não parece?

terça-feira, novembro 29, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que... nada.

Uma fase*

Ultimamente, ando sem palavras. Têm acontecido tantas coisas diferentes e importantes, vistas de fora de forma tão desprezível, que me sinto usada e confusa pelo desenho presente. Não há nada que eu possa fazer, além de recorrer às palavras dos outros. No fundo, o que é que interessa... eu estou lá de qualquer forma e talvez assim até me percebam melhor. Talvez isso é que não interesse nada. O silêncio seca-me, não lhe vou agradecer, por agora.


* quero voltar rápido.

segunda-feira, novembro 28, 2005

A Waltz for a sunset...

Memories are wonderful things, if you don't have to deal with the past.

J: Oh, God, why weren't you there, in Vienna?
C: I told you why.
J: Well, I know why, I just - I wish you would have been. Our lives might have been so much different.
C: You think so?
J: I actually do.
C: Maybe not. Maybe, we would have hated each other eventually.
J: Oh what, like we hate each other now?
C: You know, maybe we're - we're only good at brief encounters, walking around in European cities in warm climate.


Memories are never finished as long as you are alive.
C: Baby, you are gonna miss that plane.
J: I know.
- A Waltz for a night -
Let me sing you a waltz / Out of nowhere, out of my thoughts / Let me sing you a waltz / About this one night stand / You were, for me, that night / Everything I always dreamt of in life / But now you're gone / You are far gone / All the way to your island of rain / It was for you just a one night thing / But you were much more to me, just so you know / I hear rumours about you / About all the bad things you do / But when we were, together, alone / You didn't seem like a player at all / I don't care what they say / I know what you meant for me that day / I just want another try, I just want another night / Even if it doesn't seem quite right / You meant for me much more than anyone I've met before / One single night with you, little J, is worth a thousand with anybody / I have no bitterness, my sweet / I'll never forget this one night thing / Even tomorrow in other arms, my heart will stay yours until I die / Let me sing you a waltz / Out of nowhere, out of my blues / Let me sing you a waltz / About this lovely one night stand
Obrigada, P. I'm so going to miss that plane... forever.

domingo, novembro 27, 2005

Ta na na na na na na na na...*

It's just an illusion, a trick, a trick of the light
what you now see is really out of sight
It's dark, it's evil, possessive and kind
Something that you give, keeps me alive


Both hands burning, burning so bright tonight
And my world keeps turning, turning inside out

And I can't break the chain
I've gotta break the chain
I'm trying to break the chain
God help me break the chain

I'm winning, I'm losing before I start
I pull myself together as I fall apart
I'm wise, so foolish, perceptive and blind
Something that kills keeps me alive

Both ends burning, burning so bright tonight
And my world keeps turning, turning inside out

And I can't break the chain
God help me break the chain
I wanna break the chain
please help me break the chain. . .

There's no rhyme, no reason
to what I do
I just live my life before I lose
I give, I take, I throw it all away
Pick myself up and I start all over again


* isto sou eu a curtir uma determinada parte da música.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Parabéns...

quarta-feira, novembro 23, 2005

Coisas ditas por quem me rodeia*

Nota primordial: Não pretendo utilizar o Desenho para manchar o nome de ninguém na praça pública que a Internet é, portanto, substituirei os nomes dos intervenientes por letras nada denunciadoras.


D: Em que dia é que vamos?
P: Para onde?

P: O Gabriel O Pensador é o Zeca Afonso brasileiro.

D: Qual é a música do momento?
P: Actualmente?

A, referindo-se ao Tim dos Xutos e Pontapés: Há um que se chama .

D: Ele ainda há-de cá vir!
A: Porquê, ele não está cá em Coimbra?!

X: ... como não sabia a password, foi procurar à Filarmónica... (Filantrópica)

P: Vocês viram aquele caso daquele miúdo doente... acho que tinha altruísmo... (Autismo)

P: Aliás... a minha avó é do séc. XVIII..." (ganda papaia)

D: Acho que estou a ficar com pé de atleta...
P: É de correres muito...

A: Estão a ver aquela música da cena do filme "Pretty Woman" em que a Julia Roberts usa um vestido vermelho... lembram-se?
P: Oh... eu não vejo essa novela.

P: Os walkie talkies vêm aos pares, né?

A: A minhoca pertence a que grupo de mamíferos?

P: Eu não percebo... mas como é que uma prostituta pode ser violada?!

P: Trivial, meu caro Watson! (Elementar)

A: Será que se pode considerar um heroinómano um dependente de banda-desenhada... por exemplo, do Super-Homem?

D: Ó X, o Picasso já morreu?
X: Ai, eu acho que sim... não sei... mas já deve ter morrido... é que ele não se vê por aí!

P: Hoje não dormi nada bem, estava sempre a acordar com a sensação de que não estava a dormir!

X: Ai que fundo vermelho tão bonito!
D: É da cor da Citroen!
X: Isso depende da cor do carro...

P: Ai! Queimei a garganta! Oh... no fundo, foi bom... queimei o bicho!

X (falando do seu estágio no Hospital Pediátrico): Eu sou super simpática, super querida para eles... até para os de paralesia cerebral!

X (a dar a tanga): Então, primeiras perspectivas de Coimbra? (impressões)

P: A droga é uma coisa muito boa!

P: Aquela fatia de pizza que comemos tinha fiambre aos cubos... ou paralelepípedos, já não sei...

A: O problema do comunismo são os comunistas.

D: A S é gira?
A: É baixinha... é fofinha... sabes o Tweety???

A: Tenho um complexo com o meu nariz.
D: Tens?
A: Não.

A: Os bébés têm um cheiro característico...
D: Pois têm... é cheiro a bébé...
A: É mais cheiro a vomitado.

P (depois de se sentir mal servida num café): Eu quero o livro branco! (amarelo, de reclamações)

R: Ai que cão tão mini, é um píncharo! (Pincher - raça de cães)

A: O meu cão, por acaso, é arraçado de Pincher!
D: Ai é?
A: É... e de botija, também!
D: De botija... qual é essa raça?
A: Botija, é uma coisa gorda!

D: Tens sono, A?
A: Não. Mas se me deitar, durmo.

A: As únicas técnicas que conheço são as técnicas de engate.

A: Porra, parece que vou tossir o pulmão!
P: Se não presta, deita fora!

A: A timidez dissolve-se na cerveja...

A: Há muito mais mulheres do que homens no mundo. Por isso é que se pode falar em inteligência.

A: O sem-abrigo já não está lá. Um dia, vi-o a fazer o comer. Tinhas as coisas em cima da mesinha de cabeceira.

P ( depois de 4 finos e com 2 euros no bolso): Quanto é que é? Eu pago os tremoços também!!!

A: Eu não vejo nada, não ouço nada. O que vale é que o sentido do tacto está intacto.

A: Está ali um gajo que só tem uma sobrancelha!
D: Porquê, é deficiente?
A: Não. Está colada.



* isto é para verem que eu não poderia ser boa peça, sendo rodeada por gente desta estirpe. Mas tudo isto, afinal, já se passou há muito tempo. Nós estamos todos mudados. Muito. A sério. Hoje em dia, somos pessoas inteligentes, sensíveis, temos conversas interessantes e já não gostamos de brincar com assuntos sérios.

Post de Conteúdo Zero - Engate: menos cérebro ou mais cérebro?

Prefácio de Adriana, pré-aniversariante e casante dos anos :P
Mais uma vez abordando assuntos polémicos que suscitam divisões na população pelo mundo fora, Diana Magalhães propõe-se desbravar o caminho espinhoso do tabu que rodeia o engate. Actividade preferencial para uns, dissimulada para outros mas que atravessa diagonalmente as nossas vidas, resta saber se o engate é condenável, louvável ou simplesmente uma coisa como outra qualquer. A autora explica-nos.
Facto 1: Independentemente do tamanho do corpo, o neocórtex dos macacos que se alimentam de frutos é maior do que o dos que se alimentam de folhas.

Facto 2: A oxitocina é uma substância química que existe no organismo humano que facilita as interacções sociais e induz a ligação entre parceiros amorosos.

Facto 3: O arganaz é um roedor com uma fantástica pelagem que, após um “namoro fulminante” e um “primeiro dia de copulação repetida e apaixonada”, se torna inseparável do seu parceiro, até à morte.

Engatar, no inocente dicionário, é “seduzir e conquistar”. No mundo que eu vejo, engatar é seduzir e conquistar, sim, mas a conquista é para ser largada o mais depressa possível. Sem qualquer pretensão amorosa, quem vai para o engate quer um parceiro efémero. Sem qualquer objectivo maquiavélico, quem vai para o engate quer apenas passar um bom bocado. Não há falsas esperanças, não há luz de velas, não há promessas além das necessárias para o efeito, não há verdade, nem mentira. Não há maldade, aproveitamento, presa e predador, virtude ou glória nesta ligação. Trata-se de uma conquista mútua e inconsequente* e quem ousar individualmente além disso, provavelmente levará um belo tombo.

Despojado de romantismo, quem engata não procura qualidade. Ninguém quer sair dali com o amor da sua vida** nos braços. A palavra de ordem é disponibilidade***. Longe da formalidade de um processo de recrutamento e selecção, procura-se alguém que queira apenas "o mesmo". É uma procura de semelhantes vontades instantâneas, não de semelhantes projectos a longo prazo. Como o amanhã simplesmente não existe para o “nós” do engate, não vale a pena pensar muito sobre o parceiro.
Tal como os macacos que se alimentam de folhas possuem um neocórtex menor do que o dos símios que se alimentam de fruta, parece-me que o ser humano mais dado ao engate fará render menos o seu cérebro, comparativamente ao de quem procura, criteriosamente, alguém especial e para manter por mais de umas horas.
Assim como o macaco “folhívero” não necessita de possuir uma memória rica que lhe permita recordar-se de quando e onde pode procurar frutos comestíveis, para não perder tempo em árvores sem frutos ou com fruta estragada, o homem “engatívero”, também não precisa de esforçar muito o seu cérebro, porque o que irá “comer” está, como as folhas do macaco com neocórtex menos desenvolvido, em qualquer “árvore”.

Do outro lado do engate, está aquilo a que o mundo gosta de chamar de amor, noção com a qual irei, ironicamente, compactuar neste post**. Um caso curioso a este respeito é o que retrata a história de amor do arganaz. Escolhida a sua parceira, o arganaz-macho adquire uma atitude hostil e agressiva face a qualquer criatura que não seja a sua apaixonada**** e demonstra ser um companheiro bastante prestável junto do ninho. A responsabilidade por isto não recai sobre a boa-vontade do macho, claramente, mas sim, sobre a oxitocina.
A minha teoria é que o ser humano, na liberdade que a Evolução lhe concedeu, adquiriu a faculdade de fintar alguns dos efeitos desta substância, de modo a evitar os eventuais prejuízos da sua acção. Parece-me que os efeitos da oxitocina no “engatatão” e na “engatatona”, são canalizados para a interacção social específica, fazendo-se o possível para que a ligação entre os parceiros, amorosa ou não, seja e se mantenha atrofiada.
No fundo...

... não me consigo decidir. A natureza diz-me, de forma ambivalente, que o homem que opta pelo engate é inteligente e pode não o ser. Eu acho que, dentro da inteligência em potência que aparentemente todos temos, podemos engatar inteligentemente. Vamos pensar juntos... será que isso depende da atitude face ao engate, isto é...

... o homem escolhe a efemeridade amorosa por lhe ser mais vantajosa,

... se simplesmente é a única hipótese que tem para ter algum contacto amoroso,

... se é uma questão de facilidade em agarrar a oportunidade,

... se apenas se apanhou uma bebedeira descomunal,

ou outra (digam vocês)?




* igual a "sem consequências", diferente de "negligente".
** mito urbano, ou não, aqui soa-me bem.
*** disponibilidade mental, se é que me entendem.
**** isto inclui, vejam só, resistir a arganazes-fêmea todas boas, sem celulite e mau feitio, e com silicone na proporção certa.

terça-feira, novembro 22, 2005

Coisas ditas por mim...*

A um namorado (uhuhuh):
"Tudo o que tu dizes, para mim, é merda!"

Sobre um dos meus irmãos:
"De certeza que não saiu da mesma placenta que eu!"

Armando-me em dominadora de provérbios populares:
"Quem fala assim não é grego!"

Ao ver um cãozinho muito fofo a passear ao pé do dono e depois de eu chamar por ele e da Adriana ralhar comigo: "Tu 'tás doida? Não chames por ele, que ele perde-se do dono!!!":
" Achas que sim?! Eles cheiram o dono a 100 km à hora!"

Armando-me que posso inventar os meus próprios provérbios populares:
"Carne ao almoço, peixe ao jantar!"

Inocentemente...
"Sou muito pata, só me falta o bico!"

Sobre noitadas...
"Vou deixar de fumar! Eu não preciso de fumar para me divertir... preciso é de beber!!!"

Numa aula teórica de F.D.O., para a Adriana:
"Logo vamos sair ou é melhor não? Ou é melhor não, mas vamos sair na mesma?"

Sobre o filme "A Paixão de Cristo", para a Adriana...
"Não achas que é um filme um bocado triste?!"

Ao ver uma situação de emergência, visivelmente incomodada...
"Estas ambulâncias andam tão depressa!!!"

Na rua...
"Há gajos muita giros, pá... mas não é aqui!"

Depois de um gajo lhe dizer: "Então quando é que me convidas para ir a Viseu tomar um copo?":
"Só se te convidar para ires tomar um copo sozinho..."

Numa 2ª feira, tendo 2 trabalhos para entregar na 4ªfeira, para a Adriana:
"Nós devíamos era ir ao cinema!" (e fomos)

Numa aula, vinda directamente de uma noitada, para as colegas da mesa da frente...
"Opá, desculpem lá a pergunta... mas é que estive a fumar um cigarro..."

Mais uma vez a armar-me:
"Gerir recursos amorosos é muito complicado!"

Ao ver uma criança:
"Ai que fofo... que giro! É pena estar mal vestido..."

Inocentemente II:
"As grávidas também podem ter filhos?"

Relativamente à sua vida amorosa:
"Eu não estou bem nem dentro, nem fora da gaiola... estou bem é na portilhola!"

Desiludida com Portugal:
"Eu não queria ser deste país, queria ser de Marte."

Para a Adriana:
"Prefiro as tuas trombas ao sorriso de muito gente!"

A propósito de uma conversa sobre cancro do pulmão, que deixa os órgãos responsáveis pela respiração bem escurinhos...
"Eu sempre gostei do preto!" (a assinalar que, de seguida, alguém referiu: "Fica bem com tudo!")

Desiludida, depois de pegar num amendoim e de ficar bastante entusiasmada com o seu tamanho:
"Oh... dentro da boca não parece tão grande..."


EM BREVE: "Coisas ditas por pessoas que me rodeiam, ou rodearam" -> Não vai ser bonito de ser ler...





* é para toda a gente ver - ou reconfirmar - que eu não sou boa peça. Não era, porque isso já foi há muito tempo. Eu mudei. Pois sim...

segunda-feira, novembro 21, 2005

As emoções de ultimamente

Ira
... a impressora que ficou sem cartucho...
... o blogger que não me deixa fazer o que eu quero...

Tristeza
(sem dados)

Medo
... de uma raposa linda...

Prazer
... bolo de chocolate do Continente...

Amor
(sem dados)

Surpresa
... descobrir que a nossa gata, afinal, sofre mesmo de flatulência...

Aversão
(sem dados - não tenho visto louva-a-deus por aí...)

Vergonha
... fazer jogging e passar pelos vizinhos e homens das obras...

A grande música de sábado*

I step off the train,
I'm walking down your street again,
and past your door,
but you don't live there anymore.

It's years since you've been there.
Now you've disappeared somewhere
like outer space,
you've found some better place,

and I miss you
- like the deserts miss the rain.

Could you be dead?
You always were two steps ahead
of everyone.
We'd walk behind while you would run.

I look up at your house,
and I can almost hear you shout
down to me
where I always used to be,

and I miss you
- like the deserts miss the rain.

Back on the train,
I ask why did I come again.
Can I confess
I've been hanging around your old address?

And the years have proven
to offer nothing since you moved.
You're long gone
but I can't move on,

and I miss you
- like the deserts miss the rain



* e, ao que parece, de outras... futuras... largas... e melancólicas noites. Want some?

domingo, novembro 20, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que ninguém se lembre do seu meio-aniversário!

(O título é o que menos interessa aqui...)



... na vida interessante que sonhei para mim, nunca conseguiria ter programado algo assim.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência com uma fera em casa

Ninguém me tira da ideia que...
os gatos, considerados amplamente como animais domésticos...

são, na realidade...


pequenas feras!

Post de Conteúdo Zero - A sina capilar

Uma vez, li nas legendas de um filme que, quanto mais encaracolado fosse o cabelo de uma mulher, mais complicada ela era.
Esta é uma teoria quase tão redutora quanto o preconceito da "loira burra". Na verdade, não há nada no meu mundo que me confirme esta ideia, além de uma amiga minha de cabelo amarelo que é, aparentemente, muito distraída, um quanto despassarada e se perde, por vezes, em algumas discussões, claramente por puro desinteresse. É que se a temática lhe for pertinente, tudo o que acabei de dizer fica sem efeito.
Já lá vai o tempo em que eu, ingenuamente, pensava que isso era pura "burrice". Estratégia, meus caros, estratégia...
Toda a gente sabe que o homem (tido aqui como macho) sempre gostou de se sentir superior à mulher. Pretensões ridículas à parte, sabemos que esta necessidade de dominar o sexo feminino assenta na constatação óbvia e factual de que realmente precisa de o fazer.
Posto isto, algumas mulheres decidiram aproveitar a fraqueza do macho, subjugando-se a ele e representando o papel de fêmeas vulneráveis e "burras", claramente a precisar de protecção masculina. Esta atitude face ao macho permitir-lhes-ia extorquir-lhe tudo o que possam pela calada e, tantas vezes, à custa de benefícios sexuais.
Se, inicialmente, toda a mulher, independentemente de qualquer traço morfológico, tentava a sua sorte em iludir o homem-macho, a Natureza acabou por seleccionar as loiras como as mais aptas nesta arte.
As morenas, de cabelo ondulado/ encaracolado, pensam demais, fazem demasiadas perguntas, querem compreender tudo, tendem a ser depressivas e nunca estão satisfeitas com nada*. No mundo em que vivemos, nada disto poderia ser menos inteligente. Estas mulheres simplesmente não valem o esforço.
A verdade, caros peregrinos da web**, é que no meu grupo de amigas, são as fêmeas de cabelo liso e mais claro que têm namorado e até sucesso profissional.


Algumas notas:
  • A minha amiga loira e distraída também é comprometida e bem sucedida profissionalmente.
  • Não tenho dados relativamente a mulheres com carapinha. Mas temo pelos seus homens.
  • Com este post, procedo à inauguração formal de mais uma rubrica do Desenho: os posts de conteúdo zero, em muito, inspirados no meu irmão mais velho.

* não querendo parecer sensacionalista, algumas delas chegam a escrever em blogs.

** é uma expressão como outra qualquer.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Sorria face à adversidade...*

... mesmo que, aparentemente, o Paint esteja a perder os seus encantos!
* ObrigadA.

O síndrome Mitch Buchanan

Prefácio de Adriana, perita em lavagens ao cérebro:
Intrigada com o tipo personalístico de homem presente numa série televisiva de sucesso corporal, Diana Magalhães investe o seu tempo numa análise profunda sobre o jeito que dá ter à mão de semear alguém a quem se possa recorrer com qualquer problema, quer seja um cano roto na cozinha, um incêndio, sede a meio da noite ou mesmo a piriclitante tarefa de extracção de pilosidades.
Não interessa se estamos no meio de uma tempestade, encurralados num avião submerso e prestes a ficar sem oxigénio, se estamos presos nas rochas, se estamos a cair de uma altitude incalculável sem pára-quedas. Independentemente do carácter problemático da situação, se houver um Mitch Buchanan por perto, o assunto está resolvido.
Ele vai solucionar tudo sem fazer a lixarada de um MacGyver, sem frases-tipo ridículas como as do Sherlock Holmes, sem o bigodinho irritante do Poirot, sem precisar de um Rex ou um Max, sem disfarces, sem nada. Um verdadeiro Mitch Buchanan salva o mundo, a qualquer hora, de qualquer ameaça, de tronco nu e com um sorriso Pepsodent. É impressionante. Não interessa que sejam 20 para lhe darem porrada, não interessa que ele tenha acabado de almoçar e tenha de salvar alguém de morrer afogado, não interessa que haja mais homens à volta... ele é que tem de salvar a donzela. Tal como um bombeiro para um incêndio, existe um Mitch Buchanan para cada impossibilidade.
Operacionalizando isto para a minha vida e para a das minhas congéneres, verifica-se que todas nós temos de lidar, diariamente, com estes homens-tipo. Eles estão mais perto do que pensamos. Normalmente, são sociáveis, sabem tudo, já ouviram falar de tudo, toda a gente gosta deles, conhecem todas as músicas, já foram a todos os sítios, interessam-se por tudo, entram em todas as discussões, já lhes aconteceu de tudo, e, principalmente, sabem como resolver tudo. Pelo menos, eles acreditam nisso.
É complicado lidar com alguém assim. Eles têm sempre razão e, quando tentamos explicar as nossas razões, eles olham para nós com aquele ar de "Coitada, é tão novinha, ainda não viveu nada... não sabe o que diz!" e pensam, logo de seguida, "Ai se eu não estivesse na vida dela". Se não os fizermos sentir que são os nossos heróis, acham que não os merecemos e que não lhes soubemos dar valor. E porquê? Porque eles são os Mitch Buchanan da realidade.
Às vezes, dá para sentir saudades dos que se estão bem a cagar...*
Isto não é um post sexista.
Eu própria adoraria ter o meu próprio Mitch Buchanan sempre à mão.
* Ironia, claramente. É que, por vezes, as latas não querem mesmo abrir.

terça-feira, novembro 15, 2005

Amélia e Amaro - o post possível depois de ter sido influenciada pelo post da Adriana

Só tenho 3 coisas a dizer em relação ao filme "O Crime do Padre Amaro" e a esta ida ao cinema, no geral:
  1. Acho que o título do filme é claramente enganador, deveria ter sido escrito no plural.
  2. Gostei da banda sonora.
  3. Não gostei nem um pouco de ver que a Amélinha usa um top igual ao meu no filme e, pior, constatar que lhe fica claramente melhor a ela...
  4. Apesar de exageradamente submissos a estereótipos, os gays do filme são muito engraçados.
  5. Acho que as cenas de acção do filme são um elogio ao tuning. Não, não estou a falar de "sexo modificado".
  6. Continuo a não querer acreditar que a maioria dos padres são como aqueles, como hoje ouvi dizer.
  7. Saí de lá a perguntar à Adriana "Mas afinal o Amaro gostava da Amélia ou não?" e "Achas que os padres são mesmo assim?". Gostaria de saber o que é que isto diz acerca da minha pessoa.
  8. Melhor cena: a mãe da Amélia a gemer "Ai, minha Nossa Senhora!", apesar de eu ter percebido outra coisa, igualmente herege.
  9. Reprovo o preço do bilhete. Mais uma vítima do fenómeno Dolce Vita - Coimbra. Lamento que os responsáveis não tenham em conta que eu vim e tive de voltar para Viseu. Preço total do bilhete para ver o filme: 19,40 euro. Um luxo.
  10. Acho ridículas aquelas apresentações que a Lusomundo apresenta antes de iniciar as apresentações de filmes para "Brevemente". Daí ter achado piada.
  11. Não gosto dos bilhetes da Lusomundo. São uma ofensa para quem colecciona bilhetes de cinema. Ah, e também para quem, como eu, apenas gosta de os guardar. Nunca se sabe, tudo pode ser útil*.

Afinal tinha mais para dizer do que pensava. Tss, tss...

Por último, uma Private Joke (fraquinha à primeira vista, mas poderosa para os mais astutos): Smile, you're on Candid Camera!!!

* Macgyver a mais, claramente.

domingo, novembro 13, 2005

Concurso - A personagem Diana perfeita

Se a minha vida fosse adaptada para o cinema, ou melhor, se a minha vida fosse um filme... quem seria a actriz ideal para o protagonizar? Quem seria a Diana quase perfeita?

sexta-feira, novembro 11, 2005

Chamemos-lhe "Deja Vu"...

Coisas "simpáticas" ouvidas por mim...*

... numa discoteca:

"Não achas que já bebeste demais?"

"Se quiseres um engate, vai ter comigo ali à porta..."

"Lá por teres umas Puma, não quer dizer que sejas mais inteligente que os outros."

... numa biblioteca, depois de ter dito ao meu interlocutor que me estava a sentir mal e, inclusivamente, a ver manchas amarelas:

"Chegas-me aí esse livro?"

... depois de eu ter dito "Esta tosse é que podia ter ficado em casa...":

"Era ela e tu."

... de um amigo, após uma conversa sobre a insegurança em "aceitar" que os outros podem efectivamente gostar de mim exactamente como eu sou:

"Vês, eu gosto de ti como tu és, tiveste sorte!"

... relativamente ao meu cabelo:

"Isso é praxe?!"

... ditas por uma colega de curso:

"Sabes, Diana, gosto de trabalhar contigo. Porque tu trabalhas!"

... ditas por alguém da minha família:

"Ela não é gorda. Come muito, mas não é gorda."

"Maior insulto é a tua vinda a este mundo!"

... depois de uma conversa sobre amizade e morte:

"Vais ter de levar comigo no leito da tua morte e, se eu já tiver morrido, é mesmo assombrar!"





* Depois de uma certa polémica, resolvi não identificar os meus interlocutores. Eles saberão identificar-se. Acusem-se, se quiserem ver o vosso nome arrastado na lama da internet.

A Inteligência - Ciência, Homem e Estudo de Campo

Prefácio de Rui Filipe, líder inato, futuro grande gestor e, qui ça, famoso treinador de futebol
Quando a Diana me desafiou para prefaciar sobre um tema tão complexo como a Inteligência saiu-me logo: ”Ser Inteligente é ser ambíguo.” Afinal haveria sempre fuga para um confronto de opinião.
Mas se pensarmos bem, Inteligente é aquele que sabe o quer, pondera as opções e faz as suas, sem medo das consequências. Enfrenta opiniões contrárias, porque está convicto que está certo!
“O primeiro dever da Inteligência é desconfiar dela própria.” Com esta de Einstein, voltamos à minha primeira frase, criando um ciclo vicioso… não?

Confesso que, quando me propus a dissertar sobre Inteligência, não tinha a noção de que iria ser tão difícil escrever qualquer coisa. Literalmente. Apesar de ser apenas um post para um blog que quase ninguém lê, enferrujei e não foi pouco. A minha esperança, por esta altura, é que, como se trata de um post relativamente grande, isso afaste os mais preguiçosos.

À ciência o que é da ciência, ao homem o que é do homem

A enciclopédia diz que a palavra "Inteligência" vem do latim intelligentia, que significa compreensão. Segundo Binet e o seu colaborador Théophile Simon, a inteligência é um atributo geral que se manifesta em muitas esferas do funcionamento cognitivo.
Quando o homem (vestido de psicólogo) fala em vez da ciência, define a inteligência através de aptidões como: o raciocínio abstrato, a resolução de problemas, a capacidade para adquirir conhecimentos, a memória, a adaptação ao meio, a velocidade intelectual, a competência linguística, a competência matemática, a originalidade e o conhecimento geral, a acuidade sensorial, a orientação para um objectivo e a motivação para a realização.
Rematando: não há uma definição unívoca do conceito de inteligência, dada a sua tamanha complexidade. Sabe-se que é uma capacidade. Mas... para que serve esta capacidade?
Desenhemos, então, um pouco...
Estou lixada, não consigo escrever sobre isto. Para me safar, resolvi passar a batata quente. O que pensarão os caros amigos e conhecidos com os quais eu partilho a internet?
O "Estudo de Campo" (sem pretensões científicas) a que me propus consistiu no seguinte:
  • FASE 1 - Perguntar a 40 pessoas: "Dá-me um sinónimo do que é, para ti, ser inteligente. A primeira palavra que te vier à cabeça". Esta fase dar-me-ia as palavras/ expressões iniciais, com as quais iria desenvolver todas as restantes fases.
  • RESULTADOS FASE 1 - As respostas das 40 pessoas resultaram em 26 expressões diferentes. As mais frequentes, ou seja, as que foram referidas por mais do que uma pessoa, foram: "sábio/ sapiente", "criativo", "perspicaz/ perspicácia", "esperto", "adaptabilidade/ versatilidade" e "Eu/ o meu próprio nome". A mais referida na 1ª fase foi "sábio/ sapiente".
  • DISCUSSÃO FASE 1 - Houve uma grande variabilidade de respostas: 65% das expressões foram únicas, ou seja, referidas por uma só pessoa. Dado que o objectivo era escolher expressões pouco conscientes, pouco pensadas, destaco algumas respostas mais originais, como por exemplo: "expressão", "matemática", "eu/ o meu próprio nome", "independente" e "saber calar quando é necessário", expressões que mais dificilmente se relacionam directamente com o conceito de inteligência. Acho eu.
  • CONCLUSÃO FASE 1 - A inteligência é, segundo os caros amigos e conhecidos com os quais partilho a internet, um conceito vasto, complexo e, porque não, algo que nos pode levar para áreas da nossa vida que não estão directamente relacionadas com inteligência.

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  • FASE 2 - Perguntar a 3o pessoas: "Dá-me um sinónimo do que é, para ti, ser inteligente", dando-lhes a optar pelas 26 expressões "recrutadas" na fase 1. O objectivo é saber quais são, realmente, as mais escolhidas, dando-lhes a oportunidade de pensar sobre as várias opções. As respostas originais foram adaptadas, de forma a homogeneizar o leque de opções.
  • RESULTADOS FASE 2 - Resultaram 9 expressões repetidas, isto é, referidas por mais do que uma pessoa. As privilegiadas foram: "saber resolver as mais variadas situações", "capaz de aprender/ inferir", "ter espírito reflexivo", "sem definição possível", "adaptável/ versátil", "criativo", "esperto", "perspicaz" e "sábio/ sapiente". A opção mais escolhida, de entre as 26, foi "saber resolver as mais variadas situações". Das 9, passam para a fase 3 as 4 mais escolhidas, ou seja: "saber resolver as mais variadas situações", "adaptável/ versátil", "perspicaz" e "sábio" sapiente".
  • DISCUSSÃO FASE 2 - Apareceu-nos, como podem ver, uma nova expressão vencedora, que obteve, nesta 2ª fase, o dobro dos votos da vencedora da 1ª fase, "sábio/ sapiente". No fundo, no fundo, não sei que significado subliminar tem este facto.
  • CONCLUSÃO FASE 2 - Tendo em vista a oportunidade de pensar e optar entre várias alternativas, as pessoas tendem a excluir as expressões menos relacionadas directamente com inteligência (não tinha mais nada para pôr aqui).

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  • FASE 3 - Perguntar exactamente o mesmo, desta vez a 20 pessoas, dando-lhes a optar pelas 4 alternativas mais "votadas", das 9 apuradas na fase 2.
  • RESULTADOS DA FASE 3 - Das 4 expressões mais "votadas" na fase 2, seguem apenas 2, para irem a veredicto final na fase 4: "capaz de aprender/ inferir" e "adaptável/ versátil". De qualquer forma, na fase 3, a mais votada foi "saber aprender/ inferir", com 40% das preferências.
  • DISCUSSÃO DA FASE 3 - Temos, novamente, uma nova expressão mais escolhida.
  • CONCLUSÃO DA FASE 3 - A escolha de uma expressão que melhor defina "ser inteligente" não parece consensual, ao fim de 3 fases.

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  • FASE 4 - O mesmo, para apenas 10 pessoas e apenas 2 alternativas de resposta. 10 pessoas que não tinham escolhido "adaptável/ versátil" ou "capaz de aprender/ inferir", em nenhuma das fases anteriores.
  • RESULTADOS FASE 4 - 70% escolheram "capaz de aprender/ inferir".
  • DISCUSSÃO FASE 4 - Grande abada!
  • RESULTADOS FASE 4 - A escolha final foi esta, independentemente da validade deste meu estudo. Os caros amigos e conhecidos com os quais partilho a internet, consideram que, dentro das alternativas sugeridas, a que melhor define o que é "ser inteligente" é ser "capaz de aprender/ inferir".

Curiosidades deste Estudo de Campo:

  • Apenas 45% das pessoas da 1ª fase me perguntou qualquer coisa do tipo: "Mas para que raio é que tu queres saber isto?!". Talvez isto diga alguma coisa sobre a curiosidade dos caros amigos e conhecidos com os quais partilho a internet.
  • Apenas 2,5% das pessoas da 1ª fase me perguntou qual tinha sido a minha resposta. Isto corresponde a 1 pessoa, entre 40. Vejam bem: uma única pessoa, entre 40, 30, 20 e 10 pessoas, durante as 4 fases em que participou, perguntou: "Então, e tu, o que é que respondeste?". Dá que pensar. Ou não.
  • Na 2ª fase, apenas 43,3% das pessoas mantiveram a resposta dada na 1ª fase.
  • Poucas ou até nenhumas expressões contemplaram directamente a tão aclamada "inteligência emocional". Ofensivo, eu diria.
  • Chegaram a perguntar-me "Então, acertei na resposta?".
  • Das 40 pessoas iniciais, 35 eram do sexo masculino. Acho que isto pode explicar muita coisa. Não sei é bem o quê.
  • 2 pessoas foram especialmente chatas. Acharam que nenhuma expressão era satisfatória. Uma, inclusivamente, recusou-se a responder e provavelmente ter-me-á bloqueado no MSN.
  • A minha palavra inicial (a que eu escolhi na FASE 1) não passou da FASE 2.
  • A pergunta: "dá-me um sinónimo do que é para ti ser inteligente", ou perguntas afins, foi escrita mais de 100 vezes, por mim, em janelas do MSN.
  • A expressão vencedora: "ser capaz de aprender/ inferir" foi referida por apenas uma pessoa na primeira fase. Eu sei quem foi. E vocês não.

O meu tipo de Inteligência

Acho que, para além das concepções científicas de Inteligência, todos nós admiramos um ou mais tipo(s) particular(es) de inteligência. É como se, independentemente do Q.I. de uma pessoa, nós a admiremos por qualquer outro atributo que faz com que a achemos brilhante. Possivelmente, essa pessoa faz muita coisa com que nós até nem concordamos. Mas, a suplantar isso, há qualquer coisa nela que nos faz sentir pequeninos. Faz-nos ter vontade de ficar um pouco mais a ouvi-la. Mexe com a nossa curiosidade e com a nossa (tantas vezes preguiçosa) vontade de aprender. Admiramo-la, e tudo o que não sabemos explicar ou compreender dentro desse fascínio, faz-nos querer saber mais acerca dessa pessoa, e sobre o que ela faz, pensa ou sente. Quem sabe até fazer parte desse fascínio também.

É assim que eu distingo alguém inteligente. Para mim.

Últimas considerações

A Inteligência mexe com o que cada um pode ser. A variabilidade individual é um lugar muito vasto. Pensar sobre isto é muito complicado, há demasiadas ressalvas a fazer. Resolver escrever sobre inteligência não foi uma decisão inteligente.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Mais um post inspirado na minha rota vida

Dormir.
Comer.
WC.
Estar fechada em casa.
Ver sempre as mesmas pessoas.
Falar sempre com as mesmas pessoas.
Fazer só aquilo a que sou obrigada.
Ter saudades do resto do mundo.
O domingo é o dia de sair.

O que eu estou a precisar é de um reality show ao estilo Big Brother.

Para expulsar a Diana da sua própria vida, ligar ou enviar sms para o 555-9627*.



* sabiam que, em Hollywood, os números de telefone/ telemóvel começam todos por "555"? Assim, os espectadores não ligam para os números que veêm aparecer nos filmes/ TV.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que andem a viajar às suas custas!

Momentos de Catarse e Exorcismo - A minha experiência como possuidora irónica de um cartão extraviado

Mimadamente inspirada pelos "Anjos e Demónios", despoletou em mim um súbito desejo de conhecer outras cidades, nomeadamente a visada no referido livro, Roma. De Roma a Paris, foi um click no Google.
Entretanto, comecei a não lidar bem com a ideia de não poder ser uma daquelas pessoas de casacos de fato de treino amarrados à cintura, de máquina fotográfica na mão e boca bem aberta a olhar para a romana Fonte de Trevi ou para a Mona Lisa, no Louvre. A curto prazo, as "condições" não estão reunidas para corrigir esta injustiça. Há coisas que só deviam existir, se depois nos fosse dada a oportunidade de as vermos de perto, de lhes tocar, de conhecer melhor...
Basicamente, nos últimos tempos, andei a chatear as pessoas que me são mais próximas com esta conversa de querer viajar, ir ver obras de arte e, até, quem sabe, estudar História da Arte... Enfim, claramente coisas de menina mimada e sem emprego.
Por estes dias, recebo em casa uma notinha do pessoal do banco a dizer que o saldo da minha conta estava negativo. Favor entrar em contacto para resolver a situação. Não gostaria de evocar provérbios populares em vão, mas... cheirou-me logo a esturro. Não me choca ter a conta a zero, saldo negativo é que já é pouco à Diana. Normalmente, tenho a quase-perfeita consciência do saldo que (não) tenho na conta, não costumo levantar dinheiro que sei que não tenho (como certas pessoas que eu conheço) e a hipótese de este me ser descontado posteriormente é nula, porque não passo por portagens, nem uso o cartão para fazer chamadas*. A menos que...
Fiz o favor de entrar em contacto com o meu banco para resolver a situação e descobri que o cartão tinha sido extraviado. Soa muitíssimo bem para o que é.
Se a Diana não tem dinheiro para viajar, o cartão da Diana viaja. Não é que eu goste de profanar sabedoria popular com as minhas ironias, mas... a justiça tarda, mas chega. Há efectivamente alguém a ser Diana por essas portagens fora. A viajar por mim. A vida só podia ser mais irónica, se esse(a) grande querido(a) fosse passear o meu cartão para Paris. Ou, quem sabe, Roma.
Só sei que, até agora, nem um postal.
* nas portagens, como devem saber, quando se paga com multibanco, não se marca qualquer código. Damn.

domingo, novembro 06, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que tenha andado a faltar aos treinos! (Hic!)

sexta-feira, novembro 04, 2005

Concurso - Birras

... para o Vlad*, o menino mais mimado que eu conheço :D
Este post nasceu de uma carinhosa troca de adjectivos da mesma família de "mimo", entre mim e o amigo Vlad. Proponho fazermos uma colectânea das melhores birras feitas por quem aqui passe. Já se sabe como são as birras. Digam mas é qual foi a causa da vossa maior birra. Quanto mais vergonhosa, melhor. Aqui há sede de ridículo.
Fica a minha birra:
Uma vez, há já alguns anitos, estava eu na Feira de São Mateus em Viseu, a passear com os meus pais, quando vi uma corneta de plástico, daquelas pequeninas. Aquela corneta tinha de ser minha. Fiquei tão danada por não me comprarem aquela corneta, que neguei tudo o que me quiseram dar, quando viram que eu estava mesmo alterada. Mas era só a corneta que eu queria. Hoje em dia vejo-lhe muitas utilidades, mas mesmo assim, duvido que arranjem um objecto de birra mais ridículo do que o meu.
* e para a sua birra pelo carrinho...

Sorria face à adversidade*...

... mesmo que muitas vezes o sorriso não chegue!
* desta vez em formato alternativo.

Toma este envelope...

... abre-o e, com um pouco de saliva, fecha lá dentro tudo o que passou por cada um de nós e não conseguimos que passasse pelos dois.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Hall of Shame

Mourinho teve a sorte de encontrar Diana na rua, quem vai para Celas. Olhem como ele sorri.

Em plena época natalícia, Patrícia e Adriana, na baixa conimbricence, visivelmente incomodadas por uma assombração de sorriso macabro.


Herman José (sim, é o Herman, e ninguém me tira esta ideia da cabeça) no bar que eu frequento - O Galerias, em Viseu.


Artur Agostinho, claramente embriagado, amparado por duas samaritanas, Patrícia e Diana.

terça-feira, novembro 01, 2005

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o seu retrato não seja o mais famoso do mundo*!
* e as suas olheiras sejam o subtil efeito sfumato que o valoriza.

Uma inépcia emocional diferente

Gary enfurecia a sua noiva, Ellen, porque, embora fosse um homem inteligente e atencioso, e um brilhante cirurgião, era emocionalmente insípido, totalmente insensível a toda e qualquer manifestação de sentimento. Embora soubesse falar eloquentemente a respeito de ciência ou arte, quando se tratava dos seus sentimentos - mesmo em relação a Ellen - remetia-se ao silêncio. Por mais que a noiva se esforçasse por arrancar-lhe o mais pequeno sinal de emoção, Gary permanecia impassível, alheado. "Não expresso naturalmente os meus sentimentos", disse ao terapeuta que finalmente consultou, por insistância de Ellen. No respeitante à vida emocional, acrescentou, "fico sem saber o que dizer; não tenho sentimentos fortes, positivos ou negativos". Ellen não era única a sentir-se frustrada por esta impassividade de Gary; conforme ele próprio confidenciou ao terapeuta, era incapaz de falar a respeito dos seus sentimentos fosse com quem fosse. A razão: nem sequer ele próprio sabia o que sentia. Tanto quanto pudesse dizer, não tinha fúrias, nem tristezas, nem alegrias.
Facto:
Alexitímico - aquele que parece não ter sentimentos, embora isso possivelmente se deva a uma incapacidade para exprimir emoção e não a uma ausência de emoções propriamente dita.
Imaginem. Poder escolher responder "não" aos sentimentos. Não à ira, não à tristeza, não ao medo.
O quadro clínico da Alexitimia inclui a dificuldade em descrever sentimentos - os próprios e os de terceiros - e um vocabulário emocional extensivamente limitado.
A inépcia incompleta desenhada pela Alexitimia parece-me quase perfeita. Entendo, dentro do dianamente possível, o handicap de dizer não ao sentir. Não ao prazer, não ao amor, não à surpresa. Uma grande nega às motivações para se ser. Mas além disso. Além do socialmente desejável. Se o ser humano nunca poderá libertar-se do sentir, independentemente da sua habilidade para o entender e exteriorizar, a possibilidade de o não mostrar aos outros seria uma vantagem preciosa relativamente ao resto do mundo. O criminoso perfeito. Nos momentos em que sentir poderá ser visto como uma fraqueza, o alexitímico ganha aos pontos. Efectivamente sente, mas se não entende porque sente, sofrerá*? Além da pessoa aborrecida que se torna aos olhos dos outros - defeito irrisório quando se fala num criminoso, acho eu - o alexitímico ganha tempo e sacode problemas ao não descriminar os seus sentimentos e os dos outros. Pode matar, ele não entenderá o que chamamos de remorso e culpa. Pode torturar, ele não saberá explicar que o que poderá mexer dentro dele é pena e compaixão. Está livre da consciência. Intratável à luz da psicanálise. Imunes de qualquer provocação exterior. É o tipo a quem chamamos filho-da-puta e que não precisa do disfarce da auto-confiança. Porque é que ele haveria de se importar?
Acredito que alguns quadros clínicos possam ser pistas para a auto-superação, para uma melhor adaptação ao que fizemos ao mundo em que vivemos. Para mim, a imperfeição da Alexitimia está no facto de ainda não nos permitir não sentir de todo. Se as emoções têm um papel vital no que poderemos chamar a nossa sobrevivência, em muito nos matamos, a todo o momento, por delas não nos conseguirmos alhear. Muitas vezes penso que apenas partilhamos uma inépcia emocional diferente dos alexitímicos.
* Mais Catarse: tenho uma profunda incapacidade para distinguir, nos meus momentos de exorcismo, sentir e sofrer.

Sorria face à adversidade...

... mesmo que o seu tom de pele não cumpra o seu ar angelical!

Este post é dedicado a todas as pessoas no mundo inteiro que não podem estar perto da Mondego todos os dias...

Para todos os que não podem fazer da mão que está na foto*, a sua mão...
... Deixem lá.
* bem jeitosinha, por sinal.